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Informativo eletrônico - Edição 1293 Sexta-Feira, 06 de setembro de 2013
 
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Você está recebendo o Macro Visão. Veja os destaques desta edição:

Economia Brasileira

  • Produção industrial recua em 9 das 14 regiões pesquisadas
  • IPCA avança 0,24% em agosto
  • Produção de veículos volta a subir
  • IGP-DI acelera novamente

  • Produção industrial recua em 9 das 14 regiões pesquisadas

    O IBGE divulgou na manhã de hoje (06/09) os dados referentes à Pesquisa Industrial Mensal Regional, e mostrou que a retração de 2,0% da produção da indústria nacional na passagem de junho para julho foi generalizada, já que nove dos quatorze locais pesquisados registraram taxas negativas, após ajuste sazonal. Os maiores destaques negativos foram São Paulo, com queda de 4,1% na margem, e Pernambuco, com recuo de 2,3%. O primeiro eliminou o crescimento de 2,7% observado em junho, e o segundo encerrou uma sequência de quatro resultados positivos.

    Além destas, as seguintes regiões também evidenciaram variações negativas na produção industrial entre junho e julho, ainda que abaixo da média nacional: Santa Catarina (-1,1%), Amazonas (-0,9%), Espírito Santo (-0,9%), Minas Gerais (-0,7%), Rio Grande do Sul (-0,4%), Região Nordeste (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%). Em sentido contrário, o estado do Pará apresentou o maior crescimento em julho, na ordem de 3,0%, assinalando o terceiro resultado positivo consecutivo. Os demais aumentos na produção física da indústria vieram do Paraná (1,9%), do Ceará (1,5%), de Goiás (1,3%) e da Bahia (0,5%).

    Na comparação com idêntico mês do ano anterior, a indústria brasileira registrou elevação de 2,0% em julho de 2013, com um perfil bastante disseminado de crescimento em termos regionais, haja vista que doze dos quatorze locais pesquisados indicaram variação positiva. Vale a pena ressaltar que julho deste ano (23 dias) teve um dia útil a mais que o mesmo mês de 2012 (22 dias). Com base na métrica interanual, os maiores ganhos foram verificados no Rio Grande do Sul (13,8%), na Bahia (13,4%), em Goiás (10,6%) e no Amazonas (10,2%). O estado de São Paulo mostrou alta de apenas 0,2%. Em contrapartida, Espírito Santo (-4,6%) e Minas Gerais (-1,3%) foram os únicos estados a mostrar queda em julho de 2013.

    Para o estado de São Paulo, especificamente, a produção industrial mostrou perda de 4,1% em julho, frente ao mês imediatamente anterior, já descontados os efeitos sazonais, e eliminou o ganho de 2,7% em junho. A retração foi a mais intensa desde setembro de 2011, quando a produção da indústria paulista sofreu recuo de 5,4%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral assinalou decréscimo de 1,6% no trimestre findo em julho, após ter crescido ligeiramente (0,1%) em junho. Na comparação com igual período de 2012, a produção física de São Paulo mostrou alta de 0,2% em julho de 2013, e expansão de 2,5% no acumulado do ano – período de janeiro a julho. Por sua vez, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 1,0% no sétimo mês do nono, assinalou o maior resultado positivo desde outubro de 2011 (1,8%).

    Ainda no que tange à produção industrial de São Paulo, as principais influências negativas para o resultado na margem partiram dos setores de veículos automotores, farmacêutico e de edição, impressão e reprodução de gravações. Já no acumulado do ano até julho, a indústria paulista mostra expansão em treze das vinte atividades investigadas. O setor de veículos exerce o maior impacto positivo (10,1%), impulsionado pela elevação de aproximadamente 78% dos produtos da atividade, com destaque para caminhão-trator para reboques e semirreboques e caminhões. Outras influências relevantes são advindas de outros equipamentos de transporte (11,4%), refino de petróleo e produção de álcool (6,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,4%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (21,7%).

    IPCA avança 0,24% em agosto

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,24% em agosto, após ficar praticamente estável em julho (0,03%). No acumulado em 12 meses findo em agosto, o indicador mostra alta de 6,09%, taxa inferior à apresentada em julho (6,27%), mas acima do centro da meta (4,50%). No acumulado do ano, por sua vez, o resultado de agosto mostrou inflação de 3,43%, superior àquela registrada no mesmo mês do ano passado (3,18%). Os dados foram divulgados hoje (06/09) pelo IBGE.

    Na abertura por grupos, Habitação (alta de 0,57%) continua exercendo o maior impacto sobre o índice geral (0,08 p.p. em agosto). O grupo Alimentação e Bebidas, que havia apresentado deflação de 0,33% em julho, registrou estabilidade em agosto, como reflexo da menor queda dos preços de alimentos consumidos no domicílio (de -0,73% para -0,34%).

    O grupo Vestuário, por sua vez, voltou a mostrar aumento de preços (0,08%), após ter apontado queda de 0,39% na leitura anterior. Já o grupo Transportes seguiu em deflação, embora em ritmo menos intenso, ao passar de -0,66% para -0,06%, como resultado da gradual retomada nas tarifas de ônibus urbanos, cuja taxa saiu da forte queda de 3,32% em julho para um recuo mais sutil (-0,20%) em agosto. Na abertura por combustíveis, o etanol voltou a declinar, indo de -0,55% para -1,16%, enquanto a gasolina desacelerou seu ritmo de queda (de -0,23% para -0,15%).

