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Informativo eletrônico - Edição 1248 Terça-Feira, 02 de julho de 2013
 
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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua 2,0% em maio de 2013
  • Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Brasil fica estável
  • IPC-Fipe segue em aceleração e fica em 0,32% na 4ª quadrissemana de junho

    Economia Internacional

  • Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos Estados Unidos expande moderadamente

  • Produção industrial recua 2,0% em maio de 2013

    A Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) sofreu queda de 2,0% em maio de 2013, na comparação com o mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, de acordo com os dados divulgados hoje (02/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acumulado do ano apresentou alta de 1,7% ante o mesmo período do ano passado, enquanto o acumulado de 12 meses evidenciou retração de 0,5%. Em relação a maio de 2012, a produção física da indústria registrou expansão de 1,4%.

    A atividade industrial apresentou um perfil generalizado de retração em maio, tendo em vista que alcançou todas as categorias de uso e grande parte (20) dos 27 ramos de atividade investigados, na comparação com abril. Dentre as atividades, as principais influências negativas vieram de alimentos (-4,4%), máquinas e equipamentos (-5,0%) e veículos automotores (-2,9%). A primeira atividade praticamente eliminou a elevação de 4,3% observada no mês anterior, ao passo que a segunda mostrou a primeira variação negativa na margem desde dezembro de 2012. Já o ramo de veículos automotores encerrou dois meses seguidos de aumento da produção, período no qual acumulou alta de 15,1%. Ademais, outras contribuições negativas importantes foram assinaladas pelos grupos perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-8,2%), mobiliário (-11,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-9,0%), produtos de metal (-4,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,5%), minerais não metálicos (-2,3%), outros equipamentos de transporte (-3,1%) e calçados e artigos de couro (-7,3%). Em contrapartida, dentre as atividades que mostraram aumento da produção, vale destacar os ganhos de bebidas (4,8%), refino de petróleo e produção de álcool (1,6%) e metalurgia básica (1,1%).

    Em relação às categorias de uso, na comparação com o mês anterior, livre das influências sazonais, bens de capital teve queda de 3,5%, interrompendo uma série de quatro meses consecutivos de expansão na margem, período no qual acumulou crescimento de 15,3%. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-1,2%), de bens intermediários (-1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-1,0%) também apresentaram variações negativas em maio. O primeiro encerrou uma sequência de dois meses de aumento da produção, quando houve ganho de 5,8%.

    Na comparação com maio de 2012, a PIM-PF teve crescimento de 1,4%, sendo que somente 12 dos 27 ramos industriais indicaram elevação do volume produzido. A propósito, cabe ressaltar que maio de 2013 teve um dia útil a menos (21 dias) frente ao mesmo mês do ano passado. Com base na métrica interanual, a principal contribuição positiva veio da atividade de veículos automotores, cujo aumento foi de 11,7% em maio, com destaque para a fabricação de reboques, semirreboques, automóveis, caminhões e veículos para transporte de mercadorias. Outras contribuições importantes partiram de refino de petróleo e produção de álcool (12,5%) e de máquinas e equipamentos (7,5%). De maneira contrária, entre os 15 ramos que sofreram queda na produção, as maiores influências vieram de indústrias extrativas (-9,1%), produtos de metal (-9,1%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,4%), farmacêutica (-4,3%) e produtos têxteis (-4,5%).

    No que tange ao acumulado dos cinco primeiros meses de 2013, frente a igual período do ano passado, a indústria brasileira cresceu 1,7%, com ganho em três das quatro categorias de uso, 12 dos 27 ramos de atividade, 45 dos 76 subsetores e praticamente 50% dos 755 produtos analisados. Todavia, é válido realçar o impacto da baixa base de comparação imposta pelos primeiros meses de 2012. A atividade de veículos automotores, por exemplo, mostra alta de 14,3% no acumulado de 2013, ante a retração de 18,1% calculada para o período de janeiro a maio de 2012, como reflexo das paralisações ocorridas em diversas empresas do setor.

