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Informativo eletrônico - Edição 1311 Quarta-Feira, 02 de outubro de 2013
 
Prezado leitor,

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Economia Brasileira

  • Produção industrial fica estável em agosto
  • IPC-Fipe varia 0,25% em setembro
  • Balança comercial encerra setembro com superávit de US$ 2,1 bilhões

  • Produção industrial fica estável em agosto

    A produção industrial registrou estabilidade (0,0%) em agosto frente ao mês imediatamente anterior, quando mostrou recuo de 2,4% (revisão da queda de 2,0% divulgada anteriormente), já descontadas as influências sazonais. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) foram divulgados hoje (02/10) pelo IBGE.

    Na comparação interanual, o resultado de agosto de 2013 interrompeu uma trajetória de quatro meses de variações positivas, ao evidenciar queda de 1,2% frente a igual mês de 2012. No acumulado de janeiro a agosto, o setor industrial exibe ganho de 1,6%, resultado abaixo do apresentado junho e julho (2,0%). Para o acumulado em 12 meses, por sua vez, a indústria nacional mostrou expansão de 0,7%, o melhor resultado desde outubro de 2011, quando a elevação foi de 1,4%.

    A leitura de agosto mostrou predomínio de resultados positivos, já que 15 dos 27 ramos pesquisados mostraram avanço na margem. Os principais destaques foram alimentos (2,5%) e veículos automotores (1,7%), que atenuaram os recuos evidenciados no mês anterior (-1,3% e -7,6%, respectivamente). Além destes, máquinas e equipamentos (1,2%), vestuário e acessórios (7,2%), edição, impressão e reprodução de gravações (2,1%), metalurgia básica (1,0%) e mobiliário (1,0%) também registraram elevação em suas produções no mês de agosto. Por outro lado, dentre as atividades que contribuíram negativamente, vale destacar a indústria farmacêutica, que recuou 5,6% em agosto, acumulando, portanto, perda de 18,8% nos dois últimos meses. Ademais, também vale citar as quedas observadas nas atividades de bebidas (-3,1%), outros equipamentos de transporte (-3,7%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-5,1%) e fumo (-7,7%).

    Três das quatro categorias de uso mostraram aumento da produção em agosto, sendo estas: bens de consumo duráveis (0,2%), bens intermediários (0,6%) e bens de capital (2,6%), cujo crescimento foi insuficiente para anular a forte queda do mês anterior (-4,7%). Por outro lado, a categoria de bens de consumo semi e não duráveis registrou o segundo resultado negativo consecutivo, ao recuar 0,3% em agosto, acumulado perda de 2,1% nos dois últimos meses.

    Na base interanual, a produção industrial declinou 1,2% em agosto, com predomínio de resultados negativos tanto nas categorias de uso como nas atividades analisadas, com ressalva para o menor número de dias úteis em agosto de 2013 (22 contra 23). A retração foi bastante disseminada nas atividades industriais, ao atingir 18 dos 27 ramos. A indústria farmacêutica, que exibiu queda de 22,0%, exerceu a maior influência negativa para o resultado global nesta base de comparação, devido à redução da produção de aproximadamente 65% dos seus produtos. Além desta, as atividades de fumo (-30,3%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-8,8%), bebidas (-6,6%), edição, impressão e reprodução de gravações (-6,5%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-6,2%), outros produtos químicos (-2,1%), indústrias extrativas (-2,0%) e alimentos (-1,8%) também evidenciaram quedas relevantes no período. Em sentido contrário, as atividades de máquinas e equipamentos (9,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (7,4%) tiveram forte avanço em agosto de 2013.

    Na mesma métrica de comparação interanual, três das quatro categorias de uso mostraram variações negativas na última leitura. A categoria de bens de consumo duráveis (-6,3%) registrou a queda de maior magnitude desde maio de 2012, tendo em vista os efeitos da gradual retomada do IPI da linha branca. As categorias de bens intermediários (-2,0%) e bens de consumo semi e não duráveis (-1,6%) também recuaram em agosto, enquanto a categoria de bens de capital (11,8%) marcou o oitavo resultado positivo consecutivo.

    Em suma, a estabilidade da produção física em agosto reforça o quadro de enfraquecimento da atividade industrial no terceiro trimestre, haja vista a forte retração observada em julho. Além dos níveis deprimidos da confiança do empresariado, há indícios de estoques elevados na indústria, o que deve contribuir para a continuidade do cenário de baixo dinamismo do setor nos próximos meses.

    IPC-Fipe varia 0,25% em setembro

    O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mensura a inflação paulistana, divulgou hoje (02/10) as informações referentes ao resultado final de setembro. O índice registrou aceleração, ao variar 0,25%, taxa superior à verificada em agosto (0,22%).

    Dentre as sete classes de despesa que compõem o IPC-Fipe, duas evidenciaram forte crescimento na passagem de agosto para setembro, sendo elas: Transporte (de -0,11% para 0,12%) e Vestuário (de -0,60% para 1,11%), que impactou o índice geral em 0,05 p.p.. Já as classes Saúde (de 0,83% para 0,72%), Despesas Pessoais (de 0,63% para 0,24%) e Habitação (de 0,44% para 0,28%) desaceleraram na margem, sendo que a última exerceu o maior impacto positivo sobre o resultado global (0,08 p.p.).

    Por fim, a classe Alimentação (de -0,02% para -0,01%) apresentou menor ritmo de queda em setembro, ao passo que a de Educação (0,09%) repetiu a taxa de variação aferida em agosto.

    Balança comercial encerra setembro com superávit de US$ 2,1 bilhões

    A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,1 bilhões em setembro, após apresentar saldo positivo de US$ 1,2 bilhão no mês imediatamente anterior. As exportações totais cresceram 8,0% em setembro de 2013, em relação a idêntico mês do ano anterior, somando US$ 21,0 bilhões, com destaque para as vendas de petróleo, que chegaram a US$ 1,5 bilhão. Vale ressaltar que nos oito primeiros meses do ano as exportações da commodity recuaram 50,0% na base interanual.

    A média das exportações por dia útil apresentou queda de 5,0% em setembro de 2013 frente a igual mês de 2012, ao passar de US$ 1,05 bilhão para US$ 999,8 milhões, com destaque para a retração de 11,0% nas vendas externas de produtos manufaturados e de 8,2% para os produtos semimanufaturados. Já as exportações de produtos básicos, cujas remessas totalizaram US$ 10,5 bilhões, apresentaram aumento de 0,4% na mesma métrica, com destaque para a elevação de 65,9% das vendas de soja em grão, bem como os aumentos para farelo de soja (8,4%), carne bovina (7,9%) e minério de ferro (3,8%).

    As importações somaram US$ 18,8 bilhões em setembro de 2013, com a média por dia útil cedendo 2,2% ante o mesmo mês de 2012, com destaque para os bens de capital, cujo recuo de 7,2% refletiu a desvalorização cambial e a produção industrial em ritmo fraco, além de combustíveis e lubrificantes (-3,4%) e bens de consumo (-2,6%).

    O desempenho positivo da balança comercial em setembro permitiu que o déficit no acumulado do ano decrescesse de US$ 3,7 bilhões em agosto para US$ 1,6 bilhão no mês seguinte. No entanto, o resultado para o mês foi o pior desde 1998, quando o déficit acumulado era de US$ 3,6 bilhões. Cabe ressaltar que parcela considerável do saldo negativo deste ano decorreu da contabilização atrasada de importações da conta petróleo efetuadas no ano passado (US$ 4,6 bilhões).

     
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