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Informativo eletrônico - Edição 1209 Sexta-Feira, 03 de maio de 2013
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção Industrial avança 0,7% em março
  • Balança comercial brasileira tem pior abril de todos os tempos
  • Índice de Gerentes de Compras brasileiro recua em abril
  • IPC-Fipe mantém aceleração e fica em 0,28% na 4ª quadrissemana de abril

  • Produção Industrial avança 0,7% em março

    A produção industrial avançou 0,7% em março ante o mês imediatamente anterior - na série com ajuste sazonal -, expansão aquém do consenso do mercado (1,3%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou revisões para o desempenho da indústria em janeiro (de 2,6%, para 2,7%) e fevereiro (de -2,5% para -2,4%).

    Na análise trimestral, houve retração de 0,5% em janeiro-março de 2013 em relação a igual período de 2012. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento para os três primeiros meses deste ano foi de 0,8%. Já no acumulado de 12 meses, a indústria nacional mostra recuo de 2,0%. Por fim, na comparação interanual mensal a indústria brasileira encolheu 3,3% em março, registrando a segunda queda consecutiva em tal métrica.

    Na comparação com o mês imediatamente anterior, já descontados os efeitos da sazonalidade, a categoria de bens de capital apresentou expansão de 0,7% em março, acumulando ganho de 9,8% neste ano. Ainda na comparação com fevereiro, o crescimento mais expressivo foi computado na categoria de bens de consumo duráveis (4,7%), eliminando parcialmente o decréscimo de 6,8% aferido no segundo mês do ano. A categoria de bens intermediários avançou 0,8%, enquanto que bens de consumo semiduráveis e não duráveis evidenciaram retração de 0,5%.

    Dentre os 27 ramos investigados pela pesquisa do IBGE, apenas 13 apresentaram crescimento na margem, com destaque para a atividade de veículos automotores, que eliminou parte da queda de 8,1% em fevereiro ao apresentar expansão de 5,1% no mês seguinte. As demais variações positivas de destaque vieram das atividades de refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (11,9%), bebidas (4,6%), fumo (33,4%), mobiliário (11,0%) e borracha e plástico (2,7%).

    Em contrapartida, das 14 atividades que pressionaram negativamente o setor industrial, destaca-se o resultado de alimentos, haja vista a queda de 2,7% em março, ou seja, a segunda retração consecutiva. Outras influências negativas relevantes vieram das seguintes atividades: outros equipamentos de transporte (-5,0%), produtos de metal (-4,4%), diversos (-7,3%) e outros produtos químicos (-1,0%).

    Balança comercial brasileira tem pior abril de todos os tempos

    A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 994 milhões, o pior resultado já registrado num mês de abril desde que foi iniciada, em 1959, a série histórica dos dados. Antes do resultado de abril de 2013, o número mais negativo havia sido registrado em abril de 1997, quando a balança comercial registrou déficit de US$ 910 milhões. Ademais, a corrente de comércio atingiu US$ 42,258 bilhões, outro recorde entre os meses de abril. Os resultados foram divulgados ontem (02/05) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

    As exportações alcançaram US$ 20,632 bilhões, valor 4,1% maior do que o registrado no mesmo mês do ano anterior. As exportações por produto agregado registraram: manufaturados (US$ 7,245 bilhões), básicos (US$ 10,472 bilhões) – recordes para meses de abril – e semimanufaturados (US$ 2,457 bilhões). Os seguintes produtos merecem destaque por seu crescimento: suco de laranja congelado (+170,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior), açúcar refinado (+145,7%), milho em grãos (+489,3%), minério de cobre (+74,7%), catodos de cobre (+473,7%) e açúcar em bruto (+112,7%). Já os produtos com as quedas mais acentuadas foram: aviões (-62,4%), petróleo em bruto (-72,7%) e algodão em bruto (-41,2%). Os cinco principais compradores dos produtos brasileiros foram: China (US$ 4,712 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,849 bilhão), Argentina (US$ 1,766 bilhão), Países Baixos (US$ 1,233 bilhão) e Japão (US$ 957 milhões).

    As importações feitas pelo Brasil alcançaram o valor de US$ 20,632 bilhões, com aumento em todas as categorias de produtos: bens de consumo (+9,1%), matérias-primas e intermediários (+7,2%), bens de capital (+3,2%) e combustíveis e lubrificantes (+0,1%). Isso indica uma maior penetração de produtos importados em todos os segmentos da economia brasileira, prejudicando a indústria do país devido à forte concorrência estrangeira. Os cinco principais fornecedores foram: Estados Unidos (US$ 3,059 bilhões), China (US$ 2,834 bilhões), Argentina (S$ 1,591 bilhão), Alemanha (US$ 1,315 bilhão) e Índia (US$ 1,131 bilhão).

