Banco Central: Transações correntes registram déficit de US$ 7,9 bilhões em outubro
Segundo divulgação do Banco Central do Brasil (BCB), as transações correntes foram deficitárias em US$ 7,9 bilhões em outubro, um déficit maior do que o observado um ano antes (déficit de US$ 2,0 bilhões). Com isso, o déficit acumulado em 12 meses foi de US$ 54,8 bilhões (3,00% do PIB), resultado pior que o acumulado em outubro de 2018 (-US$ 38,1 bilhões, equivalente a 2,00% do PIB).

Em outubro, a piora do saldo de TC em relação ao mesmo período de 2018 reflete o menor superávit na Balança Comercial (US$5,4 bilhões para US$ 0,5 bilhão) e os maiores déficits nas contas Serviços (-US$3,3 bilhões para -US$ 3,6 bilhões) e Renda Primária (-US$4,1 bilhões para -US$4,9 bilhão). Renda Secundária apresentou superávit de US$ 73 milhões, ante superávit de US$ 142 milhões em outubro de 2018.

A piora do saldo comercial em relação a outubro de 2018 reflete tanto a expansão das importações quanto a retração das exportações. As importações avançaram de US$ 16,6 bilhões para US$ 17,8 bilhões, enquanto as exportações caíram US$ 3,6 bilhões, registrando US$ 18,3 bilhões. Assim, o saldo comercial acumulado nos 12 meses findos em outubro de 2019 fica em US$ 38,7 bilhões, representando uma queda de 24,7% em relação aos 12 meses encerrados no mesmo mês do ano anterior.

O maior déficit mensal em Serviços reflete as variações das seguintes contas: Viagens (-US$ 1,15 bilhão para -US$ 1,06 bilhão); Demais serviços (-US$ 0,3 bilhão para -US$ 0,4 bilhão); Transportes (-US$ 0,5 bilhão para -US$ 0,6 bilhão); e Aluguel de equipamentos (-US$ 1,4 bilhão para -US$ 1,5 bilhão). Assim, Serviços acumula déficit de 36,0 bilhões em 12 meses, saldo 2,5% menor do que o registrado nos 12 meses findos em outubro de 2018.

O maior pagamento líquido de Juros e de Lucros e Dividendos piorou o saldo da conta Renda Primária em outubro. Essa rubrica aumentou seu déficit de US$ 1,6 bilhão para US$ 2,2 bilhões, ao passo que o pagamento líquido de Lucros e Dividendos aumentou seu déficit em US$ 0,1 bilhão, atingindo US$ 2,6 bilhões. Assim, no acumulado em 12 meses, a conta de Rendas (primária + secundária) registra déficit de US$ 57,6 bilhões, saldo 9,5% maior que nos 12 meses anteriores.

Por fim, os Investimentos Diretos no País (IDP) acumularam uma entrada líquida de US$ 79,5 bilhões em 12 meses, o equivalente a 4,35% do PIB e o suficiente para cobrir totalmente o déficit das transações correntes.
Ibre/FGV: Piora das expectativas declina a confiança do consumidor em novembro
Segundo publicação do Ibre/FGV, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou de 89,4 para 88,9 pontos na série ajustada sazonalmente. O resultado ocorre após queda de 0,3 ponto no mês anterior. Na comparação interanual, isto é, com novembro de 2018, houve recuo de 3,8 pontos na série sem ajuste sazonal.

A variação negativa do ICC em novembro deve-se à piora das expectativas. O Índice de Expectativas (IE) caiu de 98,3 para 96,9 pontos na série ajustada sazonalmente. Com o resultado, o índice permanece abaixo de 100,0 pontos, indicando pessimismo em relação aos próximos meses por parte dos consumidores pela 8ª leitura consecutiva. O Indicador de Situação Atual (ISA) avançou de 77,4 para 78,5 pontos na passagem mensal.
Receita Federal: Arrecadação apresenta estabilidade em outubro
Segundo divulgado pela Receita Federal, a arrecadação federal total em outubro foi de R$ 135,2 bilhões, estabilidade em relação ao mesmo mês de 2018. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado, que previa arrecadação de R$ 138,8 bilhões.
No período acumulado de janeiro a outubro de 2019, a arrecadação registrou o valor de R$ 1.273,3 bilhões, um acréscimo real de 1,9% em relação ao mesmo período de 2018.

Nos 12 meses findos em outubro, a arrecadação federal acumulou alta real de 1,5%, ante alta de 1,8% registrada em setembro.

A receita administrada pela RFB (R$ 125,2 bilhões) subiu 1,5% em outubro, em termos reais, com considerável influência negativa do Programa de Regularização Tributária PRT/PERT e do Parcelamento da Dívida Ativa (-R$ 189 milhões). Excluindo os fatores não recorrentes, o aumento real em outubro teria sido de 1,6%. No período de janeiro a outubro de 2019, a receita administrada pela RFB chegou a R$ 1.217,0 bilhões, representando um acréscimo real de 1,9% frente ao mesmo período de 2018.
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