IBGE: Taxa de desemprego recua no último trimestre do ano, mas fecha 2017 em alta
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã (23/02) a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio Contínua (PNAD) referente ao último trimestre de 2017 e, consequentemente, ao fechamento daquele ano. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em dezembro (11,8%) apresentou redução de 0,6 ponto percentual em comparação com o terceiro trimestre o mesmo ano (12,4%), ficando ligeiramente abaixo do verificado em igual período de 2016 (12,0%). O indicador fechou 2017 com uma média anual de 12,7%. O resultado representa um aumento de 1,2 ponto percentual em relação à média anual de 2016 (11,5%).

A taxa de subutilização da força de trabalho do período (23,6%), um indicador que agrega desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial, ficou ligeiramente abaixo daquela observada no trimestre encerrado em setembro (23,9%). No último trimestre de 2016, essa taxa era de 22,2%. O indicador de subutilização da força de trabalho fechou 2017 com uma taxa média anual de 23,8%. O resultado representa um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação à média anual de 2016 (20,9%).

A população ocupada estimada pela PNAD ficou em 92,1 milhões de pessoas no último trimestre de 2017. É o maior número absoluto desde o último trimestre de 2015. No trimestre encerrado em setembro de 2017, o número era de 91,3 milhões; no último trimestre de 2016, era de 90,2 milhões. A estimativa representa um aumento de 2,0% na comparação interanual e de 0,9% na comparação trimestral. A população ocupada fecha o ano de 2017 com uma média anual 90,6 milhões de pessoas. O número representa um aumento de 0,3% em relação à média anual de 2016 (90,4 milhões de pessoas).
Por fim, o rendimento médio real habitual, estimado em R$ 2.154,00, apresentou estabilidade nas comparações com o trimestre anterior e o mesmo trimestre de 2016. O mesmo foi observado para a média anual do indicador.
IBGE: IPCA-15 registra a segunda menor taxa para fevereiro desde 1994
Divulgado hoje (23/02) pelo IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) variou 0,38% na passagem de janeiro para fevereiro. O índice havia variado 0,39% no mês passado, enquanto que em fevereiro de 2017 a taxa foi de 0,54%. Este resultado se consolida como o segundo menor para o mês de fevereiro desde a criação do Plano Real. Assim, a taxa acumulada no ano ficou em 0,77%, enquanto que a acumulada em 12 meses passou de 3,02% no mês passado para 2,86% nesta leitura.

No que tange o núcleo da inflação (que exclui preços voláteis como alimentos e energia), a inflação mensal acelerou em relação ao mês passado, de 0,14% para 0,28% neste mês. No acumulado em 12 meses, contudo, a taxa reduziu de 3,79% para 3,31%.

Na abertura entre preços livres e administrados, a taxa de variação foi bem parecida para ambos, em 0,38% e 0,37%, respectivamente. Dentro de preços livres, destaque para a aceleração de preços do setor de Serviços, que registrou 0,71% de inflação ante 0,27% de janeiro, a taxa acumulada em 12 meses deste grupo saltou para 4,14%.

Já pelas classes de despesas, Educação exerceu forte contribuição ao IPCA, com a maior taxa de variação entre todos os grupos, de 4,01% ante 0,28% de janeiro. Da mesma forma, Transportes registrou 1,11% de variação ante 0,86%. Dos dois grupos que tiveram deflação neste mês de análise, Habitação registrou -0,51% ante -0,41% e Vestuário teve -0,73% ante 0,36%. Abaixo, taxa acumulada em 12 meses para cada grupo.
FGV: Após cinco altas consecutivas, confiança do consumidor recua em fevereiro
A Fundação Getúlio Vargas divulgou nesta manhã (23/02) o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente a fevereiro. Após cinco altas consecutivas, na série ajustada sazonalmente, o indicador recuou 1,4 ponto, registrando 87,4 pontos. Vale lembrar que a marca da última leitura havia sido a maior desde outubro de 2014. Em relação a fevereiro de 2017, o ICC teve alta de 6,7 pontos.

Ambos os componentes do ICC tiveram queda em fevereiro. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,4 ponto, para 75,2 pontos, após registrar seis altas consecutivas e a maior pontuação desde maio de 2015 em janeiro. O Índice de Expectativas (IE) recuou 1,1 ponto, registrando 96,5 pontos. É a segunda queda consecutiva do componente.
Dentre os quesitos que integram o ICC, a avaliação dos consumidores com relação à situação econômica no momento teve a maior contribuição para o resultado de fevereiro. Em relação às finanças familiares, somente as perspectivas futuras permaneceram favoráveis. Mesmo com perspectivas melhores, contudo, a queda no indicador de disposição para compras de bens duráveis nos próximos meses revelou consumidores menos propensos a gastar.

Também divulgados nesta manhã pela FGV, os dados preliminares da Sondagem da Indústria sinalizam alta de 0,2 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em fevereiro. Confirmando a prévia, o indicador registra 99,6 pontos, seu maior nível desde outubro de 2013. O resultado preliminar de fevereiro também indica alta, de 0,6 ponto percentual, no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI). Em 75,3%, este é o maior nível desde junho de 2015 (75,8%).
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