OCDE: Indicadores antecedentes mantêm sinalização de queda no ritmo de crescimento

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou os Indicadores Antecedentes Compostos (CLIs, na sigla em inglês) para seus países-membros referentes ao mês de junho. O indicador geral, que antecipa movimentos na atividade de seis a nove meses à frente em relação à tendência de longo prazo, continuou a indicar desaceleração do crescimento ao recuar pela 18ª leitura seguida, de 99,10 para 99,06 pontos, permanecendo abaixo da linha dos 100,0 pontos pela décima vez consecutiva (e indicando, portanto, nível de atividade dos próximos meses abaixo da tendência de longo prazo).



Com exceção do Reino Unido (que subiu 0,07 ponto para 98,82 pontos), houve um movimento de queda em todos os países membros do G7, cujo índice retraiu de 99,02 para 98,93 na passagem de maio para junho. A Alemanha foi o país a ter a maior queda (-0,24 ponto); seguida por EUA (-0,09); Japão (-0,08); Itália (-0,07); França (-0,02); e Canadá (-0,01). Nesta leitura, o índice de todos estes países ficou abaixo dos 100,0 pontos.

Entre os países não-membros, apenas a China (+0,11), Indonésia (0,08) e Brasil (+0,02) avançaram, registrando 98,88, 99,62 e 102,24 pontos, respectivamente. Recuos ocorreram Na Rússia (-0,08) e Índia (-0,05) para 99,42 e 100,23 pontos nesta ordem. A África do Sul, por fim, ficou estável em 99,58 pontos nesta leitura.




EUA: Índice de preços ao consumidor acelera em julho

Divulgado pelo departamento de estatísticas do trabalho americano (BLS), o Índice de Preços ao Consumidor (Consumer Price Index, em inglês) do país teve alta de 0,3% em julho, ante 0,1% em junho, na série com ajuste sazonal. Com o resultado mensal, a taxa acumulada nos últimos doze meses acelerou de 1,6% para 1,8%.

O núcleo do CPI (medida que exclui preços voláteis, como os de energia e de alimentos) apresentou estabilidade em sua taxa de inflação pelo segundo mês consecutivo, em 0,3%. Assim, o índice acumula alta de 2,2% em 12 meses, acima do registrado no mês anterior (2,1%).



A aceleração de julho reflete o comportamento dos preços de Energia, que passaram de -2,3% para 1,3%, enquanto os preços de alimentos não apresentaram variação pelo segundo mês consecutivo. Na abertura do núcleo, os preços das commodities avançaram 0,2% (ante 0,4%), ao passo que os Serviços avançaram 0,3% pela segunda leitura seguida.



ZEW: Índice de sentimento econômico piora novamente; avaliação da situação atual segue em deterioração

Segundo o Instituto ZEW, o Índice de Sentimento Econômico alemão (que representa as expectativas dos agentes para os próximos meses) piorou mais uma vez em agosto ao recuar 19,6 pontos frente ao mês anterior, a quarta queda consecutiva. O indicador atingiu -44,1 pontos, o menor nível desde dezembro de 2011. Com este resultado, sua média móvel trimestral passou de -0,9 pontos em julho para -29,9 pontos neste mês. O resultado mantém o índice bem abaixo de sua média histórica (iniciada em dezembro de 1991) de 21,6 pontos.

Além da piora das expectativas, a avaliação da situação atual continua em queda. O índice de situação atual recuou em 12,4 pontos, para -13,5 pontos, atingindo seu menor valor desde maio de 2010, com sua média trimestral móvel retraindo de 8,3 para -2,3 pontos.



Por fim, o indicador de sentimento econômico para a Zona do Euro foi no mesmo sentido do índice alemão e caiu 23,3 pontos em julho, atingindo -43,6 pontos. Já o índice de avaliação atual apresentou recuo, em 3,9 pontos e registrou -14,5 pontos.