Se você não está conseguindo visualizar este e-mail, clique aqui.

Informativo eletrônico - Edição 1261 Quarta-Feira, 24 de julho de 2013
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Déficit em transações correntes cresce 72% no primeiro semestre do ano
  • Dados do CAGED indicam acomodação do mercado de trabalho

    Economia Internacional

  • PMI da Zona do Euro mostra sinais de recuperação da economia da região

  • Déficit em transações correntes cresce 72% no primeiro semestre do ano

    O balanço de pagamentos, divulgado ontem (23/07) pelo Banco Central, registrou déficit de US$ 1,32 bilhão no mês de junho. No mesmo mês de 2012 o resultado foi positivo em US$ 627 milhões. Vale ressaltar o saldo da conta de transações correntes, que encerrou junho com déficit de US$ 3,95 bilhões, surpreendendo positivamente o mercado, após ter registrado os saldos de -US$ 6,41 bilhões e -US$ 8,30 bilhões em maio e abril, em termos respectivos.

    No acumulado de 12 meses, o saldo em transações correntes mostra déficit de US$ 3,7 bilhões, o equivalente a 3,17% do PIB, ligeiramente inferior à proporção de 3,20% calculada para maio. Entre janeiro e junho de 2013, por sua vez, o saldo negativo em transações correntes (US$ 43,5 bilhões) foi 72% superior ao aferido em igual período do ano anterior.

    No primeiro semestre de 2013, comparado ao mesmo período de 2012, o déficit da conta de serviços e rendas apresentou expansão de 24,0%, ao passar de US$ 33,8 bilhões para US$ 41,9 bilhões. No mesmo período, a balança comercial variou do superávit de US$ 7,1 bilhões para o déficit de US$ 3,1 bilhões. Ou seja, ambos os resultados contribuíram para a expansão de 72% do saldo negativo em transações correntes.

    O Investimento Estrangeiro Direto (IED) também surpreendeu positivamente o mercado, ao evidenciar superávit de US$ 7,17 bilhões, acima do projetado pelo Banco Central (US$ 5,5 bilhões). Com o resultado, o IED acumula ingresso de US$ 65,5 bilhões nos últimos 12 meses (ou 2,87% do PIB), montante 2,6% superior àquele do período imediatamente anterior.

    Ainda no que diz respeito à Conta Financeira, o fluxo de investimento estrangeiro em renda fixa teve saldo positivo de US$ 7,1 bilhões em junho. Tal entrada líquida mais forte reflete, em grande parte, a retirada de IOF para tais operações no início do mês passado, bem como a tendência ascendente da taxa SELIC.

    Por fim, cabe ressaltar o saldo negativo do investimento estrangeiro em ações em junho (-US$ 3,6 bilhões), refletindo a expectativa de redução dos estímulos monetários por parte do banco central dos Estados Unidos, que leva à menor demanda por ativos de mercados emergentes, detentores de maior risco. O resultado de junho foi o pior desde maio de 2010.

    Dados do CAGED indicam acomodação do mercado de trabalho

    No mês de junho de 2013, o saldo de postos de trabalho foi positivo em 123.836, representando uma variação de 0,31% no nível de empregos formais no Brasil. No ano de 2013, foram criadas 826.168 vagas, na série com ajuste (que incorpora as informações entregues fora do prazo), o que significa uma variação de 2,09% no nível de emprego. O saldo de vagas no acumulado de janeiro a junho deste ano é o mais baixo desde 2009. Os dados foram divulgados ontem (23/07) pelo Ministério do Trabalho.

    A indústria de transformação teve aumento de 0,09% na passagem de maio para junho, com a criação de 7.922 vagas. Os setores que mais influenciaram o desempenho no mês foram: alimentos, bebidas e álcool (0,23%); mecânica (0,35%); têxtil e vestuário (0,18%); material de transporte (0,29%); e química, farmacêutica e veterinária (0,18%).

    Em relação a junho de 2012, a variação da indústria de transformação foi positiva em 1,59%. No acumulado no ano, a indústria de transformação gerou 186.815 vagas, quantidade superior à gerada no mesmo período de 2012.

    No Estado de São Paulo, o mês de junho de 2013 também apresentou saldo positivo de empregos, com a criação de 33.896 postos de trabalho, o que significou um aumento de 0,27% no nível de emprego em relação a maio de 2013.

