Focus: Expectativa do crescimento do PIB permanece em 0,87%; Produção Industrial retrai para -0,54% em 2019
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (30/09) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 permaneceu em 0,87%; o crescimento esperado para 2020 se manteve em 2,00%.

Em relação ao IPCA, a expectativa para 2019 caiu de 3,44% para 3,43%, a oitava queda consecutiva, enquanto para o ano que vem, a inflação esperada variou de 3,80% para 3,79%.

No que diz respeito à taxa Selic, a expectativa para 2019 caiu de 5,00% para 4,75%, após seis semanas de estabilidade. Para 2020, a taxa esperada permaneceu em 5,00%. A expectativa para a taxa de câmbio ao final de 2019 subiu de R$/US$ 3,95 para R$/US$ 4,00, ao final de 2020, a taxa esperada é de R$/US$ 3,91 (ante R$/US$ 3,90 na semana anterior).

Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial em 2019 seguiu a trajetória de contração, registrando -0,54% nesta leitura (ante -0,53% na semana passada). Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria caiu de 2,29% para 2,10%.
Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 16,9 bilhões em agosto
O resultado primário do Governo Central referente ao mês de agosto, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi deficitário em R$ 16,9 bilhões, menor do que registrado em agosto de 2018 (déficit de R$ 19,7 bilhões) e ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado (déficit de R$ 17,3 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses foi de R$ 113,6 bilhões, o equivalente a 1,6% do PIB, 0,2 p.p. acima do registrado em agosto de 2018 (1,4% do PIB).

Pelo lado das receitas, a maior contribuição para o menor déficit em relação a agosto de 2018 veio da Receita administrada pela RFB, que foi 11,8% maior, com destaque para a maior arrecadação com IR (+26,5%) e IOF (+17,7%). A Receita não administrada pela RFB diminuiu em 39,4%. A Arrecadação líquida para o RGPS subiu 5,3%.
Com os resultados, a receita total no período foi de R$ 117,3 bilhões, uma alta de 2,1% em relação ao mesmo mês de 2018. Já as Transferências a Estados e Municípios se elevaram em 3,3%, levando a uma variação de 1,8% (+ R$ 1,6 bilhão) da Receita líquida (receita total - transferências), com esta registrando R$ 94,2 bilhões.
As Despesas totais foram menores em agosto, caindo 1,0% e registrando R$ 111,0 bilhões. Apenas Outras despesas obrigatórias (-16,1%) registraram queda no período, enquanto benefícios previdenciários (+8,6%) e pessoal e encargos sociais (0,6%) foram mais elevados.
Ibre/FGV: Confiança dos Serviços avança 1,7 ponto em setembro após recuo em agosto
Segundo o Ibre/FGV, o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) avançou 1,7 ponto na passagem de agosto para setembro, atingindo 94,0 pontos, na série ajustada sazonalmente. Apesar do resultado positivo, o indicador recuou 4,2 pontos entre janeiro e setembro. Na comparação com setembro de 2018, o índice avançou 4,7 pontos.

A melhora das expectativas foi a principal responsável pelo avanço da confiança em setembro, com o Índice de Expectativas (IE-S) subindo de 95,3 para 98,2 pontos, sua média móvel trimestral passou de 94,7 para 97,0 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA-S) variou de 89,4 para 89,9 pontos, sua média móvel trimestral registrou alta de 87,0 para 89,6 pontos.

Por fim, após ter caído 0,6 p.p. na última leitura, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor retraiu 1,1 p.p. na série com ajuste sazonal, atingindo 80,7%. Na comparação com mesmo mês de 2018, o NUCI retraiu 1,5 p.p.
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