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FOCUS: Mercado eleva projeção para o crescimento do PIB em 2013, após surpresa com o resultado do segundo trimestre
O Boletim Focus, divulgado hoje (02/09) pelo Banco Central, mostrou revisão altista para a projeção do PIB em 2013, de 2,20% para 2,32%, interrompendo uma sequência de cortes nas expectativas para a atividade econômica iniciada no final de março. Para 2014, por sua vez, o mercado registrou movimento contrário, derrubando sua projeção de crescimento de 2,40% para 2,30%. Em relação à taxa Selic, após a alta de 0,5 ponto percentual na última reunião do Copom (indo de 8,5% para 9,0%), o mercado continua acreditando em 9,50% no final de 2013. A projeção para a produção industrial em 2013 permaneceu em 2,11%.
Para o IPCA, a projeção do mercado ascendeu levemente de 5,80% na semana passada para 5,83% na última leitura. Para 2014, a projeção foi mantida em 5,84%. Já a taxa de câmbio para 2013 completou a quarta revisão altista consecutiva, passando de R$/US$ 2,32 para R$/US$ 2,36. Para o fim de 2014, as previsões também indicaram maior depreciação da moeda e atingiram a cotação de R$/US$ 2,40, ante o patamar R$/US$ 2,38 apresentado na semana passada.
Para o saldo da conta corrente do balanço de pagamentos em 2013, a previsão de déficit foi mantida em US$ 77,0 bilhões pela segunda semana consecutiva. Já a projeção para 2014 voltou a presentar piora, chegando ao nível de US$ 79,90 bilhões, após o patamar de US$ 78,55 bilhões da semana anterior. No que tange ao saldo da balança comercial, o mercado continua derrubando suas projeções, que apontam para o saldo de US$ 3,0 bilhões no final de 2013 e de US$ 8,0 bilhões em 2014.
IPC-S acelera na última semana de agosto
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou na última semana de agosto, dada a taxa de variação de 0,20%, superior àquela apresentada na semana anterior (0,16%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (02/09) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O dado também representou aumento diante da última quadrissemana de julho, quando a variação foi de -0,02%.
Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice puxaram a aceleração observada no mês de agosto. O grupo Alimentação registrou avanço de 0,17% na última leitura, após alta de 0,03%. Já o grupo Vestuário passou de alta de -0,21% para ganho de 0,17%. Os seguintes grupos também apresentaram acréscimos: Habitação (de 0,33% para 0,35%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,51% para 0,63%) e Despesas Diversas (de 0,11% para 0,18%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (de 0,10% para -0,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,43% para 0,32%) e Comunicação (de 0,11% para 0,05%) apresentaram decréscimos em suas taxas de variação.
Zona do Euro: Indústria de Transformação mantém recuperação em agosto
O Índice de Gerente de Compras (PMI, sigla em inglês) da Indústria de Transformação da Zona do Euro mostrou o segundo mês de recuperação, pois, após assinalar 50,3 pontos em julho, o índice saltou para 51,4 pontos no mês seguinte, e alcançou o seu maior nível desde junho de 2011, já considerados os ajustes sazonais. Os dados foram divulgados hoje (02/09) pelo instituto Markit.
Todas as nações da região registraram acréscimos no segmento manufatureiro, apesar da França (49,7) e da Grécia (48,7) terem apresentado pontuações inferiores a 50 pontos – limiar entre queda e expansão. A Holanda (53,5 pontos) mostrou o melhor desempenho, seguida por Áustria e Irlanda (52,0 pontos cada). Por sua vez, a Alemanha encerrou o mês de agosto com 51,8 pontos, ao passo que Itália e Espanha registraram 51,3 e 51,1 pontos, em termos respectivos.
De forma geral, tanto a produção industrial como os itens de novas encomendas e pedidos de exportação mostraram crescimento em agosto, e sustentam o cenário de recuperação gradual da economia europeia.
Índice de Gerentes de Compras (PMI) da China apresenta melhora
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) da Indústria de Transformação da China, divulgado pelo instituto Markit Economics, mostrou elevação entre julho e agosto, ao passar de 47,7 para 50,1 pontos, e voltou a ficar acima do patamar de 50 pontos - limiar entre expansão e contração. Os dados foram divulgados ontem à noite (01/09).
O resultado de agosto assinalou a primeira expansão da produção industrial em três meses, como reflexo da melhora nas condições de mercado. O aumento da produção foi puxado pela elevação do item de novas encomendas internas pela primeira vez desde abril (embora ligeiramente), pela maior quantidade de compras de insumos, em linha com as recentes medidas de estímulos, e pelo maior número de contratações nas empresas. Em sentido contrário, os novos pedidos para exportação caíram pelo quinto mês consecutivo, de forma um pouco mais acelerada do que em julho, influenciados pela menor demanda dos clientes na Europa e nos Estados Unidos.
Relatório divulgado em 02/09/2013
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| IPCA (%) |
5,75 |
5,80 |
5,83 |
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(2) |
| IGP-DI (%) |
4,81 |
4,55 |
4,57 |
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(2) |
| IGP-M (%) |
4,69 |
4,50 |
4,45 |
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(1) |
| IPC-Fipe (%) |
4,28 |
4,37 |
4,38 |
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(3) |
| Taxa de Câmbio - fim de período (R$/US$) |
2,25 |
2,32 |
2,36 |
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(4) |
| Taxa de Câmbio - média do período(R$/US$) |
2,16 |
2,19 |
2,20 |
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(5) |
| Meta da Taxa Selic - fim de período (%aa) |
9,25 |
9,50 |
9,50 |
= |
(1) |
| Meta da Taxa Selic - média do período (%aa) |
8,25 |
8,31 |
8,31 |
= |
(1) |
| Dívida Líquida do Setor Público(% do PIB) |
35,00 |
35,00 |
35,00 |
= |
(1) |
| PIB (% do crescimento) |
2,24 |
2,20 |
2,32 |
|
(1) |
| Produção Industrial (% do crescimento) |
2,00 |
2,11 |
2,11 |
= |
(1) |
| Conta Corrente (US$ bilhões) |
-76,30 |
-77,00 |
-77,00 |
= |
(2) |
| Balança Comercial (US$ bilhões) |
5,09 |
3,40 |
3,00 |
|
(7) |
| Invest. Estrangeiro Direto (US$ bilhões) |
60,00 |
60,00 |
60,00 |
= |
(38) |
| Preços Administrados (%) |
1,80 |
1,80 |
1,80 |
= |
(1) |
*comportamento dos indicadores desde o último Relatório de Mercado;
os valores entre parênteses expressam o número de semanas em que vem
ocorrendo o último comportamento
( aumento,
diminuição
ou = estabilidade)
Fonte: Banco Central do Brasil - Relatório de Mercado/Focus.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central do Brasil com
as principais instituições financeiras do País. Todas as
estimativas ali apresentadas devem ser examinadas com bastante cautela, pois não
significam compromisso do BACEN nem expressam a opinião da FIESP/CIESP.
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