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Informativo eletrônico - Edição 1267 Quinta-Feira, 01 de agosto de 2013
 
Prezado leitor,

Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial avança 1,9% em junho
  • IPC-S desacelera na última semana de julho

    Economia Internacional

  • Sondagem da Indústria de Transformação registra piora na China e expansão na Zona do Euro
  • EUA: PIB cresce 1,7% no segundo trimestre

  • Produção industrial avança 1,9% em junho

    A Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) registrou alta de 1,9% em junho, comparado com o mês imediatamente anterior, na série livre de efeitos sazonais. Tal resultado veio em linha com as projeções do Depecon/Fiesp, que apontavam para o crescimento de 2,0% na margem, e acima do consenso do mercado (1,2%). Na comparação com o mês de junho de 2012, o crescimento foi de 3,1%. Os dados foram divulgados hoje (01/08) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    Para o segundo trimestre do ano, a produção industrial teve aumento de 1,1% em relação ao período anterior, ao passo que na comparação com o segundo trimestre de 2012 a alta foi mais expressiva (4,3%), sendo o melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2010. No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, a elevação foi de 1,9%. Já o acumulado dos últimos doze meses evidenciou taxa de 0,2%, o primeiro resultado positivo desde dezembro de 2011. Por fim, vale destacar que a queda da produção física em maio foi revisada de 2,0% para 1,8%.

    A expansão de junho teve perfil generalizado, pois 22 dos 27 ramos de atividade pesquisados apresentaram taxas positivas. Os grupos que exerceram as maiores influências positivas sobre o índice geral foram Farmacêutica - expansão de 8,8% -, Outros equipamentos de transporte (8,3%), Máquinas e equipamentos (3,2%) e Veículos automotores (2,0%), que devolveram as quedas respectivas do mês anterior (-2,2%, -4,1%%, -4,8% e -2,2%). Vale destacar que os dois últimos segmentos já haviam sido apontados como destaques positivos pelo INA (Indicador do Nível de Atividade da Indústria) de junho, divulgado ontem (31/07) pela FIESP. Além destes quatro destaques, outros grupos também foram relevantes para o aumento da produção: Máquinas para escritórios e equipamentos de informática (11,4%), Produtos de metal (3.5%), Celulose, papel e produtos de papel (2,9%), Indústria extrativa (2,4%) e Alimentos (0,9%). Em contrapartida, o principal destaque negativo foi refino de petróleo e produção de álcool, com queda de 4,1%, após ter mostrado expansão de 1,6% no mês anterior.

    Na comparação entre as categorias de uso, bens de capital foi o destaque, ao crescer 6,3% na margem, livre de efeitos sazonais, eliminando o recuo de 3,7% apresentado em maio. Na comparação semestral para a mesma categoria, constata-se que o maior dinamismo do início do ano permitiu a ampliação dos investimentos, dado que a categoria cresceu 13,8%, frente à queda de 11,1% no semestre anterior. Já a categoria de bens de consumo duráveis mostrou expansão de 3,6% em relação a maio, seguida pelo agrupamento de bens de consumo semi e não duráveis (2,9%). Por sua vez, a categoria de bens intermediários registrou estabilidade em junho (0,0%).

    Na comparação com junho de 2012, a PIM-PF teve crescimento de 3,1%, sendo que somente 13 dos 27 ramos industriais indicaram elevação na produção física. Nesta métrica, o setor de veículos automotores exerceu a maior influência positiva sobre o indicador global, com avanço de 15,4%, refletindo especialmente a maior produção de ônibus e caminhões. As classes de máquinas e equipamentos (10,0%) e borracha e plástico (9,7%) também tiveram contribuições positivas relevantes, influenciadas principalmente pela maior produção de máquinas para colheita e máquinas para o setor de celulose, bem como maior produção de pneus para ônibus, caminhões e automóveis. Ainda na base interanual, as atividades de edição, impressão e reprodução de gravações (-6,7%), bebidas (-5,4%), indústria extrativa (-2,7%) e produtos de metal (-4,2%) foram os maiores destaques negativos em junho.

    No que diz respeito ao desempenho das categorias de uso, comparando junho de 2013 a igual mês de 2012, o destaque também foi bens de capital, que avançou 18%. A categoria registrou a terceira alta consecutiva acima de dois dígitos na métrica interanual. Os bens de consumo duráveis, por sua vez, mostraram ascensão de 4,5%, seguidos por bens de consumo semi e não duráveis (2,3%) e bens intermediários (0,4%).

    Em suma, o crescimento da PIM-PF na passagem de maio para junho reforçou o cenário de alta volatilidade da atividade industrial neste ano, que alterna variações mensais positivas e negativas. A produção continua apresentando um movimento errático em torno de uma tendência de baixo crescimento. O mês de junho apresentou dados positivos, mas a fraca atividade econômica, somada aos grandes recuos da confiança do empresariado industrial sustentam o prognóstico de recuperação bastante moderada nos próximos meses.

