

Balança comercial registra déficit de US$ 334 milhões na terceira semana de agosto
As exportações brasileiras totalizaram US$ 4,686 bilhões na terceira semana de agosto, ao passo que as importações somaram US$ 5,020 bilhões, ou seja, déficit de US$ 334 milhões. Considerando as três primeiras semanas de agosto, as exportações atingiram US$ 11,463 bilhões, e as importações chegaram a US$ 11,204 bilhões, resultando no superávit de US$ 259 milhões. Os dados foram divulgados ontem (19/08) pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC).
No acumulado de agosto de 2013, contra igual período do ano anterior, a média diária das exportações recuou 1,8%, refletindo a queda de 6,3% nas vendas de produtos manufaturados (de US$ 355,7 milhões para US$ 333,3 milhões), tal como a contração de 5,4% nas exportações de semimanufaturados (de US$ 130,7 milhões para US$ 123,7 milhões).
Na mesma base de comparação, a média diária das importações registrou aumento de 12,1%, ao passar de US$ 833,0 milhões para US$ 933,6 milhões, com destaque para os grupos de combustíveis e farmacêuticos, cujas importações cresceram 53,7% e 33,4%, em termos respectivos.
No acumulado do ano, as exportações totalizaram US$ 146,693 bilhões, e as importações somaram US$ 151,424 bilhões, resultando no déficit de US$ 4,731 bilhões.
Arrecadação federal cresce 0,55% no acumulado do ano
De acordo com os dados divulgados ontem (19/08) pela Receita Federal, a arrecadação de tributos aumentou em 10% na passagem de junho para julho. Descontados os efeitos da inflação, a arrecadação foi R$ 8,58 bilhões superior àquela apresentada no mês anterior, e atingiu o montante de R$ 94,29 bilhões.
Para o acumulado do ano, o valor das arrecadações chegou a R$ 644,13 bilhões, frente ao total de R$ 640,59 bilhões registrado no mesmo período do ano passado, evidenciando um ganho real (ajustado pelo IPCA acumulado até julho) de apenas 0,55%. Já na comparação interanual, o mês de julho registrou ligeira alta de 0,89%.
Ainda na comparação interanual mensal, na abertura por categoria de arrecadação, as maiores elevações foram provenientes de: IPI (exceto IPI Vinculado), com alta de 13,8%; Imposto de Importação e IPI Vinculado (9,9%); Receita Previdenciária (2,1%); e Receitas Administradas pela RFB (2,1%). Em sentido oposto, as Receitas Administradas por Outros Órgãos apresentaram recuo de 16,0% em julho de 2013 comparado ao mesmo mês de 2012. Todos os dados foram corrigidos pelo IPCA acumulado até julho.
O resultado indica que a arrecadação de impostos ainda não apresenta sinais de recuperação no início do segundo semestre, dado o ritmo de crescimento aquém da média histórica recente, o que dificulta a concretização da expectativa da Receita Federal de aumento de 3% do volume de arrecadações no ano de 2013. Tal dificuldade está diretamente relacionada às volumosas desonerações promovidas pelo Governo ao longo do ano, tais como a redução de IPI para automóveis, a desoneração da folha de pagamento para uma série de segmentos industriais, e a remoção do IOF para determinadas transações financeiras, que foram responsáveis pela renúncia fiscal de R$ 43,7 bilhões no período de janeiro a julho.


Relatório divulgado em 19/08/2013
 |
IPCA (%) |
5,75 |
5,74 |
5,74 |
= |
(1) |
IGP-DI (%) |
4,94 |
4,57 |
4,51 |
 |
(5) |
IGP-M (%) |
5,00 |
4,50 |
4,49 |
 |
(4) |
IPC-Fipe (%) |
4,57 |
4,28 |
4,32 |
 |
(1) |
Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,24 |
2,28 |
2,30 |
 |
(2) |
Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) |
2,14 |
2,17 |
2,18 |
 |
(3) |
Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) |
9,25 |
9,25 |
9,25 |
= |
(7) |
Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) |
8,25 |
8,25 |
8,25 |
= |
(7) |
Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) |
35,00 |
35,00 |
34,90 |
 |
(1) |
PIB (% do crescimento) |
2,28 |
2,21 |
2,21 |
= |
(1) |
Produção Industrial (% do crescimento) |
2,10 |
2,08 |
2,08 |
= |
(1) |
Conta Corrente (US$ bilhões) |
-75,00 |
-76,20 |
-77,00 |
 |
(1) |
Balança Comercial (US$ bilhões) |
5,85 |
5,00 |
4,35 |
 |
(5) |
Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(36) |
Preços Administrados (%) |
2,00 |
1,78 |
1,75 |
 |
(4) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado;
os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem
ocorrendo o último comportamento
( aumento,
diminuição
ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com
as principais instituições financeiras do País. Todas as
estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não
significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.


Elaboração FIESP/CIESP
Com exceção dos indicadores
marcados com *, os dados de 2005 a 2007
foram revisados pelo IBGE.
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