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Boletim Focus: Projeção para o PIB segue em ritmo de queda
O Boletim Focus, divulgado na manhã de hoje (22/07) pelo Banco Central, apresentou alterações em grande parte das principais variáveis macroeconômicas. As expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) declinaram de 5,80% na semana passada para 5,75% na projeção desta semana. Já a projeção para a taxa Selic (final de 2013) seguiu estável em 9,25% pela terceira leitura consecutiva.
As expectativas em relação à taxa de câmbio voltaram a aumentar. O mercado aposta em R$/US$ 2,24 para 2013 (final de período), frente à cotação de R$/US$ 2,20 da semana passada, quando havia mostrado estabilidade.
Em relação ao PIB, o boletim divulgado hoje mostrou a decima revisão baixista, já que a previsão passou de 2,31% na semana anterior para 2,28% na última leitura, confirmando a percepção de baixo crescimento neste ano. Para a conta corrente do balanço de pagamentos, por sua vez, o mercado manteve a projeção das duas últimas semanas, e espera um déficit de US$ 75,0 bilhões, enquanto a previsão para o saldo da balança comercial apresentou queda, chegando ao superávit de US$ 5,85 bilhões em 2013, inferior ao esperado na semana passada (US$ 6,0 bilhões). Por fim, no que diz respeito à produção industrial, o mercado projeta o crescimento de 2,10% (ante 2,31%), a quarta revisão para baixo.
IPCA-15 apresenta nova desaceleração em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), divulgado na última sexta-feira (19/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou desaceleração no mês de julho, dada a variação de 0,07%, frente a 0,38% em junho.
No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 6,40%, ficando abaixo do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (6,67%). Já no acumulado do ano, a alta chegou a 3,52%, acima da aferida no mesmo período do ano passado (2,91%).
Os grupos Alimentos e Transportes foram os principais destaques em julho. O tomate, que ficou 16,78% mais barato, foi o grande responsável pela queda no grupo Alimentos e Bebidas, que variou de 0,27% para -0,18% entre junho e o mês atual. Já o grupo Transportes (que passou de 0,10% em junho para -0,55% em julho) impactou de forma baixista o índice principalmente por conta das variações do etanol (-3,71%), da gasolina (-0,69%) e da tarifa de ônibus urbano (-1,02%). Os artigos de residência (de 0,68% em junho para -0,06% em julho) e de vestuário (de 0,72% para -0,17%) também mostraram queda, ou seja, quatro grupos de despesa tiveram deflação.
Além destes, dois grupos apresentaram desaceleração em seu ritmo de expansão dos preços: Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,72% em junho para 0,20% em julho), influenciado pela queda nos preços dos remédios; e o grupo Educação, que registrou aumento de 0,11%, frente à alta de 0,17% no mês anterior.
Em contrapartida, os grupos Habitação (de 0,57% para 0,60%), Comunicação (de 0,12% para 0,15%) e Despesas Pessoais (de 0,37% para 1,08%) apresentaram aceleração, sendo que o último exerceu o maior impacto positivo sobre a variação global do índice.
Em relação aos índices regionais, o destaque foi Goiânia, que teve queda de 0,35% em função do reajuste dos ônibus urbanos (-7,53%). Por outro lado, na liderança da aceleração, a cidade de Fortaleza registrou alta de 0,29%, influenciada pelos aumentos nas tarifas de água e esgoto.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 12 de julho, e comparados com aqueles vigentes de 15 de maio a 13 de junho.
Prévia da confiança da indústria recua 3,6% em julho
O resultado preliminar do Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas hoje pela manhã (22/07), apontou retração de 3,6% em julho frente ao mês imediatamente anterior – na série com ajuste sazonal -, ao recuar para 100,1 pontos, menor nível desde julho de 2009. A queda reforçou a tendência baixista do indicador, já que nos últimos cinco meses apenas em maio houve avanço (0,8%).
Tanto a percepção em relação ao momento presente como as expectativas para os próximos meses contribuíram para a contração do ICI. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 4,3% em julho ante o mês de junho, para 100,3 pontos, menor nível desde julho de 2009. Já o Índice de Expectativas (IE) sofreu declínio de 2,8%, para 99,9 pontos.
Na comparação de julho de 2013 com igual período do ano anterior, o ICI encerrou a série de aumentos observados desde agosto de 2012, ao registrar retração de 2,9%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) de julho apresentou estabilidade em relação ao mês anterior (84,4%), após ter mostrado perda de 0,2 ponto percentual entre maio e junho.
Relatório divulgado em 22/07/2013
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| IPCA (%) |
5,86 |
5,80 |
5,75 |
 |
(3) |
| IGP-DI (%) |
4,72 |
4,96 |
4,94 |
|
(1) |
| IGP-M (%) |
4,58 |
5,00 |
5,00 |
= |
(1) |
| IPC-Fipe (%) |
4,98 |
4,68 |
4,57 |
|
(1) |
| Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,13 |
2,20 |
2,24 |
 |
(1) |
| Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) |
2,09 |
2,13 |
2,14 |
|
(1) |
| Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) |
9,00 |
9,25 |
9,25 |
= |
(3) |
| Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) |
8,19 |
8,25 |
8,25 |
= |
(3) |
| Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) |
35,00 |
35,00 |
35,00 |
= |
(10) |
| PIB (% do crescimento) |
2,46 |
2,31 |
2,28 |
|
(10) |
| Produção Industrial (% do crescimento) |
2,56 |
2,23 |
2,10 |
|
(4) |
| Conta Corrente (US$ bilhões) |
-73,76 |
-75,00 |
-75,00 |
= |
(2) |
| Balança Comercial (US$ bilhões) |
6,50 |
6,00 |
5,85 |
|
(1) |
| Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(32) |
| Preços Administrados (%) |
2,65 |
2,00 |
2,00 |
= |
(1) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado;
os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem
ocorrendo o último comportamento
( aumento,
diminuição
ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com
as principais instituições financeiras do País. Todas as
estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não
significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.
Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores
marcados com *, os dados de 2005 a 2007
foram revisados pelo IBGE.
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