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Informativo eletrônico - Edição 1268 Sexta-Feira, 02 de agosto de 2013
 
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Economia Brasileira

  • Déficit acumulado da balança comercial é o maior da série histórica
  • IPC-Fipe apresenta queda de 0,13% na última quadrissemana de julho

    Economia Internacional

  • Atividade industrial dos Estados Unidos cresce em julho

  • Déficit acumulado da balança comercial é o maior da série histórica

    Nos sete primeiros meses deste ano a balança comercial registrou déficit de US$ 4,989 bilhões, o pior resultado para o período de toda a série histórica. No ano anterior, a balança apresentou superávit de US$ 9,927 bilhões entre janeiro e julho. As exportações acumularam US$ 135,230 bilhões, queda de 2,2% frente a igual período do ano anterior, ao passo que as importações avançaram 9,3%, ao totalizarem US$ 140,216 bilhões. Os dados foram divulgados ontem (01/08) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

    No mês de julho o déficit comercial brasileiro foi de US$ 1,897 bilhão, o primeiro saldo negativo para o mês desde 1998. O saldo foi positivo em US$ 2,866 bilhões em julho de 2012. O déficit foi superior ao consenso de mercado, cuja projeção apontava para superávit de US$ 500, 0 milhões.

    O resultado negativo de julho evidenciou o quarto déficit mensal em 2013: janeiro (US$ 4,0 bilhões), fevereiro (US$ 1,3 bilhão), abril (US$ 995 milhões) e julho (US$ 1,897 bilhão). Nos meses de março (US$ 162 milhões), maio (US$ 760 milhões) e junho (US$ 2,301 bilhões) a balança comercial registrou superávit.

    No acumulado deste ano, as exportações de produtos industrializados recuaram 2,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior, e atingiram US$ 67,753 bilhões. As vendas ao exterior de produtos semimanufaturados (US$ 17,064 bilhões) apresentaram queda de 6,7%, enquanto que as exportações (US$ 50,690 bilhões) diminuíram 0,3%.

    No que tange às importações, cabe destacar o item combustíveis e lubrificantes, cujo resultado de US$ 25,806 de janeiro a julho representou aumento de 19,0% frente a igual período do ano anterior, chegando à participação de 18,4% na pauta importadora, sendo que em 2012 tal proporção era de 16,9%. Por sua vez, as importações de bens de capital (US$ 30,1 bilhões) avançaram 8,1% no período, enquanto que as importações de matérias-primas e produtos intermediários (US$ 60,907 bilhões) cresceram 8,0%, pressionando significativamente a balança, já que o segmento compreende 43,4% da pauta importadora.

    IPC-Fipe apresenta queda de 0,13% na última quadrissemana de julho

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mensura a inflação paulistana, divulgou hoje (02/08) as informações referentes à quarta quadrissemana de julho. O índice registrou variação de -0,13%, seguindo na trajetória de queda iniciada na quadrissemana anterior, quando apresentou deflação de 0,16%.

    Dentre as sete classes de despesa que compõem o IPC-Fipe, apenas duas apresentaram aceleração no aumento do nível de preços: Despesas Pessoais, passando de 0,34% na terceira quadrissemana de julho para 0,45% na quarta quadrissemana; e Saúde (de 0,26% para 0,33%). Já as classes Educação (de 0,07% para 0,06%) e Habitação (de 0,45% para 0,40%) desaceleraram no período, sendo que a última exerceu o maior impacto positivo sobre o índice geral (0,12 p.p.).

    Em sentido contrário, duas classes apresentaram queda no nível de preços, sendo estas: Transporte, que sofreu a terceira retração consecutiva, vindo de -1,21% na terceira quadrissemana do mês para -1,30% na última leitura (influenciando o índice geral em -0,23p.p); e Vestuário (de -0,20% para -0,26%). Por fim, a classe Alimentos (-0,40%) continua em trajetória de queda, apesar do resultado ter sido mais suave em relação àquele da última quadrissemana (-0,62%).

    Atividade industrial dos Estados Unidos cresce em julho

    O indicador de atividade industrial dos Estados Unidos, divulgada nesta última quinta-feira (01/08) pelo ISM (Institute for Supply Management), registrou alta de 4,5 pontos em julho, e atingiu o patamar de 55,4 pontos (índices acima de 50 pontos indicam setor em expansão). Na leitura do mês de junho o índice estava em 50,9 pontos. O resultado foi o maior desde junho de 2011, quando o indicador marcava 55,8 pontos. De forma geral, a segunda expansão consecutiva do índice refletiu o maior número de novos pedidos (que aumentaram 6,4 pontos, atingindo 58,3 pontos) e do item que mede a produção, que saltou de 53,4 pontos em junho para 65,0 pontos em julho.

    Na mesma linha de melhora dos indicadores, o instituto Markit divulgou ontem (01/08) o PMI Industrial (Índice de Gerentes de Compras) dos Estados Unidos referente a julho. O índice, que atingiu o patamar de 53,7 pontos (ante 51,9 pontos em junho), vem crescendo desde março deste ano, especialmente influenciado pelo item demanda interna, que chegou a 55,5 pontos no último mês. As exportações também apresentaram forte alta, vindo de 46,3 pontos em junho para 52,5 pontos na última leitura, mostrando que os novos pedidos de exportação entraram em uma situação favorável.

    Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o número de pedidos de auxílio desemprego teve retração de 19 mil solicitações na semana encerrada em 27 de julho, chegando ao total de 326 mil. Já a taxa de desemprego caiu para 7,5% em julho, de acordo com os dados divulgados na manhã de hoje (02/08) pelo Bureau of Labor Statistics (BLS).

    No geral, os dados positivos para a indústria, juntamente com a melhora do mercado de trabalho, sustentam o prognóstico de aceleração da atividade econômica dos Estados Unidos no segundo semestre. Vale lembrar que o PIB do País cresceu 1,7% no segundo trimestre (taxa anualizada), na comparação com o período imediatamente anterior, após ajuste sazonal.

    Relatório divulgado em 29/07/2013

    IPCA (%) 5,87 5,75 5,75 = (1)
    IGP-DI (%) 4,79 4,94 4,90 (2)
    IGP-M (%) 4,84 5,00 4,94 (1)
    IPC-Fipe (%) 4,71 4,57 4,66 (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,15 2,24 2,25 (2)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,11 2,14 2,14 = (1)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 9,25 9,25 9,25 = (4)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 8,25 8,25 8,25 = (4)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (11)
    PIB (% do crescimento) 2,40 2,28 2,28 = (1)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,49 2,10 2,10 = (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -74,50 -75,00 -76,15 (1)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 6,00 5,85 5,70 (2)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (33)
    Preços Administrados (%) 2,50 2,00 1,93 (1)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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