    A alta de 0,89% de Artigos de Residência foi a maior dentre os grupos do IPCA em agosto, refletindo o forte aumento no nível de preços dos itens eletrodomésticos, mobiliários e em consertos de equipamentos domésticos, fazendo o grupo impactar em 0,04 p.p. o índice geral. Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,34% para 0,45%) e Educação (de 0,11% para 0,67%) também evidenciaram aceleração no nível de preços, enquanto Despesas Pessoais (de 1,13% para 0,39%) e Comunicação (de 0,20% para 0,02%) mostraram menores aumentos no mês de agosto.

    Dentre as 11 localidades pesquisadas, com exceção de Fortaleza, todas as demais apresentaram variações positivas em agosto, sendo Brasília, que passou de -0,12% para 0,46%, o maior destaque, com impactos relevantes advindos dos itens passagens aéreas (3,41%) e alimentação fora do domicílio (1,21%). Já Fortaleza (-0,11%) refletiu a queda de 5,21% nas contas de energia elétrica, decorrente da redução de 57,22% das alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. O IPCA de São Paulo, que detém o maior peso regional, passou de uma leve alta de 0,06% em julho para aumento de 0,26% na última leitura.

    Produção de veículos volta a subir

    Segundo dados divulgados ontem (05/09) pela ANFAVEA, a produção total de veículos (exceto máquinas agrícolas) cresceu 2,2% em agosto, atingindo o nível de 301.501 unidades, já expurgados os efeitos sazonais. O resultado, entretanto, não foi suficiente para devolver a forte queda evidenciada no mês imediatamente anterior (-7,0%). Dentre as categorias de autoveículos, os comerciais leves se destacaram, com aumento de 13,3% na produção, seguido pelo crescimento de 3,3% na fabricação de caminhões. Em sentido oposto, a produção de automóveis caiu 0,1%, enquanto a de ônibus apresentou recuo de 12,0% na margem. Na comparação interanual, o crescimento na produção total de veículos foi de 2,3% em agosto de 2013, enquanto no acumulado do ano a alta foi de 13,8%.

    Em relação às vendas, o mês de agosto registrou crescimento de 1,7% (328.026 unidades), já descontados os efeitos sazonais, puxado principalmente pela categoria de automóveis, cuja expansão foi de 2,2%. As demais categorias apresentaram recuo no volume de vendas, sendo elas: caminhões (-6,4%), ônibus (-4,2%) e comerciais leves (-0,5%). Na comparação interanual, as vendas caíram 19,6% em agosto deste ano.

    Por fim, o número de veículos exportados cresceu 7,8% na passagem de julho para agosto, chegando ao patamar de 64.066 unidades, na série dessazonalizada. As vendas externas de automóveis, comerciais leves e caminhões mostraram ganhos de 6,6%, 9,1% e 19,0%, respectivamente. Por outro lado, as exportações de ônibus registraram forte recuo na margem (-24,5%).

    IGP-DI acelera novamente

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,46% em agosto ante o mês imediatamente anterior, quando avançou 0,14%. O índice acumulado do ano exibe alta de 2,46%, enquanto o acumulado de 12 meses apresenta ganho de 3,98%. Os dados foram divulgados hoje (06/09) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – corresponde a 60% do IGP-DI – acelerou para 0,58% em agosto, já que no mês passado o índice havia mostrado elevação de 0,20%. O IPA refletiu a forte inflação na categoria de Matérias-Primas Brutas, cuja taxa passou de uma queda de 0,02% em julho para um avanço de 0,74% na última leitura, impulsionada pelos itens minério de ferro (de -4,16% para -0,07%), laranja (de -0,82% para 17,80%) e suínos (-2,58% para 12,09%). Já a categoria de Bens Finais inverteu o sentido de sua variação, pois, após evidenciar deflação de 0,49% em julho, registrou ligeira alta de 0,03% em agosto. Já os Bens Intermediários apresentaram aumento de 1,01%, taxa um pouco inferior àquela observada no mês anterior (1,08%).

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – corresponde a 30% do IGP-DI – registrou variação de 0,20% na passagem de julho para agosto, ante a deflação de 0,17% na leitura anterior. Cinco das oito classes aceleraram na margem, com destaque para Alimentos, cuja taxa passou de -0,49% para 0,17%, refletindo principalmente a menor queda dos preços de hortaliças e legumes.

    Por fim, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) - corresponde a 30% do IGP-DI – apresentou variação de 0,31% em agosto, abaixo do ganho de 0,48% mostrado na última divulgação mensal, devido à desaceleração do grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços e à estabilidade do grupo de Custo da Mão de Obra.

    Os dados foram calculados com base nos preços coletados entre os dias 01 e 31 de agosto.

    Elaboração FIESP/CIESP
    Com exceção dos indicadores marcados com *, os dados de 2005 a 2007 foram revisados pelo IBGE.

     
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