

Produção industrial assinala queda em nove dos quatorze locais pesquisados
De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Regional do IBGE divulgados na manhã de hoje (05/07), nove dos quatorze locais pesquisados apresentaram recuo na produção na passagem de abril para maio, já descontadas as influências sazonais. As retrações mais significativas ocorreram em São Paulo (-3,7%), Santa Catarina (-2,5%), Ceará (-1,9%) e Rio de Janeiro (-0,8%). Além desses, houve queda nos seguintes locais: Região Nordeste (-0,6%), Pará (-0,4%), Espírito Santo (-0,3%), Amazonas (-0,2%) e Bahia (-0,1%). Conforme divulgado na última terça-feira (02/07), a produção nacional declinou 2,0% na margem.
Em sentido contrário, a produção industrial cresceu em Goiás (3,2%), recuperando parcialmente a perda de 4,7% acumulada em março e abril, Minas Gerais (1,1%), Paraná (0,9%), Rio Grande do Sul (0,7%) e Pernambuco (0,6%).
Na comparação interanual mensal, a indústria brasileira avançou 1,4% em maio de 2013, sendo que houve expansão em nove dos quatorze locais pesquisados. Vale ressaltar que maio deste ano teve um dia útil a menos (21 dias) em relação a igual mês de 2012. Nessa base comparativa, a indústria de São Paulo mostrou ganho de 1,3%.
A queda de 3,7% da produção industrial paulista em maio, na comparação com abril, foi a mais intensa desde setembro de 2011, quando recuara 5,4% na margem. Ademais, o resultado divulgado hoje encerrou uma sequência de dois meses de aumento na produção, período no qual acumulou alta de 1,7%. Ainda com base na série dessazonalizada, o índice de média móvel trimestral caiu 0,7% na variação dos trimestres findos em abril e maio, interrompendo a trajetória de crescimento que teve início em novembro do ano passado. Já no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a indústria de São Paulo registrou elevação de 2,8%, ante a taxa de 0,7% observada no fechamento do primeiro trimestre. Por fim, no que diz respeito ao acumulado em 12 meses, a indústria paulista evidenciou retração de 0,4% em maio.
Dentre as classes de atividade industrial de São Paulo, vale a pena destacar as taxas negativas apresentadas por edição, impressão e reprodução de gravações (-12,6%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-26,5%), que exerceram as principais influências baixistas sobre a produção média do estado na comparação de maio de 2013 com igual mês do ano anterior. Tais contribuições foram decorrentes, em grande medida, da menor fabricação de revistas e jornais, e também de computadores, peças e acessórios para máquinas para processamento de dados e terminais de autoatendimento, conforme salientado pelo IBGE.
IPCA de junho desacelera e fica em 0,26%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,26% no mês de junho, registrando desaceleração frente ao índice de maio, que foi de 0,37%. A elevação do mês passado foi a menor desde junho de 2012, conforme divulgado hoje (05/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de doze meses, o índice variou 6,70% e, com esse resultado, ficou acima do teto da meta (6,50%).
O movimento de desaceleração foi bastante disseminado em junho, atingindo seis dos nove grupos analisados, sendo estes: Saúde (de 0,94% para 0,36%); Artigos de Residência (de 0,46% para 0,12%); Vestuário (de 0,84% para 0,50%); Despesas Pessoais (de 0,41% para 0,40%); Alimentação e Bebidas (de 0,31% para 0,04%); e Habitação (de 0,75% para 0,57%), sendo este grupo o que mais impactou o resultado geral, com 0,08 ponto percentual.
De forma contrária, os grupos Transportes (que passou de -0,25% em maio para 0,14% em junho), Comunicação (de 0,08% para 0,19%) e Educação (de 0,06% para 0,18%) mostraram acréscimos em relação ao resultado de maio.
O IPCA de São Paulo apresentou aceleração, passando de 0,21% em maio para 0,29% em junho, enquanto Recife registrou a maior desaceleração entre as capitais analisadas, de 0,74% para 0,15%.
Produção de veículos cai 2,2% em junho
A produção total de veículos caiu 2,2% em junho frente a maio (incluindo máquinas agrícolas), haja vista a fabricação de 329.653 unidades, já expurgados os efeitos sazonais. Os dados foram divulgados ontem (04/07) pela Anfavea.
Dentre as categorias investigadas, apenas a de automóveis mostrou retração (-3,9%). A produção de ônibus cresceu 7,5% na margem, seguida pela fabricação de máquinas agrícolas (2,1%) e caminhões (0,3%). Já a produção de comerciais leves ficou estável na passagem de maio para junho.
Em relação às vendas, houve aumento de 2,5% em junho (342.079 unidades), confirmando os dados de alta nas vendas apresentados pela Fenabrave na última terça-feira (02/07). Com isso, os estoques em fábrica assinalaram recuo de 1,4%. Por fim, o volume de exportação mostrou ganho de 5,6% em junho frente a maio, na série com ajuste sazonal, e de 39,8% em relação a junho de 2012.


Relatório divulgado em 01/07/2013
 |
IPCA (%) |
5,80 |
5,86 |
5,87 |
 |
(3) |
IGP-DI (%) |
4,36 |
4,72 |
4,79 |
 |
(4) |
IGP-M (%) |
4,27 |
4,58 |
4,84 |
 |
(4) |
IPC-Fipe (%) |
4,92 |
4,98 |
4,71 |
 |
(1) |
Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,05 |
2,13 |
2,15 |
 |
(2) |
Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) |
2,04 |
2,09 |
2,11 |
 |
(2) |
Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) |
8,50 |
9,00 |
9,25 |
 |
(1) |
Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) |
7,88 |
8,19 |
8,25 |
 |
(5) |
Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) |
35,00 |
35,00 |
35,00 |
= |
(7) |
PIB (% do crescimento) |
2,77 |
2,46 |
2,40 |
 |
(7) |
Produção Industrial (% do crescimento) |
2,50 |
2,56 |
2,49 |
 |
(1) |
Conta Corrente (US$ bilhões) |
-72,15 |
-73,76 |
-74,50 |
 |
(8) |
Balança Comercial (US$ bilhões) |
8,30 |
6,50 |
6,00 |
 |
(4) |
Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(29) |
Preços Administrados (%) |
2,70 |
2,65 |
2,65 |
= |
(1) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado;
os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem
ocorrendo o último comportamento
( aumento,
diminuição
ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com
as principais instituições financeiras do País. Todas as
estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não
significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.


Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores
marcados com *, os dados de 2005 a 2007
foram revisados pelo IBGE.
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