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Informativo eletrônico - Edição 1297 Quinta-Feira, 12 de setembro de 2013
 
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Economia Brasileira

  • Varejo nacional surpreende o mercado e volume de vendas avança 1,9% em julho
  • Sondagem do bimestre julho-agosto indica desaceleração dos investimentos

    Economia Internacional

  • Produção industrial da Zona do Euro registra forte queda em julho
  • EUA: nível de estoques do setor atacadista fica praticamente estável em julho

  • Varejo nacional surpreende o mercado e volume de vendas avança 1,9% em julho

    O volume de vendas do comércio varejista avançou 1,9% em julho na comparação com o mês imediatamente anterior, após ajuste sazonal. O resultado surpreendeu o mercado, tendo em vista que a mediana das projeções estava em 0,3%, e representou a maior taxa de variação desde janeiro de 2012 (2,8%). O varejo nacional havia avançado 0,4% em junho. No acumulado do ano, o setor exibe ganho de 3,5%, ao passo que no acumulado de doze meses findo em julho mostra alta de 5,4%. Por fim, a expansão foi de 6,0% na comparação com igual mês de 2012. Os dados foram divulgados hoje (12/09) pelo IBGE.

    O varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, também apresentou desempenho maior do que o esperado, ao crescer 0,6% entre junho e julho. O consenso de mercado projetava queda de 0,9%. De janeiro a julho, o varejo ampliado acumula alta de 3,7%, enquanto que no acumulado de 12 meses a expansão é de 5,8%. Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume de vendas do conceito ampliado teve avanço de 3,7% em julho de 2013.

    Dentre as dez atividades pesquisadas, oito registraram crescimento na passagem de junho para julho, na série dessazonalizada. Já na comparação com idêntico mês do ano anterior, todas mostraram elevação. A atividade de Móveis e Eletrodomésticos avançou 2,6% na margem e 11,0% na comparação com julho de 2012, como reflexo das medidas de incentivo ao consumo, com destaque à alíquota reduzida de IPI. A categoria de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo evidenciou ganho de 1,8% na margem e de 2,6% na base interanual, expansão abaixo da média do setor, devido especialmente ao forte aumento dos preços de alimentos nos últimos meses. A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico expandiu em 3,9% entre junho e julho, e em 12,0% na base interanual. O segmento de Combustíveis e lubrificantes cresceu 1,9% e 7,5%, em termos respectivos.

    O volume de vendas na atividade de Veículos, motos, partes e peças encolheu 3,5% na margem. Na base interanual, o segmento recuou 1,8%, o que pode ser explicado pelo efeito base, já que julho de 2012 mostrou um volume de vendas bastante elevado, impulsionado pelo anúncio do IPI zero sobre carros 1.0 e reduzido à metade para as demais cilindradas. Por sua vez, o volume de vendas no segmento de material de construção cresceu 0,8% na margem e 10,6% frente a julho de 2012.

    Dentre as vinte e sete Unidades da Federação, apenas o Acre (-1,7%) registrou queda entre junho e julho Por outro lado, São Paulo exerceu o maior impacto positivo sobre a variação global, ao avançar 5,7%.

    Em suma, o desempenho do comércio varejista em julho surpreendeu positivamente o mercado, ao registrar forte aceleração frente ao resultado do mês anterior. Vale destacar, entretanto, a fraca base comparativa do último resultado, inclusive pelo fato das vendas do varejo terem sido afetadas pelas manifestações populares em junho. Para os meses à frente, os indicativos são de menor ritmo de crescimento para o setor, em linha com a piora das condições de consumo, devido a fatores como a elevação das taxas de juros, o menor acesso ao crédito, a deterioração das perspectivas acerca do mercado de trabalho e a desaceleração do aumento da renda real.

    Sondagem do bimestre julho-agosto indica desaceleração dos investimentos

    A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã de hoje (12/09) a sondagem bimestral julho-agosto para os investimentos. O índice mensura, através de pesquisa junto a 819 empresas, a evolução dos investimentos nos últimos 12 meses, bem como a perspectiva para os próximos 12 meses, além da origem de seus recursos e o destino das inversões.

    Em relação ao quadro de investimentos nos últimos 12 meses, o número de empresas que expandiram as inversões diminuiu de 45% em abril-maio para 36% na última leitura. Já o número de empresas que afirmaram ter investido menos cresceu de 22% para 25%, no mesmo período de comparação. Na avaliação a respeito dos próximos 12 meses, o resultado apontou desaceleração dos investimentos, já que o número de empresas que planejam aumentar a capacidade produtiva declinou de 51% em abril-maio para 34% em julho-agosto.

    No que tange à origem dos recursos, a pesquisa mostrou que pelo 13º ano consecutivo as principais fontes foram os lucros e reservas das companhias, com participação de 65% no volume total, seguidos por empréstimos feitos no país, responsáveis por 28% do total.

    Por fim, em relação aos destinos, a pesquisa assinalou que a participação dos investimentos em Máquinas e Outros Equipamentos Nacionais aumentou de 39% em 2011 para 41% em 2012, enquanto a parcela das inversões de Máquinas e Outros Equipamentos Estrangeiros caiu de 19% para 17%. A categoria de Ampliação ou Reformas também apresentou movimento cadente (de 26% para 24%). Para 2013, os agentes preveem participação de 39% para Máquinas e Outros Equipamentos Nacionais, 23% para Ampliação ou Reformas e 17% para Máquinas e Outros Equipamentos Estrangeiros.

    Produção industrial da Zona do Euro registra forte queda em julho

    De acordo com os dados divulgados hoje (12/09) pela Eurostat, escritório de estatísticas da Zona do Euro, a produção industrial da região apresentou recuo de 1,5% em julho, já expurgadas as influências sazonais, a maior queda desde setembro de 2012. Em junho, o índice havia apresentado crescimento de 0,6%. Na comparação interanual, a produção também registrou forte declínio (2,1%) em julho de 2013. A leitura refletiu a demanda ainda fraca das famílias europeias e a instabilidade da recuperação econômica do bloco.

    Todas as categorias do setor industrial sofreram retração em julho. O principal recuo foi evidenciado na produção de bens de capital (-2,6%), devolvendo a alta registrada em junho (2,0%). A categoria de bens de consumo duráveis decresceu 2,2%, seguida por Energia (-1,6%), bens de consumo não duráveis (-0,9%) e bens intermediários (-0,7%).

    Dentre os países-membros da Zona do Euro, os maiores destaques negativos foram: Irlanda (de 9,3% em junho para -8,7% em julho), Malta (de 2,3% para -6,7%), Portugal (de -2,8% para -3,2%), Grécia (de 2,1% para -2,8%), Alemanha (de 2,2% para -2,3%) e França (de -1,5% para -0,6%). Em sentido oposto, Estônia (de -0,2% para 2,1%), Finlândia (de -1,2% para 2,0%) e Espanha (de -0,6% para 0,1%) foram os destaques positivos no mês de julho.

    EUA: nível de estoques do setor atacadista fica praticamente estável em julho

    Após três meses de queda, os estoques do setor atacadista dos Estados Unidos avançaram 0,1% na passagem de junho para julho, já descontadas as influências sazonais. O consenso de mercado previa expansão de 0,3% na margem. Na comparação com julho de 2012, o aumento foi de 2,2%. Os dados foram divulgados ontem (11/09) pelo Departamento do Comércio.

    O volume de vendas cresceu somente 0,1% no período, a menor taxa de expansão em sete meses. Com isso, a proporção entre estoques e vendas encerrou julho no nível de 1,17.

     
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