Informativo eletrônico - Edição 2692 Terça-feira, 27 de agosto de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Ibre/FGV: Confiança da Construção avança em agosto
  • Banco Central: Transações correntes registra déficit de US$ 9,0 bilhões em julho

Economia Internacional

  • EUA: Indicador de atividade econômica recua em julho
  • Alemanha: PIB recua 0,1% no segundo trimestre




Ibre/FGV: Confiança da Construção avança em agosto

O Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado pelo Ibre/FGV subiu de 85,4 para 87,6 pontos, na série com ajuste sazonal, maior nível desde dezembro de 2014. Na leitura anterior, o índice havia avançado 2,6 pontos. Frente ao mesmo mês de 2018, na série sem ajuste, a alta na confiança foi de 8,1 pontos. Apesar da melhora, ao permanecer abaixo da linha dos 100,0 pontos, o indicador aponta para pessimismo por parte do setor.



A situação menos pessimista em agosto é reflexo principalmente da melhora da situação atual. O Índice de Situação Atual subiu 2,5 pontos e registrou 77,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE-CST) também avançou, subindo de 96,0 para 97,9 pontos.



Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor avançou 0,7 p.p., para 69,6% em julho, o maior patamar desde junho de 2015 (70,4%). Tanto o NUCI para Máquinas e Equipamentos quanto o NUCI para Mão de Obra também tiverem variações positivas: 0,2 e 0,8 ponto percentual respectivamente.

Banco Central: Transações correntes registra déficit de US$ 9,0 bilhões em julho

Segundo divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), as transações correntes foram deficitárias em US$ 9,0 bilhões em julho, acima do observado um ano antes (déficit de US$ 4,4 bilhões). Com isso, o déficit acumulado nos 12 meses foi de US$ 24,4 bilhões (1,31% do PIB), resultado pior que o acumulado até julho de 2018 (-US$ 17,0 bilhões, equivalente a 0,88% do PIB).



Em julho, a piora do saldo de TC em relação ao mesmo período de 2018 reflete o maior déficit na conta Renda Primária (-US$5,1bilhões para -US$7,9 bilhões) e menor superávit na Balança Comercial (US$3,6 bilhões para US$ 1,6 bilhão). A conta Serviços observou saldo negativo US$ 56 milhões menor, para -US$ 3,0 bilhões, enquanto Renda Secundária passou de US$ 186 milhões em julho de 2018 para US$ 247 milhões neste ano.



O pior saldo comercial em relação a julho de 2018 reflete uma retração mais intensa das exportações em relação às importações. As exportações diminuíram de US$ 22,5 bilhões para US$ 20,0 bilhões, enquanto as importações tiveram variação negativa de US$ 0,5 bilhão, registrando US$ 18,4 bilhões. Assim, o saldo comercial acumulado nos 12 meses findos em julho de 2019 fica em US$ 46,3 bilhões, representando uma queda de 14,6% em relação aos 12 meses encerrados no mesmo mês do ano anterior.



O menor déficit mensal em Serviços reflete o aumento do superávit em Demais Serviços (US$ 163 milhões ante -US$ 122 milhões) e diminuição em US$ 14 milhões do déficit da conta Viagens (-US$ 1,3 bilhão). Aluguel de equipamentos registrou US$-1,2 bilhão ante -US$ 1,0 bilhão registrado em julho do ano passado e Transportes variou de -US$ 589 milhões para -US$ 602 milhões. Assim, Serviços acumula déficit de 33,3 bilhões em 12 meses, uma melhora de 4,6% em relação aos 12 meses anteriores.



O maior pagamento líquido de Lucros e Dividendos piorou o saldo da conta de Renda Primária em junho. Aquela rubrica aumentou seu déficit de US$ 1,9 bilhão para US$ 3,1 bilhões. No mesmo período, houve maior pagamento líquido de Juros, com esta conta piorando seu saldo em US$ 701 milhões para -US$ 4,8 bilhão. Assim, no acumulado em 12 meses, a conta de Rendas (primária + secundária) registra déficit de US$ 37,4 bilhões, saldo 2,9% maior que nos 12 meses anteriores.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) acumularam uma entrada líquida de US$ 94,9 bilhões em 12 meses, o equivalente a 5,09% do PIB e cobrindo totalmente o déficit das transações correntes.






EUA: Indicador de atividade econômica recua em julho

Divulgado pelo Federal Reserve, o Banco Central americano, o Índice Nacional de Atividade (CFNAI, na sigla em inglês) caiu de 0,03 ponto em junho para -0,36 ponto em julho. O resultado negativo indica crescimento da economia americana abaixo de sua média histórica. O índice de difusão do CFNAI - indicador que captura em que medida a variação mensal do indicador geral se dissipou pelos 85 subindicadores de atividade da pesquisa – variou de -0,15 para -0,19 ponto.

A média móvel trimestral do indicador avançou com o resultado desta leitura, subindo de -0,50 no trimestre encerrado em abril para -0,14 ponto em julho. Resultados acima de -0,7 pontos indicam, historicamente, expansão da atividade.



O componente Produção foi o principal responsável pela baixa do CFNAI em julho, ao retrair de 0,09 para -0,25 ponto. Entre os indicadores que recuaram, destaca-se: Vendas, que caiu de -0,01 para -0,05 ponto; Emprego, que ficou em -0,01 ponto (ante 0,00 em junho); e Consumo, variação de -0,05 para -0,06 ponto.

Alemanha: PIB recua 0,1% no segundo trimestre

Confirmando a prévia do Destatis, o órgão federal de estatísticas da Alemanha, o Produto Interno Bruto alemão registrou queda de 0,1% no segundo trimestre de 2019 frente ao trimestre imediatamente anterior, na série dessazonalizada. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o PIB subiu 0,4%.



A retração do produto alemão no primeiro trimestre se deve à queda das exportações (-1,3%) acima das importações (-0,3%). Assim, o setor externo contribuiu com -0,5 p.p. para a variação do PIB no período. Os demais componentes pela ótica da demanda registraram contribuições positivas: Consumo das famílias (+0,1%) e Consumo do Governo (+0,5%), ambos em +0,1 p.p.; e Investimento (+1,4%), em +0,3 p.p., devido à Variação dos estoques (que tiveram impacto de +0,3 p.p., enquanto a Formação bruta de capital fixo estagnou (0,0%).

A publicação também trouxe dados sobre o nível de emprego na economia alemã. No segundo trimestre de 2019, 45,2 milhões de pessoas estavam empregadas no país. O número representa um aumento de 435 mil pessoas, ou 1,0%, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A produtividade geral do trabalho, por outro lado, ficou praticamente estagnada, enquanto a produtividade por pessoa empregada registrou queda de 0,9% na mesma base de comparação.

Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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