    O resultado da PIM-PF na passagem de abril para maio corrobora o quadro de elevada volatilidade da atividade industrial neste ano. A fraca recuperação da confiança do empresariado industrial, aliada ao baixo espraiamento setorial da expansão, reforçam a perspectiva de crescimento moderado da indústria nos meses adiante. Ademais, o menor aumento do poder de compra da população, tendo em vista a pressão inflacionária, especialmente dos produtos alimentícios, vem impactando negativamente o dinamismo do comércio varejista e, consequentemente, diversos ramos industriais.

    Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Brasil fica estável

    O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Brasil, divulgado ontem (01/07) pelo HSBC, registrou o patamar de 50,4 pontos em junho. Apesar do resultado positivo (acima do nível neutro de 50 pontos), as empresas informaram que sentem a pressão dos preços, devido à alta da inflação atrelada à depreciação do Real. Apesar do indicador não ter apresentado declínio, as empresas relataram que o crescimento da produção perdeu força e que as novas encomendas estão praticamente estagnadas, crescendo em um ritmo mais lento em relação aos últimos meses.

    Em relação ao emprego, as empresas do setor relataram em junho queda na folha de pagamento pelo terceiro mês consecutivo, embora em um ritmo menor na comparação com maio.

    IPC-Fipe segue em aceleração e fica em 0,32% na 4ª quadrissemana de junho

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mensura a inflação paulistana, divulgou hoje (02/07) as informações referentes à quarta quadrissemana de junho. O índice registrou aceleração, ao variar 0,32%, já que na quadrissemana imediatamente anterior havia mostrado ganho de 0,30%, completando assim uma série de cinco quadrissemanas consecutivas de alta.

    Dentre as sete classes de despesa que compõem o IPC-Fipe, cinco apresentaram desaceleração na taxa de variação de preços: Vestuário, ao passar de 0,41% na terceira quadrissemana de junho para 0,23% na quarta quadrissemana; Educação (de 0,02% para 0,01%); Habitação (de 0,34% para 0,33%); Despesas Pessoais (de 0,33% para 0,31%) e Saúde (de 0,28% para 0,19%). De maneira distinta, a classe de Alimentos apresentou decréscimo em seu ritmo de queda, vindo de -0,14% para -0,05% na última quadrissemana de junho. Por fim, o maior destaque continua sendo Transportes (de 0,85% para 0,92%), que vem registrando elevação há cinco quadrissemanas consecutivas, e foi responsável pelo maior impacto positivo na variação global do índice, com 0,16 p.p.

    Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos Estados Unidos expande moderadamente

    Divulgado ontem (01/07) pelo instituto Markit Economics, o PMI dos Estados Unidos foi de 51,9 pontos em junho, após ter registrado 52,3 pontos em maio. A taxa apresentada foi a menor desde outubro de 2012, e indicou uma expansão mais moderada da indústria norte-americana. O fechamento do segundo trimestre apresentou o nível de 52,1 pontos, abaixo do patamar do trimestre precedente (54,9 pontos).

    O emprego para o setor industrial ficou praticamente estável em relação a maio, encerrando uma sequência de 40 meses de elevação, como reflexo de um maior controle dos custos. Já a taxa de inflação foi a maior dos últimos três meses, em consequência do aumento nos preços de insumos, em especial do metal.

    Relatório divulgado em 01/07/2013

    IPCA (%) 5,80 5,86 5,87 (3)
    IGP-DI (%) 4,36 4,72 4,79 (4)
    IGP-M (%) 4,27 4,58 4,84 (4)
    IPC-Fipe (%) 4,92 4,98 4,71 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,05 2,13 2,15 (2)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,04 2,09 2,11 (2)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 8,50 9,00 9,25 (1)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 7,88 8,19 8,25 (5)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (7)
    PIB (% do crescimento) 2,77 2,46 2,40 (7)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,50 2,56 2,49 (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -72,15 -73,76 -74,50 (8)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 8,30 6,50 6,00 (4)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (29)
    Preços Administrados (%) 2,70 2,65 2,65 = (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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