Focus: Expectativa do crescimento do PIB se mantém em 0,82%; Produção Industrial cai

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda feira (29/07) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 se manteve em 0,82%; o crescimento esperado para 2020 permaneceu em 2,10%.



Em relação ao IPCA, a expectativa para 2019 subiu de 3,78% para 3,80%, enquanto para o ano que vem a inflação esperada permaneceu em 3,90%.



No que diz respeito à taxa Selic, a expectativa para 2019 ficou em 5,50% pela 4ª semana consecutiva. Para 2020, a taxa esperada é 5,50% (ante 5,75% na semana passada). Já a expectativa para a taxa de câmbio ao fim deste ano permaneceu em R$/US$ 3,75, enquanto a expectativa para o próximo ano segue em R$/US$ 3,80.



Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial apresentou retração, de 0,66% para 0,50%. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 3,00% pela 5ª semana consecutiva.

Ibre/FGV: Sondagem da Indústria indica queda da confiança em julho

Divulgada nesta manhã pelo Ibre/FGV, a Sondagem da Indústria de julho sinaliza queda de 0,9 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação a junho, na série com ajuste sazonal. O ICI registrou 94,8 pontos e sinaliza pessimismo por parte do setor pela 14ª leitura seguida, desde junho de 2018, quando o setor passou a sentir os efeitos da greve dos caminhoneiros.



A queda na confiança em junho reflete a má avaliação em relação ao momento presente. O Índice de Situação Atual (IE) recuou 2,2 pontos e registrou 94,4 pontos; enquanto o Índice de Expectativas subiu de 94,8 para 95,3 pontos, o segundo menor valor desde outubro de 2017.



Por fim, a leitura de julho sinaliza acréscimo de 0,5 p.p. no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), atingindo 75,5% na série com ajuste sazonal.

Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 11,5 bilhões em junho

O resultado primário do Governo Central referente ao mês de maio, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi deficitário em R$ 11,5 bilhões, inferior ao registrado em maio de 2018 (déficit de R$ 16,4 bilhões) e ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado (déficit de R$ 12,0 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses foi de R$ 117,6 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB, 0,2 p.p. acima do registrado em maio de 2018 (1,5% do PIB).



Pelo lado das receitas, a maior contribuição para o menor déficit em relação a junho de 2018 veio da Receita administrada pela RFB, que foi 5,4% maior, com destaque para a maior arrecadação com COFINS (+6,9%). O mesmo ocorreu com a Arrecadação Líquida para o RGPS, que subiu 7,9%. A Receita não administrada pela RFB, por outro lado, caiu 17,2%, tendo como principais influências negativas as Concessões e Participações (-87,9%) e Demais Receitas (-42,5%).

Com os resultados, a Receita total no período foi R$ 4,1 bilhões maior, uma variação de 3,7%, totalizando R$ 113,0 bilhões. Já as Transferências a Estados e Municípios tiveram redução de 1,6%, levando a Receita líquida (receita total - transferências) a aumentar em 5,0% (+ R$ 4,4 bilhões) e registrar R$ 92,8 bilhões.

As Despesas totais também contribuíram para a redução do déficit em junho de 2019, caindo 1,0% e registrando R$ 104,3 bilhões. Apesar da variação positiva das despesas com Benefícios Previdenciários (+6,4%) e Pessoal e Encargos Sociais (+6,3), a Despesas Discricionárias observaram redução de 43,3% e mais que compensaram o aumento das outras rubricas.