Ibre/FGV: 2ª prévia do IGP-M aponta variação de 0,72% em julho

A segunda prévia do índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) aponta variação de 0,72% na leitura de julho, ante alta de 0,60% na leitura de junho. Este aumento está atrelado principalmente ao comportamento dos preços ao atacado apurado pelo IPA devido ao seu peso corresponder a 60% do indicador e conforme explanado adiante.
A variação de julho mostra um arrefecimento do aumento dos preços nas leituras mensais, sendo a segunda menor variação mensal dos últimos 12 meses.

Dois dos três indicadores que compõem o IGP-M sofreram aceleração, o IPA-M e o IPC-M.
Destaque para o IPC-M que apresenta variação de 0,70% no mês ante 0,57% do mês de junho, aumento de 0,13 p.p. entre os meses. No mês de julho ocorrem aumento de preços que impactam diretamente o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), como os preços administrados, a exemplo das tarifas de energia elétrica que sofreram reajuste no início do mês de julho.
O IPA-M ficou em 0,66% no mês de julho em relação ao indicado em junho quando marcou 0,42% de crescimento. O indicador tem peso de 60% sobre o índice de geral, por isso sua variação impacta fortemente o resultado do IGP-M. O IPA tem em sua composição preços de insumos que são atrelados ao dólar, que voltou a apresentar variação positiva nas últimas semanas, sendo cotado a R$5,25 na última divulgação (19/07).
Por fim, o INCC-M apresentou variação de 1,32%, recuo de 0,98 p.p. em relação ao mês de junho quando cresceu 2,30%. 

Na prévia do acumulado no ano até julho, o IGP-M apresenta aceleração com variação de 15,91% (15,08% em junho). O IPA-M acumula crescimento de 19,77% em 2021, INCC-M, 10,83% e o IPC-M, 4,13%.
Em 12 meses as variações são mais expressivas em todos os indicadores. O IGP-M acumula crescimento de 33,75% com desaceleração pelo segundo mês consecutivo (37,04% em maio e 35,75% em junho). A variação nesta mesma ótica do IPA-M é de 44,18%, também em desaceleração por dois meses seguidos (50,21% em maio e 47,53% em junho). Demais indicadores seguem na tabela abaixo. 

Secex: Exportações caem 21,1% e importações recuam 15,5% até a terceira semana do mês de julho em relação ao mesmo período de junho

Conforme divulgado pela Secex, as exportações do país acumuladas até a terceira semana do mês de julho apresentaram queda de 21,1% em relação ao mesmo período do mês junho, sendo US$14.549,00 milhões no mês de julho e US$18.448,00 milhões em junho.
Considerando a média diária, as exportações passaram de US$1.419,08 milhões em junho para US$1.212,42 milhões no mês de julho, queda no período.
As importações também apresentaram queda na comparação a terceira semana dos meses de junho e julho, passando de US$11.234,00 milhões em junho para US$9.489,00 no mês de julho, variação de 15,5%.
Com isso, quando considerado a média diária das importações, em junho o valor médio por dia era de US$864,15 milhões, já em julho ficou em US$790,75 milhões.
Em junho, os valores acumulados até a 3ª semana estavam considerados treze dias úteis, já em julho foram considerados doze dias úteis.

*Acumulados até a 3ª semana do mês.

Com isto, o saldo da balança comercial no período é de US$5.060,00 milhões, queda de 29,9% em relação ao mês anterior (US$7.214,00 milhões). 
O saldo médio diário da balança comercial até a terceira semana de junho foi de US$554,92 milhões, enquanto em julho avançou para US$421,67 milhões.
Da mesma forma que os dados das exportações e importações, a apuração da 3ª semana de junho teve 13 dias úteis, enquanto a de julho teve 12 dias úteis.

*Acumulados até a 3ª semana do mês.