
PIB cresce 1,0% no primeiro trimestre de 2017
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã de hoje (01/06) os resultados para o PIB referente ao primeiro trimestre de 2017. De acordo com a publicação, o PIB brasileiro cresceu 1,0% na passagem do último trimestre de 2016 para os primeiros três meses deste ano, na série sem influências sazonais, resultado ligeiramente maior que a estimativa do Depecon/Fiesp (em 0,7%) e da média do mercado (0,9%). Este é o primeiro crescimento após oito trimestres consecutivos de queda da atividade econômica. Em comparação com o mesmo período de 2016, o PIB retraiu em 0,4%.

Pelo lado da oferta, o setor Industrial apresentou alta de 0,9% no 1º trimestre de 2017 frente ao trimestre imediatamente anterior, encerrando uma trajetória de queda nas duas últimas leituras. O PIB da Indústria foi composto por resultados positivos em seus quatro subsetores, a saber: Construção Civil (0,5%), interrompendo uma sequência de quatro quedas, seguido pela Indústria de Transformação (0,9%) e a Serviços Industriais de Utilidade Pública (3,3%). Por sua vez, a Extrativa Mineral (1,7%) apresentou sua quarta elevação consecutiva.

Ainda na ótica da oferta, o PIB da Agropecuária foi o destaque positivo ao crescer 13,4% nesta leitura, após ter recuado 0,2% no último trimestre do ano passado. Foi a segunda maior alta trimestral de toda a série histórica iniciada em 1996 e reflete uma forte safra agrícola neste início de ano, sobretudo de soja e milho. Já o setor de serviços, que havia apresentado oito quedas consecutivas nas leituras anteriores, apresentou estagnação (0,0%) no período referente. Dentre os subsetores de Serviços, as principais altas foram verificadas nos grupos Transporte, armazenagem e correio (2,8%) e Serviços de informação (1,6%), ao passo que o Comércio (-0,6%) chegou a sua nona queda seguida, mostrando fragilidade no consumo.

Agora, pela ótica da demanda, três dos cinco componentes apresentaram queda no período. Apesar de ter desacelerado seu ritmo de queda, o Consumo das Famílias (-0,1%) caiu pelo nono trimestre consecutivo, mesmo sentido imprimido pelo Consumo da Administração Pública ao recuar 0,6%. Por sua vez, Formação Bruta de Capital Fixo (o Investimento) registrou contração de 1,6% na margem, após já ter recuado iguais 1,6% no trimestre anterior. Vale pontuar que este componente mostrou queda em 13 dos últimos 14 trimestres.
O grande impulsor do crescimento do PIB nesta ótica veio pelo setor externo. As importações desaceleraram neste trimestre, ao passar de 3,5% para 1,8% de crescimento. Assim, o crescimento das exportações em 4,8% (no período passado havia retraído em 1,0%) exerceu forte influência positivo para esta leitura.

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