    Já a indústria de transformação paulista apresentou resultado negativo, com o fechamento de 855 vagas em junho. Com isso, o nível de emprego apresentou variação de -0,03% em relação ao mês anterior. Os setores que mais influenciaram o desempenho do mês foram: papel e gráfica (-0,39%); metalúrgica (-0,21%); material elétrico e de comunicação (-0,36%); e madeira e mobiliário (-0,40%).

    Em relação a junho de 2012, a variação da indústria de transformação de São Paulo foi positiva em 0,36%. No acumulado de 2013, a indústria de transformação paulista gerou 82.138 vagas, quantidade superior à registrada no mesmo período do ano passado.

    Quando comparamos os resultados do CAGED para o Estado de São Paulo com os da FIESP, temos desempenho pior do segundo no mês de junho (fechamento, no CAGED, de 855 vagas e, na FIESP, de 4.500 vagas). No acumulado no ano, enquanto o CAGED indica a abertura de 82.138 vagas, a pesquisa da FIESP aponta para a criação de 59.500 vagas. Em relação a junho de 2012, segundo a FIESP, foram fechadas 28.000 vagas, enquanto, de acordo com o CAGED, houve abertura de 10.419 vagas na indústria de transformação paulista.

    PMI da Zona do Euro mostra sinais de recuperação da economia da região

    Após 18 meses abaixo de 50 pontos – limiar entre queda e expansão –, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro registrou 50,4 pontos em julho de 2013. O resultado preliminar evidenciou a quarta alta consecutiva na margem; em junho o indicador havia assinalado 48,7 pontos. Cabe destacar que a indústria de transformação exerceu considerável impacto positivo sobre o índice composto, já que o PMI do setor passou de 48,8 pontos em junho para 50,1 pontos na prévia de julho. O PMI do setor de serviços também contribuiu para a expansão do índice composto, porém, em menor medida, ao saltar de 48,3 pontos para 49,6 pontos entre junho e julho. Os dados foram divulgados na manhã de hoje (24/07) pelo instituto Markit Economics.

    As duas principais economias da Zona do Euro foram as grandes responsáveis pelo bom desempenho do PMI da região. O índice composto da França variou de 47,4 para 48,8 pontos entre junho e julho, com destaque para o PMI da indústria de transformação, haja vista a alta de 48,4 para 49,8 pontos. Já indicador do setor de serviços passou de 47,2 para 48,3 pontos no período. Na Alemanha, por sua vez, o PMI indica aquecimento da atividade econômica, tendo em vista que alcançou o patamar de 52,8 pontos, após ter evidenciado 50,4 pontos em junho. A indústria de transformação alemã rompeu a barreira neutra dos 50,0 pontos em julho (50,3 pontos), frente ao nível de 48,6 pontos do mês anterior. O PMI do setor de serviços passou de 50,4 para 52,5 pontos no período.

    De maneira geral, os resultados para a Zona do Euro reforçam o prognóstico de expansão da atividade econômica da região no terceiro trimestre deste ano, após sete trimestres consecutivos de queda do PIB.

    Por outro lado, o resultado prévio do PMI da China, divulgado ontem (23/07) pelo instituto Markit Economics, corroborou o cenário de desaceleração da economia do País. A prévia do PMI-Markit contempla uma amostra concentrada em empresas de pequeno e médio porte, exportadoras em sua maioria, e apresentou queda na passagem entre junho e julho, de 48,2 para 47,7 pontos.

    Relatório divulgado em 22/07/2013

    IPCA (%) 5,86 5,80 5,75 (3)
    IGP-DI (%) 4,72 4,96 4,94 (1)
    IGP-M (%) 4,58 5,00 5,00 = (1)
    IPC-Fipe (%) 4,98 4,68 4,57 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,13 2,20 2,24 (1)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,09 2,13 2,14 (1)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 9,00 9,25 9,25 = (3)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 8,19 8,25 8,25 = (3)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (10)
    PIB (% do crescimento) 2,46 2,31 2,28 (10)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,56 2,23 2,10 (4)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -73,76 -75,00 -75,00 = (2)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 6,50 6,00 5,85 (1)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (32)
    Preços Administrados (%) 2,65 2,00 2,00 = (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
     Copyright © 2013 Fiesp. Todos os direitos reservados. Dúvidas e sugestões, clique aqui
    Se você não deseja mais receber esse informativo, clique aqui.

    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
    do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

    Av. Paulista, 1313 - 5º andar - Cep 01311-923 - Tel.: 11 3549-4316

    Diretor Titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos: Paulo Francini