    Índice de Gerentes de Compras brasileiro recua em abril

    O Índice de Gerentes de Compras recuou para 50,8 pontos em abril, após ter registrado 51,8 pontos em março, segundo os dados divulgados ontem (02/05) pelo instituto Markit Economics. O Índice de Gerentes de Compras é um indicador derivado de índices de difusão individuais que medem as mudanças na produção, novos pedidos, emprego, prazos de entrega dos fornecedores e estoques de insumos, sendo que leituras acima de 50 pontos indicam expansão e leituras abaixo deste patamar indicam contração.

    O recuo do índice indica uma tímida expansão da indústria brasileira, sendo a menor e mais lenta dos últimos seis meses (em outubro de 2012, o índice registrou 50,2 pontos), e a terceira queda consecutiva na velocidade de crescimento do setor industrial. A produção se expandiu, assim como a entrada de novos negócios, porém ambas em taxas mais lentas do que as registradas no mês passado. Já as vendas para exportação caíram pela primeira vez desde novembro de 2012, enquanto que as compras de insumo cresceram pelo sexto mês consecutivo.

    De fato, as compras de insumos aumentaram em abril, porém em ritmo de crescimento menor e com pequena variação em relação ao mês anterior. Por sua vez, os estoques de compras caíram pelo vigésimo terceiro mês consecutivo. O número de funcionários caiu pela primeira vez em quatro meses, e o desempenho dos fornecedores mostrou forte arrefecimento, com destaque para a menção das condições precárias das estradas e da escassez de matérias-primas.

    Os preços de compra se elevaram pelo quadragésimo mês consecutivo e as tarifas vêm aumentando nos últimos quatorze meses. As pressões inflacionárias do país afetaram o setor industrial, já que houve aumento nos preços dos insumos, porém, devido à ampla concorrência para novos trabalhos, os produtores não repassaram o aumento total dos custos para os clientes.

    Vale ainda ressaltar a declaração de Andre Loes, economista principal do Grupo HSBC, responsável pelo índice:"O Índice de Gerentes de Compras do setor industrial HSBC recuou [...] reforçando a percepção de que após um início de ano forte, a atividade econômica arrefeceu ao longo do primeiro trimestre. Este é mais um sinal de que a recuperação econômica de 2013 é ainda mais modesta".

    IPC-Fipe mantém aceleração e fica em 0,28% na 4ª quadrissemana de abril

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mensura a inflação paulistana, divulgou hoje (03/05) as informações referentes à quarta quadrissemana de abril. Após dez semanas consecutivas de desaceleração – sendo quatro delas em deflação –, o índice iniciou uma série de altas na segunda quadrissemana de abril, que vem se mantendo desde então.

    Dentre as sete classes de despesa que compõem o IPC-Fipe, quatro apresentaram acréscimo em seu nível de preços: Habitação, que passou de 0,11% na terceira quadrissemana de abril para 0,25% na quadrissemana seguinte; Transporte (de 0,20% para 0,28%); Despesas Pessoais (de -0,45% para -0,12%) e Saúde (de 0,86% para 1,31%). Em contrapartida, as seguintes classes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (de 0,26% para 0,20%), Vestuário (de 0,39% para 0,19%) e Educação (de 0,19% para 0,18%).

    A classe de despesa Saúde foi, novamente, a que apresentou o maior impacto positivo sobre o índice global, contribuindo com 0,10 p.p. da variação do mesmo, enquanto que a classe Despesas Pessoais foi a única a exercer influência negativa no IPC-Fipe na quarta quadrissemana de abril (-0,01 p.p).

    Relatório divulgado em 29/04/2013

    IPCA (%) 5,71 5,70 5,71 (2)
    IGP-DI (%) 4,83 4,80 4,81 (1)
    IGP-M (%) 4,92 4,91 4,92 (1)
    IPC-Fipe (%) 5,26 5,12 5,12 = (2)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,00 2,00 2,00 = (9)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,00 2,00 2,00 = (4)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 8,50 8,25 8,25 = (1)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 7,83 7,81 7,81 = (1)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 34,50 34,50 34,50 = (5)
    PIB (% do crescimento) 3,00 3,00 3,00 = (3)
    Produção Industrial (% do crescimento) 3,12 2,86 2,83 (2)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -65,80 -68,66 -70,00 (2)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 12,40 10,60 10,25 (9)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (20)
    Preços Administrados (%) 3,00 2,85 2,85 = (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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