Informativo eletrônico - Edição 2739 Quinta-feira, 31 de Outubro de 2019

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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Banco Central: Copom reduz Selic para 5,00% a.a.
  • PNAD: Taxa de desocupação é de 11,8% no trimestre encerrado em setembro; Taxa de subutilização atinge 24,0%
  • Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 20,4 bilhões em setembro




Banco Central: Copom reduz Selic para 5,00% a.a.

Em reunião ocorrida ontem (30/10), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a meta da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 0,5 p.p, para 5,0% ao ano. Em sua decisão, o Copom levou em conta as expectativas de inflação para 2019 e 2020 apuradas pela pesquisa Focus, de 3,3% e 3,6% respectivamente, que indicam inflação esperada para este ano abaixo da meta de 4,25% e inflação esperada próxima ao centro da meta (4,0%) para 2020.

De acordo com comunicado emitido pelo Banco Central, a economia brasileira segue em processo de recuperação gradual, mas o elevado nível de ociosidade e a potencial propagação da inflação corrente por mecanismos inerciais podem produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado. Em relação ao cenário externo, o Copom afirma que os estímulos monetários nas principais economias originam um ambiente favorável para economias emergentes, mas os riscos de uma desaceleração econômica global permanecem.

O Comitê enfatiza a continuidade no processo de reformas e ajustes imprescindíveis à economia brasileira como fator essencial para: a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazo; a queda da taxa de juros estrutural; e a recuperação sustentável da economia.

O Copom considera que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela em eventuais novos ajustes no grau de estímulo.

Com a decisão, tomada por unanimidade, a meta da Selic foi reduzida para 5,00% a.a., o menor valor histórico.




PNAD: Taxa de desocupação é de 11,8% no trimestre encerrado em setembro; Taxa de subutilização atinge 24,0%

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE, indica uma taxa de desocupação de 11,8% no trimestre móvel encerrado em setembro de 2019. Frente ao mesmo trimestre de 2018 (11,9%), a taxa de desemprego ficou estatisticamente estável. A pesquisa de julho a setembro de 2019 indica que há 12,5 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho, o que representa estabilidade na comparação interanual.



Mais uma vez, o aumento da população ocupada na comparação anual (+1,5 milhões de pessoas ocupadas) se concentrou no setor informal da economia. Entre setembro de 2018 e setembro de 2019, 69,1% dos novos empregados (ou + 1,0 milhão de pessoas) são classificados como conta própria, sendo que 64,3% destes (+653 mil pessoas) não possuem CNPJ. No mesmo período, dos 511 mil novos trabalhadores do setor privado, 69,9% (ou 385 mil) não possuem carteira assinada. Com isso, a informalidade respondeu por 67,0% da geração de empregos. Abaixo, a tabela com a variação anual para cada posição.



A taxa de subutilização (desocupados, subocupados e força de trabalho potencial) da força de trabalho no trimestre encerrado em setembro de 2019 foi de 24,0%, 0,1 p.p. menor do que a observada no mesmo período de 2018. No trimestre de julho a setembro de 2019, havia 27,5 milhões de pessoas subutilizadas no Brasil, resultado estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.



Por fim, o rendimento médio real habitual registrou alta em relação ao mesmo trimestre de 2018, passando de R$ 2295,00 para R$ 2298,00.




Tesouro Nacional: Déficit primário de R$ 20,4 bilhões em setembro

O resultado primário do Governo Central referente ao mês de setembro, divulgado pelo Tesouro Nacional, foi deficitário em R$ 20,4 bilhões, menor do que o registrado em setembro de 2018 (déficit de R$ 23,0 bilhões) e ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado (déficit de R$ 23,0 bilhões). Com o resultado, o déficit acumulado em 12 meses é de R$ 110,9 bilhões, o equivalente a 1,6% do PIB, 0,2 p.p. acima do registrado em setembro de 2018 (1,4% do PIB).



Pelo lado das receitas, a maior contribuição para o menor déficit em relação a setembro de 2018 veio da Receita não administrada pela RFB, que foi 45,2% maior, com destaque para as maiores arrecadações com Dividendos e Participações (+4.045,5%) e Demais Receitas (+61,1%). A Receita administrada pela RFB cresceu 0,2%. A Arrecadação líquida para o RGPS subiu 8,5%.

Com os resultados, a receita total no período foi de R$ 120,7 bilhões, uma alta de 8,2% em relação ao mesmo mês de 2018. Já as Transferências a Estados e Municípios se elevaram 18,1%, resultando em uma variação de 6,6% (+ R$ 6,4 bilhões) da Receita líquida (receita total - transferências), que registrou R$ 103,0 bilhões.

As despesas totais também foram maiores em setembro deste ano, subindo 3,1% e registrando R$ 123,4 bilhões. Apenas Outras despesas obrigatórias (-11,0%) registrou queda no período, enquanto os gastos com Benefícios previdenciários (+7,5%) e Pessoal e encargos sociais (+5,2%) cresceram.



Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
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