Informativo eletrônico - Edição 2658 Quarta-feira, 10 de julho de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Focus: Expectativa do crescimento do PIB cai pela 19ª vez seguida; Produção industrial recua moderadamente
  • IBGE: Com deflação nos alimentos e nos transportes, IPCA desacelera para 0,01% em junho
  • Ipea: Investimento avança 1,3% em maio
  • Ibre/FGV: IDP-DI acelera para 0,63% em junho

Projeções do Mercado


Dados da Economia Brasileira





Focus: Expectativa do crescimento do PIB cai pela 19ª vez seguida; Produção industrial recua moderadamente

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (08/07) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 caiu novamente, de 0,85% para 0,82%, sua 19ª queda consecutiva; já o crescimento esperado para 2020 permaneceu em 2,20%.



Em relação ao IPCA, as expectativas de inflação para 2019 e 2020 ficaram estáveis em 3,80 e 3,91%, respectivamente.



Após terem recuado na semana passada, as expectativas para a taxa Selic ao fim deste e do próximo ano registraram estabilidade em 5,50% e 6,00%, respectivamente. O mesmo ocorreu com a taxa de câmbio esperada para o fim de 2019 e 2020, que continuou em R$/US$ 3,80.



Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial caiu moderadamente, de 0,71% para 0,70%, sua segunda queda consecutiva. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria permaneceu em 3,00%.





IBGE: Com deflação nos alimentos e nos transportes, IPCA desacelera para 0,01% em junho

Segundo divulgação do IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou pela terceira leitura consecutiva, passando de 0,13% em maio para 0,01% em junho. Em junho de 2018, o IPCA havia subido 1,26%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,37% nos 12 meses findos em maio, ante 4,66% na leitura anterior. No acumulado do ano, o índice varia 2,23%.



Nesta leitura, o núcleo da inflação (medida que exclui preços voláteis como alimentação e energia) acelerou de 0,16% para 0,26%. Assim, sua taxa acumulada em 12 meses fica em 3,56%, ante 3,94% nos 12 meses encerrados em maio. No ano de 2019, a alta é de 1,88%.



Em junho, a desaceleração do IPCA deve-se ao comportamento dos preços administrados, que observaram deflação de 0,19%, ante alta de 1,16% um mês antes. Já os preços livres aceleraram de -0,23% para 0,08%. Com os resultados, no acumulado em 12 meses o primeiro grupo retraiu para 3,76% (ante 6,55%); ao passo que os preços livres desaceleraram de 4,00% para 3,23%.



Na abertura por classes de despesa, os grupos Alimentação e bebidas e Transportes (que respondem, juntos, por cerca de 43% das despesas das famílias) apresentaram deflação em junho de, respectivamente, 0,25% e 0,31%, ambos com -0,06 p.p. de impacto. Comunicação (-0,02%) também teve variação negativa de preços. Já Saúde e cuidados pessoais (0,64%) foi o grupo com a maior variação e o maior impacto (+0,08 p.p.). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.





Ipea: Investimento avança 1,3% em maio

Segundo o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o investimento subiu 1,3% em maio, após ter registrado alta de 1,0% no mês anterior, na série livre de influências sazonais. Já na comparação interanual, isto é, com o mesmo período de 2018, houve expansão de 13,9%, resultado do impacto negativo da greve dos caminhoneiros no investimento em maio do ano passado. Com o resultado, a média móvel trimestral do indicador sobe 1,3%.



O fraco desempenho do investimento em maio de 2018 também acelerou a taxa de variação acumulada em 12 meses. Nesta base de comparação, o indicador acumula alta de 4,2%, ante 2,7% em abril. No ano de 2019, o investimento observa expansão de 3,0%.



Na abertura entre os componentes do Indicador Ipea de FBCF, o Consumo Aparente de máquinas e equipamentos (Came) - que corresponde à sua produção doméstica líquida das exportações acrescida das importações - subiu 3,9% na passagem mensal, sua quinta alta consecutiva. O Consumo aparente de outros avançou 0,6%, ante 1,1% em abril, ao passo que o indicador da Construção civil voltou a apresentar desempenho negativo, caindo 0,8%, ante alta de 1,5% no mês anterior. Abaixo a taxa acumulada em 12 meses para cada componente.




Ibre/FGV: IDP-DI acelera para 0,63% em junho

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado esta semana pelo Ibre/FGV, apresentou aceleração na passagem de maio para junho, indo de 0,40% para 0,63%. Em junho de 2018, o índice havia subido 1,48%. Com o resultado desta leitura, o IGP-DI acumula alta de 6,04% em 12 meses, ante 6,93% em maio. Já no acumulando do ano, a alta é de 4,40%.



O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) apresentou alta de 0,83% em junho. Na abertura por estágios de processamento: Matérias Primas Brutas acelerou de 1,45% em maio para 3,92% em junho; enquanto Bens Finais passou de -0,65% para -0,43% e Bens Intermediários desacelerou de 0,93% para -0,52%.

Na abertura setorial, os preços dos Produtos Agrícolas aceleraram fortemente e apresentaram alta de 2,24%, ante deflação de 2,28% em maio. Os preços dos Produtos Industriais desaceleraram de 1,46% para 0,38%. No acumulado em 12 meses, o primeiro grupo acelera para 5,02% em junho (ante 3,94% em maio) enquanto o segundo passou de 9,59% para 8,02%.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), por sua vez, desacelerou de 0,22% para -0,02%, quatro dos oito itens que compõe o indicador apresentaram desaceleração. A principal contribuição para a redução do IPC partiu do grupo Transportes (0,49% para -0,70%). Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Despesas Diversas (0,23% para -0,43%); Habitação (0,54% para -0,10%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,62% para 0,41%). Já os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,10% para 0,85%); Comunicação (-0,22% para 0,24%); Alimentação (-0,37% para -0,09%);e Vestuário (0,27% para 0,49%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação no mês. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.


Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,88%, percentual superior ao registrado em maio (+0,03%). Enquanto o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços cresceu 0,09%; o indicador relativo à Mão de Obra apresentou variação de 1,57% frente ao mês anterior. Em 12 meses, o INCC acumula alta de 3,86%.










 

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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