Ipea: Demanda interna por bens industriais caiu 0,5% em junho

Divulgado pelo IPEA, o Indicador Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais (definido como a produção industrial doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações) recuou 0,5% na passagem de maio para junho na série com ajuste sazonal, após duas leituras consecutivas de alta. A menor demanda por bens da Indústria de Transformação (-1,8%) foi a responsável pela queda do indicador geral, apesar do avanço de 7,6% da Indústria Extrativa. Frente ao mesmo mês de 2018, houve forte queda do indicador, de 6,8% na série sem ajuste sazonal.



Na abertura entre os componentes do indicador, a queda de junho foi refletida nas importações de bens industriais, que caíram 1,6%, ao passo que a produção interna líquida de importações cresceu 0,2% na margem. No acumulado em 12 meses o consumo aparente de bens nacionais registra queda de 1,7%, enquanto o consumo de importados sobe 5,1%.

Apesar do resultado negativo na passagem mensal, no segundo trimestre de 2019 a demanda interna por bens industriais apresentou alta de 0,7% frente ao trimestre imediatamente anterior. O avanço nessa base de comparação deveu-se novamente ao desempenho da demanda por bens da Indústria de Transformação, que subiu 1,0%, enquanto a Indústria Extrativa caiu 6,1%.



Nos 12 meses findos em junho, o consumo aparente de bens industriais observa retração acumulada de 0,4%, ante 0,8% no mês anterior. O resultado aparenta dar continuidade à trajetória de desaceleração observada desde agosto de 2018. Na abertura entre os setores industriais nessa base de comparação, a demanda por bens da Indústria de Transformação varia positivamente em 1,3%, enquanto a Indústria Extrativa cai 10,8%.



Na abertura entre as categorias econômicas, apenas Bens de Capital avançou na passagem de maio para junho. Os demais grupos recuaram com destaque para os Bens de consumo duráveis (-4,6%), seguido por Bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%) e Bens intermediários (-1,0%). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada categoria.

Zona do Euro: Prévia do PIB indica alta de 0,2% no segundo trimestre

Segundo o Eurostat, departamento de estatísticas europeu, a segunda estimativa para o PIB do 2º trimestre de 2019 indicam crescimento marginal de 0,2% tanto na Zona do Euro como na União Europeia, na série ajustada sazonalmente. No 1º trimestre de 2019, o PIB havia crescido 0,4% e 0,5%, respectivamente.

Na comparação interanual, isto é, com o segundo trimestre de 2018, o crescimento estimado do PIB foi de 1,1% para a Zona do Euro e de 1,3% para a União Europeia, ante 1,2% e 1,6%, nesta ordem.




Zona do Euro: Produção Industrial cai 1,6% em junho

O Eurostat, departamento de estatísticas oficial europeu, divulgou o resultado da produção industrial para a Zona do Euro. A produção na região retraiu 1,6% em junho, após ter avançado 0,8% em maio, na série livre de efeitos sazonais. Na União Europeia, a produção retraiu 1,5%, ante variação de 0,9% no mês anterior. Na comparação interanual, isto é, com abril de 2018, a produção do setor observou baixa de 2,6% na Zona do Euro e 1,9% na União Europeia.



No acumulado em 12 meses, ambas as regiões continuam na tendência de desaceleração observada desde maio de 2018. Nesta base de comparação, a Zona do Euro retraiu 0,8%, a terceira leitura consecutiva de queda. Já a União Europeia observou retração de 0,1%. No acumulado em 2019, as variações são de -0,9% e -0,2%, respectivamente.



Em junho, todas as categorias de bens a apresentarem redução na produção, com destaque para: Bens de capital (-4,0%); Bens de consumo não duráveis (-2,8%); Bens de consumo duráveis (-1,2%); Bens intermediários (-0,8%); e Energia (-0,2%).

Entre os países membros, as maiores quedas foram observadas na Irlanda (-8,8%), Dinamarca (-7,6%) e Portugal (-4,5%). Enquanto, as maiores altas ocorreram na Lituânia (+1,8%), Malta (1,8%) e Letônia (+1,5%). Entre as maiores economias da região, a França apresentou queda de 2,3%, seguida por: Alemanha (-1,8%); Itália (-0,2%); e Espanha (-0,2%).