Focus: IPCA deve encerrar em 5,90% e PIB com crescimento de 0,84% em 2023
A mediana das expectativas do mercado, divulgada pelo relatório Focus do Banco Central referente a 24 de fevereiro, indica que o IPCA de 2023 deve encerrar em 5,90%. O centro da meta de inflação para 2023 é de 3,25%, podendo variar entre 1,75% e 4,75%. Para o PIB, a expectativa de crescimento oscilou para 0,84%. No que se refere à taxa de câmbio, a expectativa do mercado continua em R$/US$ 5,25 ao final do ano. Por fim, a mediana das perspectivas quanto à taxa SELIC se manteve em 12,75% a.a. Para 2024, as expectativas sinalizam um crescimento para o PIB de 1,50%. A perspectiva para o nível de preços, medido pelo IPCA, é de alta de 4,02%. A taxa Selic, por sua vez, deve fechar o próximo ano em 10,00%, e a taxa de câmbio em R$/US$ 5,30.

Ibre/FGV: IGP-M recua 0,06% em fevereiro
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) recuou 0,06% em fevereiro, após aumentar 0,21% no mês anterior. Este resultado representa a primeira redução após dois meses de alta. Os dados mais recentes podem ser verificados no gráfico abaixo:

Considerando apenas os meses de fevereiro desde 2002, a variação média do índice para o mês é de alta de 0,64%, portanto, o resultado de fevereiro de 2023 veio abaixo da média.

Quando analisados os componentes do IGP-M, o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo - Mercado) foi o destaque negativo, com variação de -0,20% em fevereiro. O IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor - Mercado) apresentou alta de 0,38% no período, aumento menor que o verificado no mês anterior (+0,61% em janeiro). Por fim, o INCC-M (Índice Nacional da Construção Civil - Mercado) aumentou 0,21% em fevereiro, alta menor que a observada no mês anterior, quando o índice fechou em +0,32%.

Ibre/FGV: Índice de Confiança da Indústria diminui 1,1 ponto em fevereiro
O Índice de Confiança da Indústria, divulgado pelo IBRE (FGV), encerrou fevereiro em 92,0 pontos, redução de 1,1 ponto em relação ao mês de janeiro, considerando dados sem influência sazonal. Com este resultado, o setor industrial continua a sinalizar pessimismo pelo sexto mês consecutivo e se encontra no menor nível desde julho de 2020 (89,8 pontos). Valores abaixo de 100,0 pontos indicam pessimismo e acima, otimismo.

O resultado do mês foi puxado tanto pela redução da confiança em relação ao Índice Situação Atual, quanto do Índice de Expectativas. O primeiro índice encerrou em 92,8 pontos, redução de 0,3 ponto em relação ao mês de janeiro, dados dessazonalizados. Com este resultado, a indústria nacional permanece indicando pessimismo em relação ao momento atual. O Índice de Expectativas, por sua vez, encerrou fevereiro aos 91,4 pontos, queda de 1,8 ponto em relação ao mês anterior. Dessa forma, a indústria se mantém com orientação pessimista quanto às expectativas (abaixo dos 100,0 pontos) pelo oitavo mês consecutivo. O NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada), por sua vez, caiu 0,1 ponto percentual, registrando 78,7% no mês na série sem efeitos sazonais.

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