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Informativo eletrônico - Edição 1233 Segunda-Feira, 10 de junho de 2013
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • IPC-S inicia junho em aceleração
  • IGP-M varia 0,43% no primeiro decêndio de junho
  • Boletim Focus indica aumento da Selic e menor crescimento do PIB

    Economia Internacional

  • Economia japonesa avança 1,0% no primeiro trimestre de 2013
  • Itália apresenta contração de 0,6% no PIB do primeiro trimestre

  • IPC-S inicia junho em aceleração

    O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) apresentou aceleração na primeira semana de junho, ao variar 0,48% em relação à semana anterior, quando havia mostrado ganho de 0,32%. Os dados foram divulgados esta manhã (10/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação de preços. O principal destaque foi o grupo Alimentação, cuja taxa passou de 0,36% para 0,65%. O item laticínios mostrou expressivo aumento de preços, na ordem de 2,38% (ante 2,25%).

    Além do grupo Alimentação, as seguintes classes também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (de 0,39% para 0,59%), Transportes (de -0,19% para 0,01%), Vestuário (de 0,91% para 1,12%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,28% para 0,35%) e Comunicação (de 0,10% para 0,27%). Em contrapartida, houve decréscimo nas taxas de variação das classes Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,72% para 0,60%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,01%).

    As maiores influências positivas do mês partiram dos itens refeições em bares e restaurantes (0,64%), mamão papaya (30,83%) e aluguel residencial (0,89%). Já as influências negativas mais relevantes vieram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-0,70%), gasolina (-0,62%) e cebola (-7,13%).

    IGP-M varia 0,43% no primeiro decêndio de junho

    O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou variação de 0,43% no primeiro decêndio de junho, taxa bastante superior àquela do mesmo período do mês anterior (0,03%), de acordo com os dados divulgados esta manhã (10/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O primeiro decêndio de junho compreendeu o período entre os dias 21 e 31 do mês de maio.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que corresponde a 60% do IGP – variou 0,18% no primeiro decêndio de junho. Apenas a categoria de Bens Finais (de -0,10% no primeiro decêndio de maio para -0,35% no mesmo período em junho) apresentou decréscimo. As categorias de Bens Intermediários (de -0,19% para 0,36%) e de Matérias Primas Brutas (de -0,25% para 0,61%) registraram acréscimos significativos em suas taxas de variação.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – correspondente a 30% do IGP – desacelerou e registrou variação de 0,25% no primeiro decêndio de junho, frente a 0,31% no mesmo período do mês anterior. Cinco das oito classes de despesa evidenciaram menores taxas de variação, sendo que de Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,49% para 0,41%) partiu a principal contribuição para a desaceleração do IPC, principalmente por conta do item medicamentos em geral (de 3,60% para 0,03%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 2,40% no primeiro decêndio de junho, ante a taxa de 0,66% computada no mesmo período de maio. O índice relativo ao Custo da Mão de Obra registrou variação de 4,03% (de 0,79% em maio), sendo o principal responsável pelo aumento do INCC. Já o índice que representa Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou ganho de 0,65%, superior à taxa aferida no mês anterior (0,53%).

    Boletim Focus indica aumento da Selic e menor crescimento do PIB

    O Boletim Focus, divulgado nesta manhã (10/06) pelo Banco Central, apresentou novamente uma revisão altista na projeção da taxa Selic para o final de 2013, atingindo o patamar de 8,70%, ou seja, 0,25 p.p. acima da previsão da semana anterior (8,50%), como reflexo do relatório da reunião do Copom no dia 29/05, quando a Selic foi elevada em 0,50 p.p. As expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por sua vez, continuam em 5,80%, nível já indicado na semana anterior.

    As expectativas em relação à taxa de câmbio aumentaram pela quinta semana consecutiva. O mercado aposta em R$/US$ 2,10 para 2013 (final de período), devido ao aumento expressivo registrado na última semana, quando a taxa chegou a RS/US$ 2,14.

    O mercado revisou novamente para baixo a previsão de crescimento da economia brasileira. O último relatório prevê expansão de 2,53% do PIB em 2013, taxa inferior àquela projetada na semana anterior (aumento de 2,77%). No que diz respeito à produção industrial, o mercado elevou a previsão de crescimento de 2,50% para 2,53%. Por fim, as expectativas para o saldo da balança comercial foram reduzidas na última leitura, atingindo o patamar de US$ 7,35 bilhões.

    Economia japonesa avança 1,0% no primeiro trimestre de 2013

    O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão avançou 1,0% no primeiro trimestre de 2013, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, já expurgados os efeitos sazonais. A prévia havia apontado expansão de 0,9%. A elevação ante a primeira divulgação se deu em grande parte pela revisão da queda dos investimentos (de -0,7% para -0,3%).

    A grande injeção de dinheiro empreendida pelo Banco Central japonês, somada ao aumento de gastos do governo, contribuiu com o crescimento mais robusto do PIB do país. Entre outros, o objetivo da política monetária do Japão consiste em estimular a economia através do aumento do nível de preços, acabando com a deflação que perdura há anos.

    Impactos da politica expansionista do governo japonês também são observados em seu balanço de pagamentos. A desvalorização do Iene contribuiu para o terceiro mês consecutivo de superávit do balanço. A conta de transações correntes encerrou abril com superávit de 750 bilhões de ienes, nível bastante superior ao saldo de 373,5 bilhões apresentado no mesmo mês de 2012.

    Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério das Finanças do Japão (09/06).

    Itália apresenta contração de 0,6% no PIB do primeiro trimestre

    O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália recuou 0,6% no primeiro trimestre de 2013, frente ao trimestre imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. A retração reportada na estimativa preliminar era de 0,5%. Já na comparação dos três primeiros meses de 2013 com igual período do ano anterior, o PIB italiano encolheu 2,4%, acumulando a sétima retração consecutiva nessa métrica. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Estatística do País, o ISTAT.

    A economia italiana não mostra sinais claros de recuperação, já que a demanda doméstica segue fragilizada e as exportações registram declínio. No primeiro trimestre do ano o consumo das famílias caiu 0,5%, ao passo que as exportações recuaram 1,9%, a primeira queda em quatro anos.

    A politica austera da Itália não evitou o ligeiro aumento dos gastos do governo (0,1%) nos primeiros três meses do ano frente ao trimestre findo em dezembro de 2012. Por fim, os investimentos sofreram expressiva retração, na ordem de 3,2%.

    Relatório divulgado em 10/06/2013

    IPCA (%) 5,80 5,80 5,80 = (1)
    IGP-DI (%) 4,43 4,36 4,50 (1)
    IGP-M (%) 4,51 4,27 4,40 (1)
    IPC-Fipe (%) 4,95 4,92 4,79 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,01 2,05 2,10 (5)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,00 2,04 2,07 (2)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 8,25 8,50 8,75 (2)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 7,81 7,88 8,09 (2)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (4)
    PIB (% do crescimento) 3,00 2,77 2,53 (4)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,53 2,50 2,53 (2)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -70,05 -72,15 -73,00 (5)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 9,05 8,30 7,35 (1)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (26)
    Preços Administrados (%) 2,80 2,70 2,70 = (3)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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