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Informativo eletrônico - Edição 1353 Terça-Feira, 03 de dezembro de 2013
 
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Economia Brasileira

  • PIB recua 0,5% no terceiro trimestre
  • Balança comercial registra superávit de US$ 1,74 bilhão em novembro

  • PIB recua 0,5% no terceiro trimestre

    Conforme divulgado na manhã de hoje (03/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB a preços de mercado mostrou recuo de 0,5% no terceiro trimestre de 2013, na comparação com o período imediatamente anterior, após ajuste sazonal. O resultado do PIB veio um pouco abaixo das expectativas do Depecon/Fiesp e do consenso de mercado, que apontavam para contração de 0,3% e 0,2% na margem, respectivamente.

    A queda do PIB no terceiro trimestre sucedeu o crescimento de 1,8% no período de abril a junho. A propósito, vale destacar as revisões acerca dos resultados dos dois primeiros trimestres de 2013: de 0,6% para 0,0% entre janeiro e março e de 1,5% para 1,8% nos três meses seguintes. Ademais, a expansão da economia brasileira em 2012 foi revisada ligeiramente para cima, de 0,9% para 1,0%, refletindo a inclusão da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) aos cálculos das Contas Nacionais do IBGE.

    Pela ótica da oferta, a Agropecuária mostrou retração de 3,5% entre julho e setembro, na série dessazonalizada, após ter apresentado expressiva expansão no primeiro semestre. É importante destacar a revisão baixista sofrida pelo setor primário quanto ao resultado do primeiro trimestre de 2013, de 9,4% para 5,8%. Em relação ao segundo trimestre do ano, a alta foi revisada de 3,9% para 4,2%.

    Por sua vez, a Indústria ficou praticamente estável no terceiro trimestre, ao variar 0,1%, após ter subido 2,2% no período imediatamente anterior (dado anterior: +2,0%). Dentre os subsetores industriais, apenas a Indústria Extrativa registrou melhor resultado no terceiro trimestre, ao passar de 1,4% para 2,9%, já expurgados os efeitos sazonais, ao passo que Eletricidade e gás, esgoto e limpeza urbana registrou alta de 0,9%, repetindo a taxa observada entre abril e junho. Já a Construção Civil teve variação negativa de 0,3%, anotando o pior resultado desde o segundo trimestre de 2012, após ganho de 2,6% nos três meses anteriores. Por fim, a Indústria de Transformação sofreu contração de 0,4% na margem, após ter revelado alta de 2,1%.

    Ainda pela ótica da oferta, o PIB de Serviços desacelerou fortemente de 0,8% para 0,1% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2013. Em relação às atividades do setor terciário, cabe destacar algumas expressivas revisões realizadas sobre os resultados dos dois primeiros trimestres do ano. Como exemplo, a atividade de Transporte, armazenagem e correio, que havia registrado recuo de 0,6% no primeiro trimestre, teve o resultado deste período revisado para -2,8%. Já o resultado de Serviços de informação entre janeiro e março foi revisado de 0,3% para -1,2%.

    No que tange aos resultados para o setor de Serviços no terceiro trimestre propriamente dito, as atividades de Administração, saúde e educação pública (0,8%) e Transporte, armazenagem e correio (0,8%) foram os principais destaques positivos. As demais atividades evidenciaram resultados variados, mas todos piores em relação aos observados no trimestre imediatamente anterior: Serviços de informação (de 2,3% para 0,7%), Comércio (de 1,6% para 0,0%), Intermediação financeira e seguros (de 0,5% para -0,2%), Serviços imobiliários e aluguel (de 1,0% para -0,2%) e Outros serviços (de 1,0% para -0,4%).

    Pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) declinou 2,2% entre julho e setembro, após registrar forte crescimento nos dois primeiros trimestre do ano (4,2% e 3,6%, respectivamente), em linha com o prognóstico de arrefecimento dos investimentos no segundo semestre de 2013. De forma contrária, o consumo da administração pública expandiu em 1,2% no terceiro trimestre, acelerando frente à alta de 0,5% do período anterior, movimento similar ao apresentado pelo consumo das famílias, cuja taxa de variação passou de 0,3% para 1,0%.

