Informativo eletrônico - Edição 2694 Quinta-feira, 29 de agosto de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IBGE: PIB avança 0,4% no segundo trimestre
  • Ibre/FGV: IGP-M desacelera para -0,67% em agosto
  • IBGE: Índice de Preços ao Produtor registra deflação de 1,24% em julho

Economia Internacional

  • EUA: PIB real desacelera e avança 2,0% no segundo trimestre.




IBGE: PIB avança 0,4% no segundo trimestre

O PIB brasileiro subiu 0,4% na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal, segundo divulgado pelo IBGE. O resultado, que veio acima das expectativas do mercado (+0,2%), ocorre após queda de 0,1% no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2018, houve crescimento de 1,0%. No acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2019, o PIB subiu 1,0% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.



Na abertura pela ótica da oferta, a indústria avançou 0,7% na passagem trimestral, ante queda de 0,5% na leitura anterior. Essa alta foi reflexo do desempenho das indústrias da Construção e de Transformação, que variaram 1,9% e 2,0%, respectivamente (ante -0,5% e -0,1%, nesta ordem). Já a Indústria Extrativa observou sua segunda queda consecutiva, retraindo -3,8% (ante -7,5%), ao passo que SIUP caiu 0,7% (ante alta de 1,4%). Na comparação interanual, o PIB da Indústria registra alta de 0,3%, após ter caído 1,1% no primeiro trimestre. Já no acumulado em quatro trimestres, por outro lado, o produto industrial segue em desaceleração e retrai 0,1%.



Ainda pela ótica da oferta, os Serviços também apresentaram sua décima alta trimestral consecutiva, de 0,3%. Nesta leitura, os destaques positivos vêm do Comércio (+0,7% ante +0,1%), Atividades Imobiliárias (+0,7% ante +0,2%) e Informação e Comunicação (+0,5% ante +0,2%). Já os Transportes (-0,3% ante -0,6%), Serviços públicos (-0,6% ante +0,3%) e Atividades financeiras (-0,1% ante -0,1%) recuaram no período. Frente ao segundo trimestre de 2018, o PIB dos Serviços subiu 1,2%, mesma taxa da leitura passada. No acumulado dos quatro últimos trimestres, a alta é também de 1,2%.



A Agropecuária foi o único componente da oferta a recuar no segundo trimestre, em 0,4%, após ter registrado alta de 1,6% no trimestre anterior. Na comparação interanual, contudo, houve expansão de 0,4%. Nos últimos quatro trimestres, o PIB da Agropecuária acumula alta de 1,1%.



Pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo liderou a alta do PIB no segundo trimestre, subindo 3,2% após dois trimestres consecutivos em queda. O Consumo das Famílias também subiu, em 0,3%, o décimo resultado positivo consecutivo. O Consumo do Governo, por outro lado, caiu 1,0% após alta de 0,5% na leitura passada. No tangente ao setor externo, as exportações observaram nova queda, de 1,6% (ante -2,9%), ao passo que as exportações avançaram 1,0%. Em termos interanuais, apenas o Consumo do Governo caiu (-0,7%), com os demais componentes variando positivamente: Formação Bruta de Capital Fixo em 5,2%; Consumo das Famílias em 1,6%; Exportação em 1,8% e Importação em 4,7%.




Ibre/FGV: IGP-M desacelera para -0,67% em agosto

Segundo divulgação do Ibre/FGV, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) caiu 0,67% em agosto, após ter registrado alta de 0,40% em julho. No mesmo mês de 2018, o índice havia registrado alta de 0,70%. Com este resultado, o saldo acumulado em 12 meses desacelera de 6,39% em julho para 4,95% nesta leitura, enquanto a variação acumulada em 2019 fica em 4,09%.



O índice de Preços ao Produtor (IPA-M) foi no mesmo sentido do índice geral ao desacelerar de 0,40% para -1,14%, como resultado da queda no ritmo de alta nos preços industriais (0,73% para -1,31%). Já os preços agropecuários ficaram praticamente estáveis ao passar de -0,61% para -0,60%. Com os resultados, em 12 meses o primeiro grupo registra alta de 6,58%, enquanto o segundo varia 2,40%. Ainda nesta base de comparação, o IPA-M observa alta de 5,53% em agosto, ante 7,81% um mês antes. Em 2019, a variação do indicador é de 4,72%.



O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,23% em agosto, após alta de 0,16% em julho. Quatro das oito classes componentes do índice apresentaram avanço em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (-0,60% para 0,03%). Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (0,55% para 0,87%), Vestuário (-0,28% para -0,01%) e Comunicação (0,03% para 0,25%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,39% para -0,35%), Alimentação (0,22% para -0,04%), Despesas Diversas (0,25% para 0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,29%) apresentaram desaceleração no período. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada grupo de despesa.




Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,34% em agosto, ante 0,91% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (0,04% para 0,22%), Mão de Obra (1,63% para 0,44%) e Serviços que registrou variação de 0,29%, ante 0,20% mesma taxa do mês anterior.


IBGE: Índice de Preços ao Produtor registra deflação de 1,24% em julho

O Índice de Preços ao Produtor Industrial (IPP), divulgado pelo IBGE, registrou nova deflação em julho, de 1,24%, ante 1,14% na leitura anterior. Com este resultado, a variação acumulada em 12 meses desacelera de 3,75% em maio para 1,32% nessa leitura. No ano, o índice registra alta de 1,48%.



A deflação do IPP em julho foi refletida tanto na Indústria Extrativa quanto na Transformação. O primeiro grupo registrou variação de -1,27%, ante -0,10% em junho. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços recebidos pela Indústria Extrativa subiram 24,04%. No ano, essa alta é de 21,07%.

Já na Indústria de Transformação a deflação foi de 1,24%, ante queda de 1,19% em junho. Os setores com maior impacto deflacionário foram alimentos (-0,40 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,27 p.p.), metalurgia (-0,23 p.p.) e outros produtos químicos (-0,18 p.p.). Com os resultados, os preços da Indústria de Transformação desaceleram de 2,68% para 0,33% nos últimos 12 meses, enquanto no ano de 2019 a alta é de 0,63%.






EUA: PIB real desacelera e avança 2,0% no segundo trimestre.

Divulgado pelo U.S. Bureau of Economic Analysis (BEA), o departamento de estatísticas americano, a segunda estimativa para o PIB real dos Estados Unidos indicou alta de 2,0% (taxa anualizada) no segundo trimestre de 2019 em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No primeiro trimestre de 2019 o PIB real havia avançado 3,2%.




Segundo a publicação, a principal contribuição para a alta do PIB veio do Consumo das Famílias, que avançou 4,7% (1,1%) em relação ao trimestre anterior, com impacto de 3,10 p.p.. O Consumo do Governo também aumentou, em 4,5%, com influência de 0,77 p.p., após ter subido 2,9% no primeiro trimestre. Por outro lado, o Investimento Privado (-6,1% ante +6,2%) retraiu fortemente, assim como as Exportações, que caíram -5,8% (ante +4,1%). As importações, por fim, foram 0,1% maiores no segundo trimestre de 2019.



Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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