CNI: Confiança do consumidor fica praticamente estável em setembro
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela CNI, ficou praticamente estável na passagem de julho para setembro, registrando 47,3 pontos. O resultado interrompe duas leituras consecutivas de queda. Apesar de permanecer acima de sua média histórica (46,1 pontos) e do registrado em setembro de 2018 (45,3 pontos), o indicador aponta para falta de confiança por parte dos consumidores (leituras abaixo de 50,0 pontos).

A maioria dos componentes do INEC apresentou melhora na passagem de julho para setembro, com destaque para o Endividamento, que retraiu de 51,1 para 49,6 pontos, indicando expectativa de estabilidade no endividamento. O índice de Situação Financeira também se mostrou mais favorável, indo de 47,7 para 48,9 pontos. Apesar da melhora, o resultado deste componente indica que os consumidores ainda esperam uma piora da situação financeira, se bem que de modo mais ameno.

Os demais componentes a apresentar melhora em setembro foram: Compras de bens de maior valor (51,7 para 52,2) e Própria renda (49,7 para 50,0), enquanto Desemprego permaneceu estável em 50,0 pontos. Por outro lado, o aumento da expectativa de inflação por parte dos consumidores contrabalanceou o resultado positivo dos demais indicadores e conteve a alta do índice geral. O índice de expectativa de inflação passou de 59,6 para 61,4 pontos, o terceiro aumento consecutivo, indicando preocupação crescente dos consumidores em relação à trajetória dos preços. Importante ressaltar que valores acima de 50,0 pontos indicam expectativa de alta da inflação, desemprego, própria renda ou gastos com compras de bens de maior valor. Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a expectativa de crescimento.
IBGE: Produção industrial sobe 0,8% em agosto
A Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta manhã pelo IBGE, encerrou três leituras consecutivas de retração na produção industrial e registrou alta de 0,8% na passagem de julho par agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2018, contudo, houve queda foi de 2,2%. Com o resultado, a indústria segue em trajetória de desaceleração iniciada em julho de 2018 e registra baixa de 1,7% no acumulado em 12 meses. No ano de 2019, a produção é também 1,7% menor em comparação com o mesmo período de 2018.

Na abertura pelos grandes setores industriais, a Indústria de Transformação registrou a primeira variação positiva após três meses de retração na produção, subindo 0,2% em agosto. Na comparação interanual, por outro lado, houve queda de 2,3%, a terceira seguida. Nos 12 meses findos em agosto, a produção industrial da Transformação retrai 1,0%, ante -0,6% em julho. Em 2019, a variação acumulada é de -0,4%.
A Indústria Extrativa apresentou o seu quarto resultado positivo consecutivo na passagem mensal ao subir 6,6% em agosto, acumulando alta de 25,2% nesse período. Contudo, frente ao mesmo mês do ano anterior o setor registra a sétima queda consecutiva, desta vez em -1,7. No acumulado dos 12 meses findos nesta leitura, a Indústria Extrativa tem baixa de 6,4%.

Entre as categorias de uso, a alta de agosto foi totalmente refletida nos Bens intermediários, que subiram 1,4%. As demais categorias recuaram: Bens de consumo duráveis em -1,8%; Semiduráveis e não duráveis e Bens de capital, ambos em -0,4%. Abaixo, a tabela com as variações para cada categoria.

Por fim, somente 10 dos 26 ramos pesquisados acompanharam a alta de 0,8% da Indústria Geral. Os destaques positivos, além da Indústria Extrativa, ficam com a produção de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,6%); e de Produtos alimentícios (2,0%). Já as maiores influências negativas vieram de Veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 3,0%; seguido por Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%); de Máquinas e equipamentos (-2,7%); e de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,9%). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses por atividade.
Ibre/FGV: Em setembro, incerteza volta a avançar
O Indicador de Incerteza da Economia (IEE-Br), divulgado pelo Ibre/FGV, subiu 2,7 pontos e registrou 116,9 pontos em setembro. O resultado, que indica incerteza elevada, ocorre após alta de 5,8 pontos na leitura anterior. Na comparação com setembro de 2018, o indicador recuou 4,6 pontos. Com o resultado, a média móvel semestral do indicador sobe de 111,2 para 115,9 pontos.

A alta do IIE-Br em setembro foi puxada pelo componente de Mídia, que subiu 1,5 ponto e atingiu 115,9 pontos, contribuindo em 1,4 ponto para o resultado agregado. O componente de Expectativa registrou alta de 5,8 pontos para 113,7 pontos, contribuindo com 1,3 ponto no comportamento final do indicador.
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