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Informativo eletrônico - Edição 1278 Sexta-Feira, 16 de agosto de 2013
 
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Economia Brasileira

  • ESPECIAL: Desembolsos do BNDES totalizam R$ 88,3 bilhões no primeiro semestre e atingem recorde
  • IPC-S volta a apresentar alta

    Economia Internacional

  • Produção industrial norte-americana frustra expectativas do mercado

  • ESPECIAL: Desembolsos do BNDES totalizam R$ 88,3 bilhões no primeiro semestre e atingem recorde

    Os desembolsos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizaram R$ 88,3 bilhões no primeiro semestre de 2013, recorde para o período. Tal montante representou expansão de 65% frente aos desembolsos realizados de janeiro a junho de 2012. Segundo o presidente da instituição, Luciano Coutinho, a previsão é de que os desembolsos alcancem R$ 190 bilhões em 2013, acima do recorde de 2012, quando o banco liberou R$ 155,9 bilhões. O presidente do BNDES também reiterou que os recursos da instituição garantem desembolsos até setembro, e que não buscará quantias adicionais no exterior, indicando que o aporte necessário será realizado pelo Tesouro Nacional.

    A indústria impulsionou os desembolsos no primeiro semestre, já que o BNDES destinou R$ 29,4 bilhões para o setor, o equivalente a 93,0% de aumento frente a igual período do ano passado, com destaque para o segmento de Material de Transporte (R$ 5,8 bilhões), que mostrou crescimento de 106%, além de Química e Petroquímica (R$ 4,8 bilhões) e Alimento e Bebida (R$ 4,0 bilhões), que avançaram 228% e 76%, em termos respectivos. No acumulado de 12 meses o setor industrial registra alta de 53,1%.

    Os desembolsos liberados a projetos de infraestrutura apresentaram aumento de 36% nos primeiros seis meses de 2013, correspondente ao volume de R$ 27,3 bilhões. O grande destaque foi o segmento de Transporte Rodoviário, que recebeu R$ 10,2 bilhões, expansão de 36% em relação ao primeiro semestre de 2012, ao passo que as liberações de empréstimos para os segmentos de Energia Elétrica (R$ 8,3 bilhões) e Transporte Aquaviário, Aéreo e Metroviário (R$ 3,5 bilhões) cresceram 28% e 123%, respectivamente. Por sua vez, empréstimos destinados ao setor de Comércio e Serviços expandiram em 35%, totalizando o volume de R$ 17,2 bilhões, enquanto que os desembolsos à Agropecuária registraram elevação de 111% no primeiro semestre deste ano (R$ 9,3 bilhões).

    As consultas de empréstimo junto ao BNDES, variável sensível à confiança do empresariado, já que reflete a intenção de investimentos, registraram expansão de 44,0% no acumulado de 12 meses findo em junho, no entanto, no acumulado do ano, as consultas apresentaram crescimento de apenas 6,0%. As consultas da indústria de transformação sofreram queda de 3,1% no período, já descontados os efeitos da inflação, e totalizaram R$ 39,6 bilhões.

    IPC-S volta a apresentar alta

    O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) voltou a apresentar alta na segunda semana de agosto, após deflação nas duas últimas semanas de julho e na primeira semana do mês corrente. Na semana delimitada entre 16 de julho e 15 de agosto, o índice geral mostrou crescimento de apenas 0,05% em relação à leitura anterior, que mostrara recuo de 0,02%. Os dados foram divulgados na manhã de hoje (16/08) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Duas das oito classes de despesa mostraram aceleração na taxa de aumento dos preços, sendo elas: Habitação (de 0,29% para 0,30%), influenciada pelo aumento nos custos de eletricidade residencial, e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,38%), influenciada especialmente pelos artigos de higiene e cuidado pessoal. Já as classes de Educação, Leitura e Recreação (de 0,39% para 0,32%), Despesas Diversas (de 0,25% para 0,19%) e Comunicação (de 0,12% para 0,11%) tiveram desaceleração na elevação dos preços.

    Em sentido contrário, as classes Vestuário (de -1,04% para -0,68%), Transportes (de -0,50% para -0,25%) e Alimentação (de -0,11% para -0,08%) registraram diminuição no ritmo de queda, sendo que as duas últimas foram bastante influenciadas pela revogação do aumento nas tarifas de ônibus urbanos e pelo item hortaliças, respectivamente.

    Produção industrial norte-americana frustra expectativas do mercado

    A produção industrial dos Estados Unidos ficou praticamente inalterada em julho (-0,1%), após ter avançado 0,2% em junho, já descontadas as influências sazonais. Já na comparação interanual, a produção de julho de 2013 registrou crescimento de 1,4%. Os dados foram divulgados ontem (15/08) pelo FED (Federal Reserve), e frustrou as expectativas do mercado, cujo consenso apontava para a alta de 0,3%. O nível de utilização da capacidade instalada também recou sutilmente, em 0,1%.

    Dentre os principais segmentos, a indústria de manufatura recuou somente 0,1% na passagem de junho para julho, na série dessazonalizada. Já o segmento da mineração apresentou ganho de 2,1%, influenciado principalmente pelo aumento na extração de petróleo e gás. Na categoria de produtos finais, a queda na produção de bens de consumo duráveis (-1,5%) foi bastante impactada pelo resultado negativo na atividade automotiva (-2,4%). Já a categoria de bens de consumo não duráveis sofreu contração de 0,2% em julho.

    Ainda ontem (15/08), o FED de Nova York divulgou que as expectativas de negócios para o setor industrial da região declinou ligeiramente em agosto, chegando ao patamar de 8,2 pontos, frente ao valor anterior de 9,5 pontos. No entanto, o otimismo para os negócios e para as contratações nos próximos seis meses avançou novamente.

    Por fim, o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, sigla em inglês) teve aumento de 0,2% em julho, conforme divulgação de ontem (15/08) do Departamento do Trabalho, após ter assinalado alta de 0,5% em junho. O CPI acumula ganho de 2,0% nos 12 meses encerrados em julho, atingindo assim a meta estabelecida pelo Federal Reserve.

    Relatório divulgado em 12/08/2013

    IPCA (%) 5,80 5,75 5,74 (1)
    IGP-DI (%) 4,96 4,81 4,57 (4)
    IGP-M (%) 5,00 4,69 4,50 (3)
    IPC-Fipe (%) 4,68 4,28 4,28 = (1)
    Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) 2,20 2,25 2,28 (1)
    Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) 2,13 2,16 2,17 (2)
    Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) 9,25 9,25 9,25 = (6)
    Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) 8,25 8,25 8,25 = (6)
    Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) 35,00 35,00 35,00 = (13)
    PIB (% do crescimento) 2,31 2,24 2,21 (2)
    Produção Industrial (% do crescimento) 2,23 2,00 2,08 (1)
    Conta Corrente (US$ bilhões) -75,00 -76,30 -76,20 (1)
    Balança Comercial (US$ bilhões) 6,00 5,09 5,00 (4)
    Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) 60,00 60,00 60,00 = (35)
    Preços Administrados (%) 2,00 1,80 1,78 (3)

    *comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado; os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem ocorrendo o último comportamento ( aumento, diminuição ou = estabilidade)

    Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.

    O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com as principais instituições financeiras do País. Todas as estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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