Informativo eletrônico - Edição 2712 Terça-feira, 24 de Setembro de 2019

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Economia Brasileira

  • CNI: Atividade industrial piora em agosto; expectativas se mantêm otimistas
  • IBGE: Com queda em Alimentação e Bebidas transportes, IPCA-15 varia 0,09% em setembro
  • Banco Central: Transações correntes registra déficit de US$ 4,3 bilhões em agosto

Economia Internacional

  • EUA: Prévia do PMI indica crescimento moderado da atividade em setembro




CNI: Atividade industrial piora em agosto; expectativas se mantêm otimistas

Segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a Sondagem Industrial para o mês de agosto indica desaceleração no nível da produção industrial. O Índice de Evolução da Produção ficou em 47,2 pontos, na série com ajuste sazonal. Como está abaixo dos 50 pontos, mostra retração na produção em relação ao mês anterior.



O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou ligeira piora, passando de 67,4% para 67,2%. O NUCI observado é mais baixo que o esperado para agosto, como indicado pelo Nível de Utilização da Capacidade Efetiva em Relação ao Usual, que ficou abaixo dos 50,0 pontos ao registrar 42,4 pontos (ante 43,0 no mês anterior).



Os estoques retraíram em agosto, com o índice de Evolução dos Estoques registrando 49,7 pontos (ante 50,8 pontos em julho). O volume de estoques permanece acima do planejado para o mês de referência, com o Indicador de Estoque Efetivo-Planejado observando 51,2 pontos.

Por fim, três dos cinco indicadores de expectativas avançaram em agosto: Número de Empregados (50,3 para 50,5 pontos); Exportação (52,2 para 52,4 pontos); e Demanda (57,0 para 57,1 pontos). Os indicadores de Compra de Matérias-Primas e a Intenção de Investimento da Indústria recuaram para 54,9 (-0,1 ponto) e 53,5 pontos (-0,5 ponto), respectivamente. Todos os componentes permaneceram acima dos 50,0 pontos, indicando que o otimismo ainda prevalece no setor industrial.




IBGE: Com queda em Alimentação e Bebidas transportes, IPCA-15 varia 0,09% em setembro

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), do IBGE, ficou praticamente estável em setembro ao registrar 0,09%, valor semelhante ao registrado em agosto (0,08%). No mesmo período de 2018, o IPCA-15 registrava o mesmo 0,09%. Com o resultado desta leitura, o índice acumulado em 12 meses registra alta de 3,22% pela segunda leitura consecutiva. Já no acumulado do ano, o IPCA-15 subiu 2,60%.



O núcleo do IPCA-15, medida que exclui preços voláteis como alimentos e energia, desacelerou de 0,30% para 0,22%. No acumulado em 12 meses, o núcleo varia 3,21%, uma ligeira redução frente aos 3,27% da leitura anterior. No ano, a alta é de 2,79%.



Em setembro, os preços administrados e os livres foram em sentidos opostos, com o primeiro grupo desacelerando de 0,50% para 0,47%; ao passo que a taxa de variação do segundo subindo de -0,07% para -0,04%. Nos 12 meses encerrados em setembro, os grupos registram alta de 3,42% e 3,15%, respectivamente.



Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação de agosto para setembro. O grupo Alimentação e Bebidas (-0,34%), que já havia apresentado queda em agosto (-0,17%), contribuiu com o maior impacto negativo no índice do mês, -0,08 p.p. No lado das altas, o destaque ficou para Habitação, que apresentou a maior variação (0,76%) e o maior impacto (0,12 p.p.) no IPCA-15 de setembro. Abaixo, a variação acumulada em 12 meses para cada classe de despesa:




Banco Central: Transações correntes registra déficit de US$ 4,3 bilhões em agosto

Segundo divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), as transações correntes foram deficitárias em US$ 4,3 bilhões em agosto, acima do observado um ano antes (déficit de US$ 1,8 bilhões). Com isso, o déficit acumulado nos 12 meses foi de US$ 33,9 bilhões (1,84% do PIB), resultado pior que o acumulado até agosto de 2018 (-US$ 31,3 bilhões, equivalente a 1,70% do PIB).



Em agosto, a piora do saldo de TC em relação ao mesmo período de 2018 reflete o maior déficit na conta Renda Primária (-US$1,0 bilhão para -US$4,7 bilhões). A Balança Comercial apresentou maior superávit (US$2,3 bilhões para US$ 2,7 bilhões), enquanto a conta Serviços observou saldo negativo US$ 766 milhões menor, para -US$ 2,5 bilhões, e Renda Secundária passou de US$ 181 milhões em agosto de 2018 para US$ 249 milhões neste ano.



O melhor saldo comercial em relação a agosto de 2018 reflete uma retração mais intensa das importações em relação às exportações. As importações diminuíram de US$ 19,2 bilhões para US$ 16,2 bilhões, enquanto as exportações tiveram variação negativa de US$ 2,7 bilhões, registrando US$ 18,8 bilhões. Assim, o saldo comercial acumulado nos 12 meses findos em agosto de 2019 fica em US$ 46,8 bilhões, representando uma queda de 8,7% em relação aos 12 meses encerrados no mesmo mês do ano anterior.



O menor déficit mensal em Serviços reflete nas variações das seguintes contas: Aluguel de equipamentos (US$ 1,0 bilhão ante -US$ 1,4 bilhão); Demais serviços (-US$ 0,4 bilhão para -US$ 0,1 bilhão); Transportes (-US$ 0,6 bilhão para -US$ 0,5 bilhão); e Viagens (-US$ 0,9 bilhão para -US$ 0,8 bilhão). Assim, Serviços acumula déficit de 35,5 bilhões em 12 meses, uma melhora de 5,0% em relação aos 12 meses anteriores.



O maior pagamento líquido de Lucros e Dividendos piorou o saldo da conta de Renda Primária em agosto. Aquela rubrica aumentou seu déficit de US$ 0,5 bilhão para US$ 3,4 bilhões. No mesmo período, houve maior pagamento líquido de Juros, com esta conta piorando seu saldo em US$ 0,7 bilhão para -US$ 1,3 bilhão. Assim, no acumulado em 12 meses, a conta de Rendas (primária + secundária) registra déficit de US$ 45,1 bilhões, saldo 12,5% maior que nos 12 meses anteriores.



Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) acumularam uma entrada líquida de US$ 72,0 bilhões em 12 meses, o equivalente a 3,91% do PIB e cobrindo totalmente o déficit das transações correntes.






EUA: Prévia do PMI indica crescimento moderado da atividade em setembro

A prévia do Índice Gerente de Compras Composto (PMI Composite) para os Estados Unidos, divulgado pelo Instituto Markit, subiu levemente em agosto, de 50,7 para 51,0 pontos, indicando moderada aceleração na atividade americana. Em julho, o PMI havia caído 1,9 ponto. Caso seja confirmado o resultado, a média trimestral móvel do indicador retrairá de 51,6 para 51,4 pontos.



O resultado positivo de setembro foi refletido principalmente no setor industrial, cujo PMI subiu de 50,3 para 51,0 pontos, indicando ganho de algum fôlego moderado num cenário de desaceleração do produto industrial. O PMI de Serviços subiu mais levemente, passando de 50,7 para 50,9 pontos, mas também mantendo-se na esteira de crescimento mais moderado da economia americana.




Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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