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Informativo eletrônico - Edição 1333 Sexta-Feira, 01 de novembro de 2013
 
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Economia Brasileira

  • Produção industrial recua 1,4% no terceiro trimestre
  • IPC-S fecha outubro com alta de 0,55%

    Economia Internacional

  • PMI industrial da China cresce pelo quarto mês consecutivo

    Agenda Semanal

  • Produção industrial recua 1,4% no terceiro trimestre

    A produção industrial cresceu 0,7% em setembro frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais, após ter registrado estabilidade (0,0%) em agosto e expressiva queda (-2,4%) em julho. Com isso, o setor encerrou o terceiro trimestre com contração de 1,4% na margem. O resultado frustrou o mercado, cujo consenso apontava para expansão de 1,3% em setembro.

    Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria nacional expandiu em 2,0% em setembro de 2013. No entanto, vale a pena ressaltar que setembro deste ano teve dois dias úteis a mais que o mesmo mês de 2012 (21 contra 19 dias). A expansão sucedeu a queda de 1,2% aferida em agosto, que interrompeu quatro meses consecutivos de elevação. No acumulado de 12 meses encerrado em setembro, o setor industrial mostra ganho de 1,1%, o melhor resultado desde outubro de 2011 (1,4%).

    A produção industrial mostrou perfil de crescimento pouco disseminado em setembro, tendo em vista que apenas 13 dos 27 segmentos pesquisados evidenciaram alta, com destaque para a atividade de veículos automotores (6,7%), que exerceu o maior impacto positivo sobre o resultado global do mês. Entretanto, tal segmento pesou negativamente no terceiro trimestre, ao registrar queda de 4,6%.

    Dentre os demais segmentos, cabe destacar a influência altista de: equipamentos de transporte (8,6%), outros produtos químicos (2,7%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (8,4%), farmacêutica (2,5%), produtos de metal (1,4%) e indústrias extrativas (0,8%). Em contrapartida, as variações negativas mais expressivas vieram de: edição, impressão e reprodução de gravações (-12,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,5%), vestuário e acessórios (-10,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%).

    No que diz respeito às categorias de uso, bens de capital avançou 4,0% entre agosto e setembro, na série dessazonalizada, e assinalou a segunda alta consecutiva. Por sua vez, os bens de consumo duráveis cresceram 2,6%, acelerando frente à elevação de 0,6% da última leitura. A categoria de bens intermediários mostrou estabilidade (0,0%) em setembro, ao passo que a produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis revelou retração de 0,2%.

    Na comparação com idêntico mês do ano anterior, a expansão da produção industrial foi disseminada, já que 19 das 27 atividades exibiram variações positivas. Dentre os segmentos, cabe destacar as elevações de máquinas e equipamentos (17,9%) e de veículos automotores (11,6%), que exerceram os maiores impactos altistas no período. Por outro lado, as atividades de impressão e reprodução de gravações (-22,2%), farmacêutica (-20,4%) e bebidas (-6,5%) exerceram as principais influências negativas sobre a média global.

    Ainda na comparação interanual, em relação às categorias de uso, o crescimento de 24,1% de bens de capital foi o grande destaque da última divulgação, assinalando a nona alta consecutiva de dois dígitos em tal métrica. A categoria foi bastante influenciada pelo desempenho dos bens de capital para equipamentos de transporte, que registraram expansão de 23,8%. Os demais grupamentos também mostraram ganho: para construção (78,9%), para uso misto (14,5%), para fins industriais (18,7%), agrícolas (32,2%) e para energia elétrica (3,4%). As categorias de bens de consumo duráveis (1,5%) e bens intermediários (0,4%) apresentaram elevações mais modestas, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis contraiu 1,6%.

    Portanto, o crescimento da produção industrial em setembro foi menor do que o esperado e teve perfil de baixa disseminação entre as classes de atividade. Ademais, o setor exibiu queda entre o segundo e o terceiro trimestres, corroborando o prognóstico de retração do Produto Interno Bruto entre julho e setembro.

    IPC-S fecha outubro com alta de 0,55%

    O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) voltou a acelerar na última semana de outubro, dada a taxa de variação de 0,55%, superior à apresentada na semana anterior (0,49%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (01/11) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado foi maior do que o evidenciado na leitura final de setembro, quando o índice apresentou alta de 0,30%. Para o ano, o IPC-S acumula ganho de 4,20%, enquanto que no acumulado em doze meses avança 5,36%.

    Seis das oito classes de despesas que compõem o índice puxaram a aceleração registrada na última semana analisada. O grupo Alimentação (de 0,79% para 0,93%) foi o principal destaque positivo, refletindo o avanço nos preços das hortaliças e legumes. Além deste, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,43% para 0,57%), Despesas Diversas (de 0,14% para 0,25%), Comunicação (de 0,38% para 0,47%), Habitação (de 0,57% para 0,58%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,49% para 0,50%) também registraram acréscimos em suas taxas de variação. Por outro lado, Transportes (de 0,02% para -0,01%) e Vestuário (de 0,75% para 0,72%) mostraram desaceleração.

    Em suma, os itens que mais influenciaram positivamente a alta do IPC-S em outubro foram: Tomate (24,76%), Aluguel residencial (0,80%), Refeições em bares e restaurantes (0,44%), Plano e seguro de saúde (0,67%) e Mexerica (34,80%). Em contrapartida, os itens que mostraram as quedas mais expressivas foram: Gasolina (-0,63%), Leite tipo longa vida (-1,80%), Cebola (-17,40%), Manga (-20,51%) e Mamão papaya (-10,69%).

    PMI industrial da China cresce pelo quarto mês consecutivo

    Em outubro, o PMI (Índice de Gerentes de Compras) da indústria chinesa chegou a 51,4 pontos, aumento de 0,3 ponto em relação a setembro. O resultado assinalou o quarto avanço consecutivo na margem, reforçando o bom desempenho do setor industrial da China nos últimos meses. Os dados foram divulgados ontem à noite (31/10) pelo NBS (National Bureau Of Statistics of China).

    O resultado do mês foi impulsionado pelo Índice de Produção (de 52,9 para 54,4 pontos), que registrou a quarta alta seguida. De forma contrária, o Índice de Estoques de Produtos Finais diminuiu 1,8 ponto, regressando ao patamar de 45,6 pontos.

    Os dados do NBS reforçam o movimento altista do PMI industrial divulgado pelo Markit/HSBC, que saltou de 50,2 pontos em setembro para 50,9 pontos em outubro, atingindo o maior nível em sete meses.

     
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