

Confiança do consumidor avança 1,0% em setembro
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado na manhã de hoje (24/09) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu 1,0% na passagem de agosto para setembro, vindo de 113,1 para 114,2 pontos, o maior resultado desde fevereiro, já expurgados os efeitos sazonais. O índice havia avançado 4,4% em agosto. Na comparação com setembro de 2012, o ICC registrou forte recuo (6,5%).
Após o período de manifestações populares, a recuperação da confiança dos consumidores foi influenciada, principalmente, pelo Índice da Situação Atual (ISA), que ascendeu 3,5% em setembro, ao alcançar 121,3 pontos. Entretanto, na comparação interanual, o indicador exibiu forte retração (11,3%), refletindo a grande perda da confiança na situação econômica neste ano. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, variou apenas 0,4% no período, chegando ao patamar de 110,8 pontos, sendo este o melhor resultado do ano. Na comparação com setembro de 2012, o IE declinou 3,5%.
O otimismo do ISA foi puxado pelo indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica presente, que ascendeu 4,5% em setembro, como reflexo da forte queda do número de indivíduos que julgam a situação presente como ruim. Já o IE foi impulsionado, sobretudo, pelo maior interesse nas compras de bens duráveis, bem como pela redução da parcela de consumidores que preveem menores compras.
A amostra para a pesquisa do ICC abrangeu 2.000 domicílios, localizados em sete capitais brasileiras, ao longo do período de 30 de agosto a 19 de setembro.
Balança comercial apresenta superávit de US$ 591 milhões na terceira semana de setembro
As exportações brasileiras totalizaram US$ 5,002 bilhões na terceira semana de setembro, ao passo que as importações somaram US$ 4,411 bilhões, ou seja, a última leitura evidenciou superávit de US$ 591 milhões. Considerando as três primeiras semanas de setembro, as exportações atingiram US$ 14,994 bilhões, e as importações chegaram a US$ 13,487 bilhões (saldo de US$ 1,507 bilhão). Os dados foram divulgados ontem (24/09) pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (MDIC).
No acumulado de setembro de 2013, contra igual período do ano anterior, a média diária das exportações recuou 5,0%, refletindo a queda de 14,4% nas vendas de produtos manufaturados (de US$ 393,8 milhões para US$ 337,8 milhões), tal como a contração de 4,8% nas exportações de semimanufaturados (de US$ 138,6 milhões para US$ 132,0 milhões).
Na mesma base de comparação, a média diária das importações registrou queda de 2,1%, ao passar de US$ 918,2 milhões para US$ 899,1 milhões, com destaque para os grupos de combustíveis e farmacêuticos, cujas importações diminuíram 22,8% e 3,0%, em termos respectivos.
No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 171,648 bilhões, e as importações somam US$ 173,910 bilhões, resultando no déficit de US$ 2,262 bilhões.
Receita Federal registra maior arrecadação para o mês de agosto
Segundo os dados divulgados ontem (23/09) pela Receita Federal, a arrecadação de agosto ficou 11,2% abaixo da apresentada em julho. A preços correntes, a arrecadação de agosto foi R$ 10,5 bilhões inferior à computada no mês passado, totalizando R$ 83,95 bilhões. No entanto, tal montante registrou um recorde para o oitavo mês do ano.
Para o acumulado de 2013, o valor das arrecadações chegou a R$ 729,63 bilhões, frente a R$ 723,90 bilhões no mesmo período do ano passado, um ganho real (ajustado pelo IPCA de agosto) de 0,79%. Já na comparação interanual mensal, a arrecadação de agosto de 2013 registrou alta de 2,68%.
Na análise por tipo de arrecadação, considerando a métrica interanual, os impostos sobre importação lideraram o aumento da entrada de divisas no mês de agosto, ao mostrarem elevação real de 10,30%. A arrecadação com a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) também exibiu forte crescimento, na ordem de 9,05%.
Em suma, a arrecadação federal segue fraca, tendo em vista o baixo crescimento da economia doméstica e o grande volume de desonerações fiscais praticadas nos últimos meses. Segundo a Receita Federal, a renúncia fiscal foi de praticamente R$ 51 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Vale lembrar que a meta almejada pela Receita Federal consiste no aumento de 3% das arrecadações em 2013.


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