Banco Central: Copom reduz Selic para 4,50% a.a.
Em reunião ocorrida ontem (11/12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a meta da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 0,50 p.p, para 4,50% ao ano. Em sua decisão, o Copom considerou as expectativas de inflação para os próximos anos apuradas pela pesquisa Focus, bem como suas próprias projeções, as quais se encontram abaixo da meta para cada período.

De acordo com o comunicado emitido pelo Banco Central, o processo de recuperação da economia brasileira ganhou tração nos últimos dois trimestres, mas deve seguir em ritmo gradual e com elevado grau de ociosidade, o que pode levar a uma trajetória prospectiva para a inflação abaixo do esperado. Além disso, as diversas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis confortáveis, especialmente as mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Esses fatores contribuem positivamente para o processo de desinflação e manutenção de uma política monetária estimulativa.
Por outro lado, também pesam fatores de risco na outra direção: há maior incerteza sobre os canais de transmissão do atual grau de estímulo monetário, que atua com defasagens sobre a economia, por conta de um contexto de transformações na intermediação financeira, o que pode elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Segundo o Comitê, esse risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes e de eventuais frustrações no que se refere à continuidade das reformas e dos ajustes necessários à economia brasileira. Apesar disso, o balanço de riscos permanece assimétrico, favorecendo a prescrição de política monetária estimulativa.
Com esses fatores atuando em ambas as direções, o Copom recomenda cautela na condução da política monetária, reiterando que seus próximos passos dependerão da evolução da atividade econômica, do seu balanço de riscos e das expectativas de inflação.
IBGE: Volume de serviços avança 0,8% em outubro
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, apontou para acréscimo de 0,8% no volume de serviços prestados no país na passagem de setembro para outubro, na série ajustada sazonalmente. Na leitura anterior, o índice havia avançado 1,6%. Na comparação interanual, isto é, com o mesmo período de 2018, houve alta de 2,7%.

No ano de 2019, o volume de serviços é 0,8% superior ao registrado no período janeiro-outubro de 2018. Já nos 12 meses findos em outubro, a variação acumulada também registra alta de 0,8%, ante +0,7% em setembro.

O avanço do setor de serviços na passagem mensal foi acompanhado por quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (+1,8%) e serviços prestados às famílias (+1,5%). Avançaram também transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+1,1%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,1%). A única taxa negativa no mês foi registrada em outros serviços (-0,3%). Abaixo, a taxa acumulada em 12 meses para cada atividade.

.gif)