

Perspectiva para o mercado de trabalho nos próximos meses é de gradual piora
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) divulgado hoje (11/10) pela Fundação Getúlio Vargas ficou praticamente estável em setembro, com avanço de 0,1% ante o mês imediatamente anterior, após ajuste sazonal, indicando que a tendência de arrefecimento no ritmo de contratações ainda persiste.
O IAEmp havia apresentado expansão de 2,6% em agosto e queda em 5,7% em julho, já expurgados os efeitos sazonais. Os componentes do indicador que buscam anteceder o comportamento do mercado de trabalho apresentaram movimentos compensatórios, já que a esperança do consumidor de encontrar emprego cresceu 4,3%, ao passo que a disposição dos empresários em contratar recuou 1,1%.
A FGV também divulgou o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que visa monitorar os movimentos do mercado de trabalho com base na Sondagem de Expectativas do Consumidor. O ICD cresceu de 0,5% em setembro, na série com ajuste sazonal, mostrando moderação após fortes variações em julho e agosto, quando registrou alta de 7,2% e contração de 2,3%, em termos respectivos. O aumento do indicador foi impulsionado pela percepção dos consumidores com renda familiar até R$ 2,100 e entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, haja vista as elevações de 0,7% e 0,8%, respectivamente.
Emprego industrial registra queda em agosto
A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), divulgada ontem (10/10) pelo IBGE, mostrou resultado negativo tanto na variável de pessoal ocupado (-1,3%) quanto em horas pagas (-1,4%), na comparação de agosto de 2013 com igual mês de 2012.
O emprego na indústria de transformação sofreu redução de 0,6% em agosto ante julho, na série dessazonalizada. Com isso, os primeiros oito meses do ano acumulam queda de 0,9%, frente ao mesmo período do ano passado. Em relação a agosto de 2012, o emprego industrial apresentou queda de 1,3%, o vigésimo terceiro resultado negativo consecutivo nesta comparação. A última leitura evidenciou variações negativas em 12 dos 17 setores, com destaque para: produtos de metal (-4,6%); máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%); calçados e couro (-4,7%); máquinas e equipamentos (-2,9%); produtos têxteis (-4,4%), outros produtos da indústria de transformação (-3,6%); madeira (-5,7%); refino de petróleo e produção de álcool (-5,1%) e minerais não metálicos (-2,1%).
No que se refere ao total de horas pagas, houve queda marginal em 1,3% na indústria de transformação em agosto, já considerados os ajustes sazonais. Entretanto, os primeiros oito meses de 2013 acumularam um aumento de 2,2% em relação a igual período do ano passado.
No estado de São Paulo, em agosto, a indústria de transformação apresentou queda de 0,9% no número de pessoas ocupadas, enquanto que o total de horas pagas recuou 1,0%, sendo ambos os resultados na base de comparação interanual.


PMI da Indústria de Transformação da China avança em setembro
O NBS (National Bureau of Statistics of China) divulgou na última terça-feira (08/10) o PMI (Índice de Gerentes de Compras) da Indústria de Transformação da China referente a setembro. De acordo com a instituição, o PMI do setor, após três meses consecutivos de forte avanço, ficou praticamente estável na última leitura, ao passar de 51,0 para 51,1 pontos, consolidando-se acima de 50,0 pontos desde setembro de 2012. Vale lembrar que valores acima de 50,0 pontos indicam expansão da atividade, ao passo que abaixo deste patamar indicam retração da atividade.
A aceleração do indicador na margem refletiu o avanço de quatro dos cinco grupos compreendidos pelo PMI. O índice de produção passou de 52,6 para 52,9 pontos entre agosto e setembro. Já o índice que mensura o fluxo de novas encomendas saltou de 52,4 pontos para 52,8 pontos, devido ao aumento de novos pedidos para exportação. O componente de estoque de matéria prima ascendeu de 48,0 para 48,5 pontos, ainda abaixo do patamar de neutralidade. O grupo que avalia o tempo de entrega teve ganho de 0,4 pontos em relação ao dado anterior e, por fim, o índice de emprego exibiu retração de 0,2 ponto em setembro, ao atingir 49,1 pontos.
Ainda na terça-feira, o NBS divulgou forte avanço do PMI de produtos não manufaturados, cujo índice passou de 53,9 para 55,4 pontos entre agosto e setembro, puxado especialmente pelo quesito que mede novos pedidos (de 50,9 para 53,4 pontos). Por outro lado, o item de expectativas nos negócios recuou no período (de 62,9 para 60,1 pontos).



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