    IPC-S desacelera na última semana de julho

    O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) decresceu na última semana de julho, ao variar -0,17%, taxa inferior àquela apresentada na semana anterior (-0,11%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (01/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado mostrou ligeiro recuo diante à última quadrissemana de junho, quando a variação foi de 0,35%. O indicador acumula alta de 3,12% em 2013, e de 5,80% nos últimos 12 meses.

    Seis das oito classes de despesa que compõem o índice desaceleraram na última semana de julho. O grupo Vestuário exerceu a maior contribuição, ao passar de -0,54% para -1,13%, com destaque ao item roupas, que variou de -0,61% para -1,48%. Os grupos Alimentação (de -0,42% para -0,49%), Habitação (de 0,36% para 0,27%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,23% para 0,16%), Comunicação (de 0,12% para 0,05%) e Despesas Diversas (0,29% para 0,28%) também apresentaram decréscimos no período.

    Em sentido contrário, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais avançou 0,38%, taxa 0,03 ponto percentual superior àquela da leitura anterior. Por fim, a deflação do grupo Transportes passou de -0,80% para -0,70%.

    As contribuições positivas mais significativas ao indicador global vieram dos itens: leite tipo longa vida (6,16%), refeições em bares e restaurantes (0,59%) e aluguel residencial (0,70%). Em contrapartida, os itens tomate (-37,06%), tarifa de ônibus urbano (-2,66%) e mamão papaya (-25,35%) foram os responsáveis pelas maiores influências negativas.

    Sondagem da Indústria de Transformação registra piora na China e expansão na Zona do Euro

    O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria de transformação da Zona do Euro registrou 50,3 pontos em julho, após assinalar 48,8 pontos no mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Os itens produção e volume de pedidos contribuíram para que atividade do setor alcançasse o seu melhor nível desde julho de 2012, encerrando o mês acima de 50 pontos – limiar entre expansão e queda. O resultado foi superior à estimativa prévia de 50,1 pontos. Os dados foram divulgados hoje (01/08) pelo instituto Markit.

    Na passagem de junho para julho, a Alemanha evidenciou a maior expansão da Zona do Euro. O PMI do país passou de 48,6 para 50,7 pontos no período, e assinalou o melhor resultado em 18 meses, puxado pelo aumento da demanda doméstica. Já o PMI industrial da França avançou de 48,7 para 49,7 pontos - abaixo da estimativa inicial de 49,8 pontos –, o maior nível em 17 meses. Por outro lado, apenas a Espanha sofreu decréscimo entre junho e julho (de 50,0 para 49,8 pontos).

    Na China, o PMI da indústria de transformação do instituto Markit apresentou 47,7 pontos em julho, ante o crescimento de 48,2 pontos em junho, e atingiu o menor patamar em 11 meses. O resultado, divulgado ontem (31/07), refletiu o menor nível de encomendas tanto no mercado doméstico como no internacional. Em sentido oposto, o PMI divulgado pelo escritório de estatísticas do País melhorou ligeiramente de 50,1 pontos em junho para 50,3 pontos em julho. A propósito, vale a pena salientar que o instituto Markit concentra sua amostra em pequenas e médias empresas voltadas ao mercado externo, que são mais vulneráveis às restrições financeiras impostas pelo governo chinês.

    EUA: PIB cresce 1,7% no segundo trimestre

    O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2013, de acordo com os resultados prévios divulgados ontem (31/07) pelo BEA (Bureau of Economic Analysis). A expansão do primeiro trimestre foi revisada de 1,8% para 1,1%. Segundo a instituição, a aceleração do PIB no segundo trimestre refletiu principalmente a retomada dos investimentos privados, sobretudo não residenciais, assim como a alta das exportações e a menor redução dos gastos do governo federal.

    Para o mês de julho, o setor privado criou 200 mil vagas de emprego, segundo o levantamento do ADP (Automatic Data Processing) divulgado ontem (31/07). O setor de serviços foi responsável pela criação de 177 mil empregos no mês. Na classificação por tamanho, as empresas de pequeno porte foram os destaques, ao gerarem 82 mil vagas. As empresas de médio e grande porte criaram 60 mil e 57 mil empregos, respectivamente.

    Relatório divulgado em 29/07/2013

    IPCA (%) 5,87 5,75 5,75 = (1)
    IGP-DI (%) 4,79 4,94 4,90 (2)
    IGP-M (%) 4,84 5,00 4,94 (1)
    IPC-Fipe (%) 4,71 4,57 4,66 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,15 2,24 2,25 (2)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,11 2,14 2,14 = (1)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 9,25 9,25 9,25 = (4)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 8,25 8,25 8,25 = (4)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (11)
    PIB (% do crescimento) 2,40 2,28 2,28 = (1)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,49 2,10 2,10 = (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -74,50 -75,00 -76,15 (1)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 6,00 5,85 5,70 (2)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (33)
    Preços Administrados (%) 2,50 2,00 1,93 (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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