Focus: Expectativa do crescimento do PIB permanece em 0,87%; Produção Industrial retrai para -0,65% em 2019

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (07/10) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB para 2019 permaneceu em 0,87%; o crescimento esperado para 2020 se manteve em 2,00%.



Em relação ao IPCA, a expectativa para 2019 caiu de 3,43% para 3,42%, a nona queda consecutiva, enquanto para o ano que vem, a inflação esperada variou de 3,79% para 3,78%.



No que diz respeito à taxa Selic, a expectativa para 2019 se manteve em 4,75%. Para 2020, a taxa esperada permaneceu em 5,00%. A expectativa para a taxa de câmbio ao final de 2019 se manteve em US$ 4,00, ao final de 2020, a taxa esperada é de R$/US$ 3,95 (ante R$/US$ 3,91 na semana anterior).



Por fim, o crescimento esperado para a produção industrial em 2019 seguiu a trajetória de contração, registrando -0,65% nesta leitura (ante -0,54% na semana passada). Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria subiu de 2,10% para 2,29%.




Ipea: Investimento recua 0,7% em agosto

Segundo o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o investimento caiu 0,7% em agosto, na série livre de influências sazonais, após sete meses consecutivos de resultados não-negativos. Já na comparação interanual, isto é, com o mesmo período de 2018, houve expansão de 0,5%.



Com os resultados, no acumulado em 12 meses o investimento registra alta de 2,5%, abaixo do registrado um mês antes (3,0%). No ano de 2019, o indicador Ipea de FBCF avança 2,3%.



Todos os componentes do Indicador Ipea de FBCF recuaram em agosto, com destaque para o Consumo Aparente de Máquinas e Equipamentos (CAME), que caiu 1,3%, seguido pelo investimento na Construção Civil (-1,1%), e pelo Consumo Aparente de Outros (-0,7). No mês anterior, todos os subindicadores haviam avançado. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada componente.




Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego avança em setembro

O Indicador Antecedente de Emprego, divulgado nessa manhã pelo Ibre/FGV, apresentou avanço em setembro, de 86,8 para 87,1 pontos, na série ajustada sazonalmente, compensando a queda de 0,2 ponto da leitura anterior. Com a melhora na passagem mensal, o indicador encontra-se acima de sua média histórica (87,1). Já sua média trimestral móvel subiu de 86,8 para 87,0 pontos.

Cinco dos sete indicadores contribuíram positivamente para o resultado do IAEmp, com destaque para o Indicador de Tendência dos Negócios para os próximos seis meses do setor de Serviços, que subiu 3,0 pontos.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que registra a percepção das famílias brasileiras sobre o mercado de trabalho, foi no mesmo sentido do IAEmp ao cair de 93,5 para 92,9 pontos. Vale lembrar que, quanto mais baixo o patamar do ICD, melhor é o seu resultado. Com isso, a média móvel trimestral do ICD caiu de 93,6 para 93,0 pontos, porém ainda acima da média histórica de 81,4 pontos.

A queda do ICD foi influenciada pelas as classes de renda familiar mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 e entre R$ 4.800.00 e R$ 9.600.00, que recuaram 3,7 e 1,8 pontos, respectivamente.