Focus: Expectativa do crescimento do PIB permanece em 0,87%; Produção Industrial retrai para -0,47% em 2019
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (16/09) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 permaneceu estável em 0,87%; o crescimento esperado para 2020, por outro lado, caiu de 2,07% para 2,00%.

As expectativas para o IPCA deste e do próximo ano seguiram em queda, de 3,54% para 3,45% e de 3,82% para 3,80%, respectivamente.

No que diz respeito à taxa Selic, a expectativa para 2019 permaneceu em 5,00%. Para 2020, a taxa esperada variou de 5,25% para 5,00%. Já a expectativa para a taxa de câmbio ao fim de ambos os horizontes subiu, de R$/US$ 3,87 para R$/US$ 3,90 em 2019 e de R$/US$ 3,85 para R$/US$ 3,90 em 2020.

Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial em 2019 seguiu a trajetória de contração, registrando -0,47% nesta leitura (ante -0,29% na semana passada). Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria caiu de 2,75% para 2,48%.
Ibre/FGV: Puxado pelos preços ao produtor, IGP-10 registra deflação de 0,29% em setembro
O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), divulgado pelo Ibre/FGV, viu sua taxa mensal acelerar de -0,47% em agosto para -0,29% em setembro. No mesmo período do ano passado, o índice havia subido 1,20%. Com o resultado mensal, o indicador registra alta de 3,65% no acumulado nos 12 meses encerrados nesta leitura, ante 5,20% do mês anterior. Em 2019, a alta acumulada é de 3,62%.

A deflação de setembro deve-se à queda do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), que variou de -0,83% em agosto para -0,57%. Os preços dos produtos industriais registraram deflação de 1,26%, ante deflação de 0,55% no mês anterior. Já os preços dos produtos agrícolas aceleraram de -1,70% para 1,60%. Nos 12 meses findos em setembro, o IPA-10 acumula alta de 3,52%, ante 5,95% no mês anterior. Já no ano de 2019 a variação do índice é de 3,85%.

O índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) foi no sentido contrário do índice geral, desacelerando de 0,24% para 0,05%. As taxas de variação de cinco das oito classes de despesa componentes do índice recuaram em setembro: Alimentação (0,14% para -0,68%); Habitação (0,99% para 0,55%); Despesas Diversas (0,30% para -0,07%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,35% para 0,19%); e Vestuário (-0,09% para -0,20%). Já os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,45% para 0,31%); Transportes (-0,31% para 0,17%); e Comunicação (0,12% para 0,46%) apresentaram aumento em suas taxas de variação. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe de despesa.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,79% em setembro, após subir 0,35% em agosto. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: Materiais e Equipamentos (0,22% para 0,13%), Serviços (0,32% para 0,29%) e Mão de Obra (0,44% para 1,33%). No acumulado em 12 meses o INCC avança 4,46%.

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