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Informativo eletrônico - Edição 1217 Quarta-Feira, 15 de maio de 2013
 
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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Comércio varejista apresenta retração de 0,1% em seu volume de vendas no mês de março

    Economia Internacional

  • PIB da Zona do Euro recua 0,2% no 1º trimestre do ano
  • Economia francesa recua 0,2% e país entra em recessão
  • PIB da Alemanha cresce 0,1% nos primeiros três meses de 2013

  • Comércio varejista apresenta retração de 0,1% em seu volume de vendas no mês de março

    A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou recuo de 0,1% no volume de vendas do varejo restrito em março frente ao mês imediatamente anterior, quando o indicador havia declinado 0,4%, já descontadas as influências sazonais. Já o varejo ampliado apresentou expansão de 0,2% em março. No acumulado de 12 meses o varejo restrito registrou variação de 6,8%, e o varejo ampliado de 7,2%. As variações para o terceiro mês do ano foram bastante próximas às previsões do Depecon/Fiesp, que apontavam para queda de 0,3% no varejo restrito e estabilidade no conceito ampliado (0,0%).

    O desempenho menos robusto para a PMC reflete o dinamismo de variáveis como emprego, renda e crédito. O aumento do salário real não se mostrou tão expressivo como nos anos anteriores, o crédito pessoal segue em um nível fraco para o início do ano e não há muito espaço adicional para a queda da taxa de desemprego. Ademais, o alto nível de inflação também tem grande impacto sobre o comportamento de vendas do setor varejista.

    Na comparação de março ante o mês anterior, já descontada a influência sazonal, seis das dez atividades pesquisadas apresentaram expansão no volume de vendas, com destaque para o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cuja variação de -2,1% foi fortemente influenciada pelo comportamento acima da média do nível de preços. No entanto, na comparação interanual mensal, a atividade apresentou aumento de 4,0%, desempenho que foi beneficiado pela comemoração da Páscoa em março, e não em abril, como ocorreu em 2012.

    No segmento de Móveis e eletrodomésticos o crescimento na margem foi de 0,7% em março. Na comparação com mesmo período do ano anterior, a atividade apresentou queda de 4,0%, refletindo a politica atual do governo de reposição gradual das alíquotas de IPI e a menor disponibilidade do crédito pessoal. No segmento de Tecidos, vestuário e calçados houve aumento expressivo de 3,9% em março frente a fevereiro, enquanto que na comparação interanual o crescimento foi ainda maior (5,9%). Tal expansão foi impactada pelo lançamento da coleção de outono-inverno, que induziu à liquidação da coleção anterior.

    Já a atividade de Veículos, motos, partes e peças apresentou avanço de 1,9% na margem para o mês de março, e de 1,2% na comparação interanual mensal, tendo em vista a prorrogação da medida de IPI reduzido. Por sua vez, o segmento de material de construção mostrou crescimento de 0,7% frente ao mês anterior. O volume de vendas de Combustíveis e Lubrificantes aumentou 2,4% em março ante fevereiro, refletindo o ajuste moderado no nível de preços (5,1% no acumulado de 12 meses, ante 6,6% do IPCA).

    Com exceção do segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que avançou 0,7% em março frente a fevereiro, as demais atividades apresentaram retração nesta métrica: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,9%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,9%).

    Na comparação interanual mensal, dentre as vinte sete unidades da federação, vinte e cinco apresentaram expansão no comércio varejista em março, sendo que São Paulo (4,8%) avançou acima do crescimento nacional de 4,5%. Vale ressaltar as variações das seguintes federações: Rio Grande do Norte (13,2%); Mato Grosso do Sul (11,2%); Acre (11,2%); Rio de Janeiro (7,2%); Rio Grande do Sul (5,9%); Paraná (5,5%).

    PIB da Zona do Euro recua 0,2% no 1º trimestre do ano

    O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro recuou 0,2% no primeiro trimestre de 2013, quando comparado com o trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o PIB da região apresentou contração de 1,0%. A prévia dos dados foi divulgada hoje (15/05) pelo escritório de estatísticas da região, Eurostat.

    Essa foi a sexta contração consecutiva na margem, e o resultado veio pior do que a previsão dos analistas, que esperavam recuo de 0,1%. Já o PIB da União Europeia recuou 0,1% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o período imediatamente anterior. Na comparação interanual a contração foi de 0,7%.

    O PIB da Itália recuou 0,5% no primeiro trimestre do ano, em comparação na margem, com todos os setores da economia apresentando contração, exceto a agricultura. A economia italiana está em recessão há sete trimestres consecutivos, a mais longa desde 1999, quando o Escritório de Estatísticas do País (Istat) começou a compilar os dados de forma comparável.

    A Grécia teve seu PIB reduzido em 5,3% no primeiro trimestre de 2013, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Apesar da forte queda da atividade econômica neste trimestre, é importante ressaltar que o recuo foi menos acentuado do que o registrado no último trimestre do ano passado (5,7%).

    Economia francesa recua 0,2% e país entra em recessão

    Após uma queda de 0,2% no último trimestre do ano passado, o PIB da França novamente recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano, levando o país a uma recessão – usualmente caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração no PIB –, segundo os dados divulgados hoje (15/05) pelo Instituto de Estatísticas do País, INSEE. Na comparação interanual, a retração do primeiro trimestre foi de 0,4%.

    A variável que mais impactou negativamente o PIB francês foi a formação bruta de capital fixo, que declinou 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior, após quedas de 0,2%, 0,7% e 0,8% nos três últimos trimestres do ano passado. Vale destacar também o comportamento das exportações, que apresentaram o expressivo recuo de 0,5% na margem, após queda de 0,7% no último trimestre do ano passado.

    A inflação do país caiu 0,1% em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, surpreendendo os analistas, que esperavam uma alta de 0,1%. No acumulado de 12 meses, o índice subiu 0,7%. A maior influência negativa veio dos preços da energia, que arrefeceram 1,1% na comparação mensal.

    PIB da Alemanha cresce 0,1% nos primeiros três meses de 2013

    O PIB alemão apresentou expansão de 0,1% no primeiro trimestre do ano, quando comparado com o trimestre imediatamente anterior, e evitou, dessa forma, a entrada do país em recessão. Segundo o Escritório de Estatísticas do País – Destatis -, uma das principais razões pelo baixo crescimento da economia alemã foi a temperatura extremamente baixa que castiga o país.

    Na comparação interanual e com ajustes sazonais, realizados devido ao fato da Páscoa ter caído em trimestres diferentes em 2012 e 2013, o PIB da Alemanha retraiu 0,2% nos primeiros três meses de 2013. Já na comparação na margem, o crescimento alemão foi resultado do aumento da demanda por parte das famílias, já que a formação bruta de capital fixo seguiu a tendência de queda e a balança comercial do país ficou relativamente estável.

    Relatório divulgado em 13/05/2013

    IPCA (%) 5,68 5,71 5,80 (1)
    IGP-DI (%) 4,95 4,80 4,43 (2)
    IGP-M (%) 4,93 4,75 4,51 (2)
    IPC-Fipe (%) 5,12 4,92 4,95 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,00 2,00 2,01 (1)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,00 2,00 2,00 = (6)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 8,50 8,25 8,25 = (3)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 7,88 7,81 7,81 = (3)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 34,50 34,80 35,00 (2)
    PIB (% do crescimento) 3,00 3,00 3,00 = (5)
    Produção Industrial (% do crescimento) 3,00 2,39 2,53 (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -68,00 -70,00 -70,05 (1)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 10,64 10,00 9,05 (11)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (22)
    Preços Administrados (%) 2,95 2,80 2,80 = (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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