    A queda das exportações em 1,4% entre julho e setembro não devolveu o avanço aferido nos três meses anteriores (6,8%). Já as importações de bens e serviços, após mostrarem elevação nas três últimas leituras – com destaque para a alta de 5,4% no primeiro trimestre do ano –, recuaram em 0,1% no terceiro trimestre.

    Na comparação do terceiro trimestre de 2013 com idêntico período de 2012, o PIB a preços de mercado registrou crescimento de 2,2%. Nesta base de comparação, o setor de Serviços foi o destaque, ao apresentar expansão de 2,2%, apesar da desaceleração em relação ao resultado do período anterior (2,4%). A Indústria mostrou ganho de 1,9% na base interanual, após alta de 2,7% no segundo trimestre deste ano. Por sua vez, a Agropecuária evidenciou recuo de 1,0%, após expressivas altas de 13,2% no primeiro trimestre e de 11,6% nos três meses seguintes.

    Pela ótica da demanda, as importações registraram aumento de 13,7% na comparação do terceiro trimestre de 2013 contra igual período de 2012, refletindo especialmente a maior entrada de produtos da indústria automotiva, produtos químicos e refino de petróleo. Cabe destacar ainda a alta da Formação Bruta de Capital Fixo (7,3%), que anotou o terceiro resultado positivo consecutivo nessa métrica.

    No acumulado de 2013, em relação ao mesmo período de 2012, o PIB a preços de mercado mostra alta de 2,4%. Já o acumulado dos últimos quatro trimestres explicita elevação de 2,3%.

    Por fim, vale a pena salientar as alterações dos resultados de 2012. O PIB do ano passado teve seu crescimento revisado para 1,0%, ante 0,9%. Pela ótica da oferta, a revisão foi puxada pela maior expansão do setor de Serviços (de 1,7% para 1,9%), e pela menor queda da Agropecuária (de -2,3% para -2,1%), enquanto que a Indústria seguiu com retração de 0,8% no ano. Pela ótica da demanda, apenas os componentes Despesas de Consumo das Famílias (de 3,1% para 3,2%) e Despesas de Consumo do Governo (de 3,2% para 3,3%) sofreram revisões.

    Balança comercial registra superávit de US$ 1,74 bilhão em novembro

    Em novembro, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,74 bilhão, expressivo acréscimo diante do déficit de 224,0 milhões observado em outubro, assinalando o melhor resultado para o mês desde 2007, quando o saldo comercial foi de US$ 2,02 bilhões. O superávit refletiu a desaceleração das importações (de US$ 23,0 bilhões para US$ 19,1 bilhões) em ritmo mais intenso frente às exportações, que passaram de US$ 22,8 bilhões para US$ 20,8 bilhões. Em novembro de 2012, o saldo comercial foi negativo em US$ 193 milhões, com as importações em US$ 21,7 bilhões e as exportações em US$ 20,1 bilhões. Os dados foram divulgados ontem (02/12) pelo Mdic.

    A venda de produtos manufaturados apresentou ligeiro aumento na comparação de novembro de 2013 com idêntico período do ano anterior, ao passar de US$ 8,618 bilhões para US$ 8,779 bilhões, enquanto que os produtos básicos tiveram ligeiro decréscimo, de US$ 9,241 bilhões para US$ 9,129 bilhões. Em relação às importações, o destaque partiu da categoria de combustíveis e lubrificantes, cujo volume recuou de US$ 4,658 bilhões para US$ 2,967 bilhões.

    A média diária das exportações em novembro foi de US$ 1,043 bilhão, nível 1,9% superior na comparação com igual período do ano anterior. Na mesma métrica, as importações (US$ 1,0 bilhão) apresentaram recuo de 7,5%.

    No acumulado de janeiro a novembro, a balança comercial evidencia déficit de US$ 89,0 milhões, o maior saldo negativo desde 2000 (US$ 519,9 milhões). A propósito, o saldo comercial estava em US$ 17,5 bilhões em igual período do ano passado.

     
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