Focus: Expectativa do crescimento do PIB cai pela 20ª vez seguida; Produção Industrial recua

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (15/07) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 caiu novamente, de 0,82% para 0,81%, sua 20ª queda consecutiva; o mesmo ocorreu com o crescimento esperado para 2020, que passou de 2,20% para 2,10%.



Em relação ao IPCA, a expectativa para 2019 subiu de 3,80% para 3,82%, enquanto para o ano que vem a inflação esperada caiu levemente de 3,91% para 3,90%.



No que diz respeito à taxa Selic, a expectativa para 2019 ficou em 5,50% pela 2ª semana seguida. Para 2020, a expectativa da Taxa Selic se manteve em 6%. Já as expectativas para a taxa de câmbio ao fim deste e do próximo ano permaneceram em R$/US$ 3,80.



Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial apresentou recuo pela 3ª leitura seguida, de 0,70% para 0,65%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 3,00% pela 3ª semana consecutiva.





Banco Central: Índice de Atividade Econômica avança 0,5% em maio

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), divulgado hoje pela manhã, avançou 0,5% em maio, na série ajustada sazonalmente. No ano, o IBC-Br avança 0,9% frente ao mesmo período de 2018. Com o resultado, o primeiro avanço em cinco leituras, sua média móvel trimestral cai 1,0%, retração observada pela leitura consecutiva.



Na comparação interanual, frente a maio de 2018, houve crescimento da atividade de 4,4%, ante -0,5% em abril. Assim, o indicador acumula alta de 1,3% nos 12 meses encerrados nesta leitura; 0,6 p.p. acima do registrado um mês antes.



Ipea: Demanda interna por bens industriais sobe 0,1% em maio

Divulgado pelo IPEA, o Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais (definido como a produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações) avançou 0,1% na passagem de abril para maio na série com ajuste sazonal. Apesar do resultado positivo, o trimestre encerrado em maio registra retração na margem de 0,6%., a sétima queda consecutiva nessa base de comparação. Já frente a maio de 2018, houve forte alta, de 7,2% na série sem ajuste sazonal.



A alta do consumo aparente em maio foi reflexo do aumento das importações, que variaram 2,9%, enquanto a demanda interna por bens industriais nacionais (produção interna líquida de exportações) caiu 0,2%. Nos 12 meses findos em maio, o consumo aparente de importados registra alta de 6,0%, ao passo o de bens industriais nacionais tem retração de 0,2%.

Na abertura pelos grandes setores industriais, o resultado positivo de maio foi observado somente na demanda por bens da indústria extrativa, que variou 30,3%, ante retração de 33,1% no mês anterior. Já o consumo aparente de bens da indústria de transformação caiu 0,3%, após ter registrando alta de 1,9% em abril. No acumulado em 12 meses, o primeiro setor registra variação negativa de 10,9%, enquanto o segundo tem expansão de 2,3%. Enquanto, o indicador total varia 0,9%.



Entre as categorias econômicas, apenas Bens de capital observou alta em maio, de 3,9%, ante 0,9% em abril. Bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuaram 4,5%, seguido por Bens de consumo duráveis, em -0,1%. Bens Intermediários, por sua vez, registrou estabilidade na passagem mensal, ante variação de 0,7% um mês antes. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada categoria.