Informativo eletrônico - Edição 2795 Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020

Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Banco Central: Copom reduz Selic à 4,25% e aponta interrupção do ciclo de flexibilização monetária.
  • Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego indica melhora no mercado de trabalho

Economia Internacional

  • PMI Global: Com melhor desempenho de ambos os setores, atividade global registra aceleração em janeiro
  • EUA: PMI indica crescimento moderado da atividade em janeiro




Banco Central: Copom reduz Selic à 4,25% e aponta interrupção do ciclo de flexibilização monetária.

Em reunião ocorrida ontem (05/02), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a meta da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 25 pontos base, para 4,25% ao ano. Em sua decisão, o Copom considerou as expectativas de inflação para os próximos anos apuradas pela pesquisa Focus, bem como suas próprias projeções, as quais se encontram abaixo da meta para cada período.



De acordo com o comunicado emitido pelo Banco Central, apesar do processo de recuperação da economia brasileira ter ganhado tração nos últimos trimestres, este deve seguir em ritmo gradual e com elevado grau de ociosidade, o que pode levar a uma trajetória prospectiva para a inflação abaixo do esperado. Além disso, as diversas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esses fatores contribuem positivamente para a manutenção de inflação controlada e de uma política monetária estimulativa.

Por outro lado, também pesam fatores de risco na outra direção: há maior incerteza sobre os canais de transmissão do atual grau de estímulo monetário, que, por atuar com defasagens sobre a economia, pode elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Segundo o Comitê, esse risco se intensifica no caso de: (I) “aumento da potência da política monetária decorrente das transformações na intermediação financeira e no mercado de crédito e capitais”, (II) deterioração do cenário externo para economias emergentes e (III) eventuais frustrações no que se refere à continuidade das reformas e dos ajustes necessários à economia brasileira.

Considerando esses fatores que atuam em direções opostas e os efeitos defasados do ciclo de flexibilização iniciado em julho de 2019, o Copom recomenda cautela na condução da política monetária e vê como adequada a interrupção do processo de afrouxamento monetário. O Comitê continua a reiterar que seus próximos passos dependerão da evolução da atividade econômica, do seu balanço de riscos e das expectativas de inflação.

Ibre/FGV: Indicador antecedente de emprego indica melhora no mercado de trabalho

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), divulgado pelo Ibre/FGV e que antecipa os rumos do nível de emprego nos próximos meses, voltou a apresentar alta em janeiro, de 89,9 para 92,3 pontos, na série ajustada sazonalmente. Com a melhora na passagem mensal, o indicador se situa acima de sua média histórica (87,0) pela terceira leitura consecutiva. Com o resultado, sua média trimestral móvel subiu pelo terceiro mês consecutivo, em 2,2 pontos.

Nessa leitura, cinco dos sete indicadores contribuíram positivamente para o resultado do IAEmp, com destaque para os indicadores da Indústria de Tendência dos Negócios e Emprego Previsto, que subiram 8,6 e 6,3 pontos na margem, respectivamente.



O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que registra a percepção das famílias brasileiras sobre o mercado de trabalho, caiu de 95,3 para 92,5 pontos. Vale lembrar que, quanto mais baixo o patamar do ICD, melhor é a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho. Apesar do resultado positivo, o indicador ainda se encontra 8,1 pontos acima de sua média histórica (84,4), indicando um ainda elevado pessimismo em relação à situação corrente do mercado de trabalho. Em médias trimestrais móveis, houve queda de 0,2 pontos.

A melhora do ICD em janeiro foi influenciada por três das quatro classes de renda familiar, com exceção das famílias que recebem acima de R$ 9.600.00, cujo resultado foi em sentido contrário. A maior contribuição foi dada pela classe de renda familiar na faixa de R$ 4.800.00 a R$ 9.600.00, cujo Emprego Local Atual (invertido) variou 9,1 pontos na margem.






PMI Global: Com melhor desempenho de ambos os setores, atividade global registra aceleração em janeiro

Segundo divulgação do J.P. Morgan e do Instituto Markit, o Índice Gerente de Compras Global Composto (Global PMI Composite, em inglês) observou alta em janeiro, passando de 51,6 para 52,2 pontos. O resultado, que indica aceleração moderada no ritmo de crescimento global, ocorre após o indicador ter avançado 0,2 ponto na última leitura. Com o resultado, sua média móvel trimestral se eleva de 51,3 para 51,7 pontos.



O PMI de Serviços avançou de 52,0 para 52,7 pontos, com sua média móvel trimestral subindo 0,6 ponto, para 52,1 pontos. Já o PMI Industrial registrou alta, passando de 50,1 para 50,4 pontos, ainda indicando, no entanto, uma quase estagnação do produto industrial na passagem mensal. Com a alta, sua média móvel trimestral avança de 50,1 para 50,3 pontos.

Todas as principais economias — Brasil, EUA, China, Zona do Euro, Japão, Reino Unido, Índia, Rússia e Austrália — apresentaram expansão da atividade em janeiro.

EUA: PMI indica crescimento moderado da atividade em janeiro

O Índice Gerente de Compras Composto (PMI Composite) para os Estados Unidos, divulgado pelo Instituto Markit, subiu levemente em janeiro, de 52,7 para 53,3 pontos, indicando aceleração da atividade americana pela terceira leitura consecutiva. Em dezembro, o PMI havia subido 0,7 ponto. Com o resultado, a média trimestral móvel do indicador avançou de 51,9 para 52,7 pontos.



O resultado positivo de janeiro foi reflexo do movimento no setor de serviços, cujo PMI subiu de 52,8 para 53,4 pontos, indicando ganho de fôlego em um cenário de moderado crescimento do setor. O PMI Industrial, por sua vez, retraiu de 52,4 para 51,9 pontos.




Macro Visão é uma publicação da:
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

 
Cadastre-se e receba notícias do seu interessfacebooktwitteryoutubelinkedin