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Informativo eletrônico - Edição 1241 Sexta-Feira, 21 de junho de 2013
 
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Economia Brasileira

  • IPCA-15 apresenta desaceleração em junho
  • Taxa de desemprego fica estável em maio

    Economia Internacional

  • Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China apresenta queda em junho

  • IPCA-15 apresenta desaceleração em junho

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), divulgado nesta manhã (21/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou uma leve desaceleração no mês de junho, já que a variação de preços foi de 0,38%, ante 0,46% em maio. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 6,67%, taxa acima daquela registrada nos 12 meses imediatamente anteriores (6,46%). Já o IPCA-E (acumulado do IPCA-15) mostrou alta de 1,36%.

    Dentre os destaques do mês, os remédios refletiram os reajustes de preços em vigor desde 4 de abril, e mostraram ganhos de 2,94% em maio e de 0,65% em junho. Dessa forma, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi bastante impactado, e apresentou taxas de 1,30% e 0,72%. O grupo Alimentos e Bebidas (que passou de 0,47% em maio para 0,27% em junho) também influenciou de forma significativa o índice, principalmente por conta das variações de preço do açaí, com queda de 12,34%, da cebola (-6,01%) e do tomate (-5,02%).

    Mesmo com as quedas da gasolina (-0,93% ante -0,36%) e do etanol (-4,40% ante 0,38%), o grupo Transporte apresentou aceleração, passando de -0,03% em maio para 0,10% em junho, como reflexo do aumento nas tarifas dos ônibus urbanos (1,83% ante -0,43%), o que gerou um impacto de 0,05p.p. sobre o índice global, bem como dos aumentos nas passagens áreas (de -3,41% para 6,68%). O grupo Artigos de Residência (de 0,18% para 0,68%) também apresentou aceleração, devido à alta nos itens mobiliários (de 0,27% para 1,25%), taxa de água e esgoto (de 0,90% para 1,21%), artigos de higiene pessoal (de 0,36% para 1,01%), tv, som e informática (de –0,92% para 0,71%) e consertos (de –0,45% para 0,75%). Os grupos Comunicação (de -0,06% para 0,12%) e Educação (de 0,08% para 0,17%) foram os demais grupos que apresentaram aceleração em seu nível de preços no mês de junho.

    Em contrapartida, o grupo Despesas Pessoais contribuiu com a desaceleração do índice, ao passar de 0,46% em maio para 0,37% em junho. Os grandes responsáveis por essa variação foram os itens empregados domésticos (de 0,76% para 0,50%) e mão-de-obra para pequenos reparos (de 1,93% para 0,36%). O grupo Habitação também colaborou para esta desaceleração, vindo de 0,72% em maio para 0,57% em junho, juntamente com o grupo Vestuário (de 0,76% para 0,72%).

    Em relação aos índices regionais, destaque para Rio de Janeiro, com aceleração de 0,69% para 0,72%, em função do reajuste dos ônibus urbanos de 7,20%. Já na liderança da desaceleração, a cidade de Belém foi a que mais contribuiu para a queda no índice, passando de 0,38% para 0,25%, influenciado fortemente pelo grupo Alimentos (recuo de 1,18%).

    Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de maio a 13 de junho, e comparados com aqueles de 13 de abril a 14 de maio.

    Taxa de desemprego fica estável em maio

    A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem (20/06) pelo IBGE, registrou estabilidade na taxa de desocupação em maio. O valor de 5,8% foi igual ao registrado em maio de 2012, e inferior ao dos demais meses de maio desde o início da série em 2002.

    A estabilidade da desocupação foi resultado de, no mês de maio em relação a abril, a PEA ter aumentado 0,4%, mesma taxa apresentada pela População Ocupada (PO). Quando comparamos o mês de maio de 2013 com o mesmo mês de 2012, tanto a População Ocupada quanto a PEA tiveram um aumento de 0,1%.

    Em relação a maio de 2012, a PO cresceu nos seguintes setores: outras atividades (8,1%); administração pública, educação e saúde (4,6%); outros serviços (1,3%) e comércio (1,1%). Por outro lado, a PO caiu nesta mesma comparação nos setores: serviços domésticos (-8,7%); construção (-2,3%); intermediação financeira e atividades imobiliárias (-2,0%) e indústria (-0,1%).

    Em maio de 2013, o rendimento habitual real médio apresentou um aumento de 1,4% em relação a maio de 2012. Na indústria, o aumento do rendimento habitual real médio foi de 0,4%, inferior à média dos setores. A propósito, as atividades que mais aumentaram o rendimento habitual real médio em relação a maio de 2012, além da indústria, foram: construção (6,9%); serviços domésticos (6,3%); outras atividades (4,4%) e intermediação financeira e atividades imobiliárias (3,7%).

    Com o aumento tanto da população ocupada quanto do rendimento em relação a maio de 2012, a massa de rendimentos habituais reais teve aumento de 1,5% nesta mesma comparação.

    Com a população ocupada passando a aumentar em ritmo mais semelhante ao da PEA, a taxa de desocupação passa a apresentar estabilidade. A indústria, por outro lado, está apresentando queda de população ocupada há três meses seguidos. Apesar disso, seus rendimentos reais continuam apresentando aumento. A massa de rendimentos reais voltou à sua trajetória de desaceleração este mês.

    Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China apresenta queda em junho

    A prévia do Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) da indústria de transformação da China mostrou retração entre maio e junho, ao passar de 49,2 para 48,9 pontos, permanecendo abaixo do patamar de 50 pontos - limiar entre expansão e contração. Os dados foram divulgados ontem (20/06).

    Segundo o instituto Markit Economics – órgão que divulga o índice – o resulto reflete a contração da demanda externa impulsionada pela crise, além de um menor nível de demanda interna. A instituição afirma que as reformas empreendidas pelo governo chinês priorizam o longo prazo, em detrimento de estímulos de curto prazo. Portanto, as perspectivas de expansão de longo prazo são otimistas, contudo, são limitadas no longo prazo. A expectativa é de crescimento ligeiramente mais fraco para o segundo trimestre de 2013 (ante 7,7% no período de janeiro a março de 2013).

    Relatório divulgado em 17/06/2013

    IPCA (%) 5,80 5,80 5,83 (1)
    IGP-DI (%) 4,39 4,50 4,60 (2)
    IGP-M (%) 4,50 4,40 4,49 (2)
    IPC-Fipe (%) 4,90 4,79 4,92 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,02 2,10 2,10 = (1)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,01 2,07 2,07 = (1)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 8,25 8,75 9,00 (3)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 7,81 8,09 8,16 (3)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (5)
    PIB (% do crescimento) 2,98 2,53 2,49 (5)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,50 2,53 2,50 (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -70,90 -73,00 -73,66 (6)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 9,05 7,35 6,55 (2)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (27)
    Preços Administrados (%) 2,70 2,70 2,75 (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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