Informativo eletrônico - Edição 2674 Quinta-feira, 01 de agosto de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Banco Central: Copom reduz Selic para 6,00% a.a.
  • IBGE: Produção industrial cai 0,6% em junho
  • CNI: Quatro dos seis indicadores industriais recuaram em junho

Economia Internacional

  • Zona do Euro: Prévia do PIB indica alta de 0,2% no segundo trimestre




Banco Central: Copom reduz Selic para 6,00% a.a.

Em reunião ocorrida ontem (31/07), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a meta da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 0,5p.p, para 6,00% ao ano. Em sua decisão, o Copom considerou as expectativas de inflação para 2019 e 2020 apuradas pela pesquisa Focus, de 3,8% e 3,9% respectivamente, com a inflação esperada para este ano abaixo da meta de 4,25%, ao passo que para 2020 a expectativa encontra-se próxima ao centro da meta (4%).

De acordo com comunicado emitido pelo Banco Central, a economia brasileira segue em processo de recuperação gradual, mas com elevado nível de ociosidade que pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado. Em relação ao cenário externo, o Copom afirma que os riscos associados à normalização das taxas de juros nas economias avançadas mostram-se inócuos, mas os riscos de uma desaceleração econômica global permanecem.

O Comitê enfatiza a continuidade no processo de reformas e ajustes imprescindíveis à economia brasileira como fator essencial para: a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazo; a queda da taxa de juros estrutural; e recuperação sustentável da economia. Uma frustação das expectativas sobre a continuidade dessas reformas pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Com isso, o Comitê avalia que o balanço de riscos para a inflação evoluiu de maneira favorável.

Com a decisão, tomada por unanimidade, a meta da Selic foi reduzida para 6,00% a.a., o menor valor histórico.




IBGE: Produção industrial cai 0,6% em junho

A Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta manhã pelo IBGE, apontou queda de 0,6% na produção industrial na passagem de maio para junho, após ter indicado retração de 0,1% na leitura anterior. Na comparação interanual, isto é, frente a junho de 2018, a queda foi de 5,9%. Com o resultado, a indústria registra baixa de 0,8% no acumulado em 12 meses, ante estabilidade em maio.



No segundo trimestre de 2019, a indústria observa queda de 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, o terceiro resultado negativo consecutivo. Nos seis primeiros meses de 2019 a produção é 0,8% menor em comparação ao período de janeiro a junho do ano passado.



A queda da indústria na passagem mensal reflete o desempenho negativo da Indústria de Transformação, que variou -0,7%. Em maio, a produção do setor havia sido 0,6% menor. Na comparação com junho de 2018 houve retração de 4,4%. Assim, em junho a Indústria de Transformação tem queda acumulada de 0,1% em 12 meses, ante 0,6% no mês anterior. Já no acumulado do ano, por outro lado, o setor observa alta de 0,2%.

A Indústria Extrativa Mineral foi no sentido oposto e teve alta de 1,4%, ante +9,5% em maio, na série ajustada sazonalmente. Na comparação interanual, porém, o setor registra sua quinta queda brusca consecutiva, variando 16,3% nesta leitura. No acumulado em 12 meses, a Indústria Extrativa continua com a tendência de queda observada desde dezembro e retrai 5,6% em junho. No ano de 2019, a queda acumulada é de 13,7%.



Na passagem mensal, todas as categorias de uso apresentaram retração, com destaque para os Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-1,2%). Seguem esse grupo os Bens de consumo duráveis (-0,6%); Bens de Capital (-0,4%); e Bens Intermediários (-0,3%). Abaixo, a tabela com as variações para cada categoria:



Por fim, 17 dos 25 setores pesquisados mostraram redução na produção na comparação com maio. Entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas por produtos alimentícios (-2,1%); máquinas e equipamentos (-6,5%); e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%). Por outro lado, entre os 9 ramos que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância foram registrados por produtos de madeira (+7,5%), de bebidas (+1,5%) e de outros produtos químicos (+0,7%). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada setor:




CNI: Quatro dos seis indicadores industriais recuaram em junho

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgou os resultados dos Indicadores Industriais referentes ao mês de junho. Na série ajustada sazonalmente, quatro dos seis indicadores apresentaram piora no mês de referência: Massa Salarial Real (-0,7%); Rendimento Médio Real (-0,7%); Horas Trabalhadas (-0,1%); e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), que retraiu em 0,7 p.p. e registrou 77,2%. O Faturamento Real avançou 0,3%, enquanto o Emprego se manteve estável.



No acumulado em 12 meses, apresentaram queda: Massa Salarial Real(-2,0%); Rendimento Médio Real (-1,9%); Horas Trabalhadas (-0,1%); e Emprego (-0,1%) Por outro lado, o Faturamento Real registrou estabilidade.






Zona do Euro: Prévia do PIB indica alta de 0,2% no segundo trimestre

Segundo o Eurostat, departamento de estatísticas europeu, os resultados preliminares para o PIB do segundo trimestre de 2019 indicam crescimento marginal de 0,2% tanto na Zona do Euro como na União Europeia, na série ajustada sazonalmente. No primeiro trimestre de 2019, o PIB havia crescido 0,4% e 0,5%, respectivamente.

Na comparação interanual, isto é, com o segundo trimestre de 2018, o crescimento estimado do PIB foi de 1,1% para a Zona do Euro e de 1,3% para a União Europeia, ante 1,2% e 1,6%, nesta ordem.



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Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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