Focus: Expectativa de crescimento do PIB sobe para 1,10%; Produção industrial segue em retração
O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira (09/12) o Boletim Focus, relatório semanal que faz levantamento das previsões de mercado para as principais variáveis macroeconômicas do país. Nesta semana, a expectativa para o crescimento do PIB em 2019 avançou de 0,99% para 1,10%. Já o crescimento esperado para 2020 subiu de 2,22% para 2,24%.

Em relação ao IPCA, a expectativa para o fim de 2019 subiu de 3,52% para 3,84%, enquanto para o fim de 2020, se manteve em 3,60%.

No que diz respeito à taxa Selic, a expectativa para 2019 se manteve em 4,50%. Para 2020, a taxa esperada também permaneceu em 4,50%. A expectativa para a taxa de câmbio ao final deste ano avançou de R$/US$ 4,10 para R$/US$ 4,15, ao passo que para o ano que vem a taxa esperada ficou em de R$/US$ 4,10, ante R$/US$ 4,01 na semana passada.

Por fim, o cenário projetado para a produção industrial em 2019 permanece sendo de retração, com a expectativa de uma queda de 0,70%, inalterado frente à semana passada. Para o ano que vem, a expectativa de crescimento da indústria se manteve em 2,20%.
Ibre/FGV: IGP-DI sobe 0,85% em novembro
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro , divulgado pelo Ibre/FGV, ficou em 0,85%, ante 0,55% no mês anterior. Em novembro de 2018, a variação havia sido de 1,14%. Com o resultado desta leitura, o IGP-DI acumula alta de 5,38% nos últimos 12 meses, ante 3,29% em outubro. Já no acumulado do ano, a alta é de 5,85%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo - Disponibilidade Interna (IPA - DI) foi no mesmo sentido do índice geral e acelerou de 0,84% para 1,11%. No acumulado em 12 meses, a variação é de 6,24% (ante 3,29% em outubro). Na abertura por estágios de processamento, elevou-se o ritmo de alta dos preços de Matérias-primas brutas (0,82% para 1,90%) e de Bens finais (0,40% para 1,74%) na passagem mensal, enquanto Bens Intermediários (1,30% para -0,20%) desacelerou, registrando queda no período.
Já na abertura por origem de processamento, a alta mensal do IPA-DI foi reflexo dos preços agrícolas, que passaram de 1,53% para 4,50%, ao passo que os preços industriais retraíram de 0,62% para -0,01%. Abaixo, a variação acumulada em 12 meses para cada origem:

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também acompanhou a aceleração do IGP-DI e subiu de -0,09% para 0,49%. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (-0,40% para 0,50%), Alimentação (-0,28% para 0,42%), Despesas Diversas (0,38% para 3,14%), Educação, Leitura e Recreação (-0,03% para 0,59%), Transportes (0,20% para 0,33%), Comunicação (-0,09% para 0,14%) e Vestuário (0,13% para 0,26%). Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,26%) apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada classe:

Por fim, O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,04% em novembro, ante 0,18% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,50% para 0,06%), Serviços (0,06% para 0,18%) e Mão de Obra não variou pelo segundo mês consecutivo. Assim, no acumulado dos últimos 12 meses o INCC desacelera de 4,18% para 4,08%.
Ipea: Investimento recua 2,2% em outubro
Segundo o Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), o investimento recuou 2,2% em outubro, na série livre de influências sazonais, após alta de 1,9% no mês anterior. Na comparação interanual, isto é, com o mesmo período de 2018, houve queda de 1,1%.

Com isso, nos 12 meses findos em outubro, o Indicador Ipea de FBCF acumula alta de 2,4%, ante 3,0% no mês anterior. No ano de 2019, a expansão é de 2,7%.

Entre os componentes do indicador, houve decréscimo na passagem mensal de 5,6% no Consumo Aparente de Máquinas e Equipamentos (CAME) que corresponde à sua produção doméstica líquida das exportações e acrescida das importações e de 1,5% no indicador da Construção Civil. Já o Consumo Aparente de Outros subiu 1,0%. Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada componente:

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