Ibre/FGV: Em junho, confiança da indústria cai novamente
Divulgado nesta manhã (27/06) pelo Ibre/FGV, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu de 97,2 para 95,7 pontos em junho na série ajustada sazonalmente, após ter recuado 0,7 ponto na leitura anterior. O resultado veio em linha com a prévia divulgada na semana passada (95,8), e é 2,5 pontos inferior ao registrado um ano antes, na série sem ajuste sazonal. É importante frisar que o resultado de junho aprofunda o patamar de pessimismo, situação observada desde junho de 2018, logo após a greve dos caminhoneiros.

Tanto a deterioração das expectativas quanto a pior avaliação da situação atual explicam a queda da confiança em junho. O Índice de Expectativas (IE) recuou de 95,9 para 94,8 pontos, o menor nível desde agosto de 2017. Desde fevereiro deste ano o IE não apresenta resultados positivos, com queda acumulada de 4,7 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA), por sua vez, caiu de 98,5 para 96,6 pontos, após ter ficado estável no mês passado.

Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) foi no mesmo sentido do ICI e caiu 0,3 p.p., registrando 75,0% na série ajustada sazonalmente. O resultado é 1,1 p.p. inferior ao registrando um ano antes.
Ibre/FGV: IGP-M acelera para 0,80% em junho
Segundo divulgação do Ibre/FGV, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,80% em junho, acima da variação de 0,45% registrada em maio. Em junho de 2018, o índice havia registrado alta de 1,87%. Com este resultado, o saldo acumulado em 12 meses desacelera de 7,64% em abril para 6,51% nesta leitura, enquanto a variação acumulada em 2019 fica em 4,38%.

O índice de Preços ao Produtor (IPA-M) foi no mesmo sentido do índice geral ao acelerar de 0,54% para 1,16% na passagem mensal, influenciado mais uma vez pelos preços dos produtos agrícolas, que subiram 1,04 em junho, 3,15 p.p. acima do observado um mês antes. Já os preços dos produtos industriais desaceleraram de 1,43% para 1,19%. Com os resultados, a taxa acumulada em 12 meses para o primeiro grupo fica em 3,38% (ante 5,41% em maio), ao passo que o segundo variou 9,46% (ante 10,44%). Ainda nesta base de comparação, o IPA-M subiu 7,91% (ante 9,17%), enquanto no acumulado do ano houve alta de 5,50%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,07% em junho, após alta de 0,35% em maio. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,98% para -0,60%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou 3,10% para -1,85%. Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (-0,12% para -0,55%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,81% para 0,39%); Habitação (0,37% para 0,17%); e Despesas Diversas (0,50% para -0,34%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,06% para 0,95%); Comunicação (-0,12% para 0,06%); e Vestuário (0,25% para 0,29%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Com os resultados, o IPC acumula alta de 2,42% no ano. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada grupo de despesa.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,44% em junho, ante 0,09% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (0,20% para 0,09%), Serviços (0,09% para 0,20%) e Mão de Obra (0,01% para 0,72%).
Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 14,7 bilhões em maio
O resultado primário do Governo Central referente ao mês de maio, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi deficitário em R$ 14,7 bilhões, acima do registrado em maio de 2018 (déficit de R$ 11,0 bilhões) e um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado (déficit de R$ 15,7 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses foi de R$ 122,5 bilhões, o equivalente a 1,8% do PIB, 0,3 p.p. acima do registrado em maio de 2018 (1,5% do PIB).

Pelo lado das receitas, a maior contribuição para o maior déficit nesta leitura veio de uma receita atípica de R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano em maio de 2018, o que não ocorreu este ano. A Receita administrada pela RFB subiu R$ 2,7 bilhões, influenciada pela maior arrecadação com Outras Receitas (+R$ 6,4 bilhões) que mais que compensou a queda de arrecadação com COFINS (-R$ 3,2 bilhões). A Receita não administrada pela RFB também aumentou (+R$ 605 milhões), com importante influência de Concessões e Participações (+R$ 1,5 bilhão); assim como a Arrecadação Líquida para o RGPS, que subiu R$ 2,3 bilhões. Com os resultados, a Receita total no período foi R$ 5,6 bilhões maior, totalizando R$ 118,3 bilhões. Já as Transferências a Estados e Municípios tiveram expansão de R$ 2,5 bilhões, levando a Receita líquida (receita total - transferências) a aumentar em R$ 3,0 bilhões, registrando R$ 90,8 bilhões.
Frente a maio de 2018, as Despesas totais (expansão de R$ 3,2 bilhões) aumentaram ligeiramente acima da variação das fontes de receita, o que contribuiu para o maior déficit primário em 2019. Enquanto os gastos com Benefícios Previdenciários e Pessoal e Encargos Sociais subiram R$ 2,1 bilhões e R$ 1,4 bilhão, respectivamente, as Outras Despesas Obrigatórias recuaram em R$ 345 milhões no período.

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