Caros(as),

No começo deste ano constatamos que, em função do Custo Brasil e da valorização do real, um bem manufaturado nacional esteve, em média, 34,2% mais caro do que o similar importado dos principais parceiros comerciais em 2012.

No intuito de entender como o Custo Brasil e o Câmbio afetam as diversas atividades industriais, elaboramos novo estudo que quantificou quanto foi o Custo Brasil de acordo com a intensidade tecnológica dos setores da indústria de transformação em 2012. O estudo foi tema de reportagem do jornal Brasil Econômico na edição de 21 de agosto de 2013.

Os resultados apontaram que os bens produzidos pela indústria de transformação nacional se deparam com elevadas desvantagens de preços em todas as intensidades tecnológicas.

Recorrentemente se aponta que o desafio de nossa indústria é o de fabricar bens de média-alta e de alta tecnologia. Todavia, em função da falta de isonomia competitiva, os produtos nacionais de média-alta e de alta tecnologia são, respectivamente, 33,2% e 36% mais caros que os similares importados dos principais parceiros comerciais.

Sem dúvida esse diferencial é um entrave à agregação de valor em todas as atividades da indústria. Nos setores de média-alta e alta tecnologia, que se encontram à jusante nas cadeias produtivas e que geram os empregos de melhor qualidade, este e outros fatores impedem o desenvolvimento ao inviabilizar os investimentos, o que distancia o Brasil em relação aos seus competidores internacionais.

Boa Leitura!