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Informativo eletrônico - Edição 1356 Sexta-Feira, 06 de dezembro de 2013
 
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Economia Brasileira

  • IPCA registra ligeira desaceleração em novembro
  • IGP-DI volta a desacelerar
  • ANFAVEA: Produção de veículos mostra nova queda

    Economia Internacional

  • Estados Unidos: economia acelera no terceiro trimestre

    Agenda

  • IPCA registra ligeira desaceleração em novembro

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) mostrou avanço de 0,54% em novembro, registrando uma ligeira desaceleração frente à variação de 0,57% em outubro. No acumulado de 12 meses, o IPCA exibe alta de 5,77%, seguindo acima do centro da meta de inflação (4,50%). Já o índice acumulado do ano até novembro revela elevação de 4,77%, nível inferior ao de idêntico período de 2012, quando o IPCA mostrava aumento de 5,01%.

    Dentre as classes de despesas, Alimentação e Bebidas apresentou forte desaceleração em novembro (de 1,03% para 0,56%). Enquanto em outubro tal grupo contribuiu com 0,25 ponto percentual sobre a formação da taxa global, em novembro o impacto foi reduzido para 0,14 p.p., refletindo o comportamento de itens como arroz (de -0,16% para -1,04%) e feijão-preto (de 0,56% para -1,04%).

    Em contrapartida, o grupo Habitação acelerou de 0,56% para 0,69% no mês passado, exercendo a segunda maior contribuição sobre o resultado geral, na ordem de 0,10 p.p. O aumento deveu-se principalmente ao avanço de 1,63% do item de energia elétrica. Por sua vez, o grupo Transporte (de 0,17% para 0,36%) impactou o IPCA em 0,07 p.p., com destaque para a elevação do item passagens aéreas (6,52%).

    Outros três grupos também aceleraram em novembro: Vestuário (de 1,13% para 0,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,41%), Despesas Pessoais (de 0,43% para 0,87%) e Comunicação (de 0,08% para 0,40%). De forma contrária, Artigos de Residência (de 0,81% para 0,38%) e Educação (de 0,09% para 0,08%) desaceleraram.

    Por fim, dentre os índices regionais, Fortaleza apresentou a maior taxa de variação em novembro (0,99%), refletindo especialmente o aumento dos preços de Alimentação e Bebidas (1,08%). Já o menor índice foi o de Salvador (0,39%). A cidade de São Paulo, que detém o maior peso dentre as regiões, exibiu crescimento de 0,45% no mês passado, taxa inferior à observada em outubro (0,69%).

    IGP-DI volta a desacelerar

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve elevação de 0,28% em novembro, desacelerando em relação à alta de 0,63% da leitura anterior. O resultado foi puxado pelo menor aumento dos preços no atacado, já que os preços do varejo e da construção aceleraram no período. O índice acumula alta de 4,80% no ano, enquanto o acumulado de doze meses exibe expansão de 5,49%. Os dados foram divulgados hoje (06/12) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – corresponde a 60% do IGP-DI – desacelerou de 0,71% em outubro para 0,12% em novembro. Na abertura por estágio de processamento, o IPA refletiu a forte queda na categoria de Bens Intermediários, cuja taxa passou de 0,11% para -0,27%, impulsionada pela queda nos preços dos materiais e componentes para a manufatura, que declinou de 0,22% para -0,34%. Já a categoria de Matérias-Primas Brutas variou 0,60%, ante 1,69% em outubro. Os principais itens responsáveis por tal desaceleração foram: minério de ferro (de 5,78% para 1,04%), aves (de 2,32% para -6,21%) e bovinos (de 3,31% para 0,18%). Por sua vez, a categoria de Bens Finais desacelerou de 0,50% para 0,10%, refletindo o menor aumento dos preços de alimentos processados (de 1,30% para 0,53%).

    Na abertura por origem, a categoria de produtos agropecuários (que correspondem a 16% do IGP-DI) avançou 0,20% em novembro, após ter expandido em 0,42% no mês anterior. Já a inflação de produtos industriais (que correspondem a 44% do IGP-DI) recuou de 0,83% para 0,09% na última avaliação.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – responde por 30% do IGP-DI – registrou nova aceleração em novembro, ao variar 0,68%, ante a elevação de 0,55% em outubro. Seis das oito classes de despesas tiveram acréscimos na margem, sendo elas: Habitação (de 0,58% para 0,82%), Vestuário (de 0,72% para 0,87%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para 0,55%), Transporte (de -0,01 % para 0,11%), Despesas Diversas (de 0,25% para 1,22%) e Comunicação (de 0,47% para 0,91%). Por outro lado, os grupos Alimentação e Bebidas (de 0,93% para 0,92%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para 0,46%) exibiram leves decréscimos mês passado.

    Por fim, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) - corresponde a 30% do IGP-DI – teve elevação de 0,35% na última leitura, acima da alta de 0,26% em outubro. Tal resultado refletiu especialmente a aceleração do Custo da Mão de Obra, de 0,0% para 0,45%, já que o grupo Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,91% para 0,55%.

    ANFAVEA: Produção de veículos mostra nova queda

    De acordo com os dados divulgados ontem (05/12) pela ANFAVEA, a produção total de veículos (exceto máquinas agrícolas) caiu 4,3% entre outubro e novembro, após ajuste sazonal, atingindo o volume de 295.369 unidades produzidas. Tal resultado, somado à expressiva queda de 8,3% observada na última leitura, indica uma forte contração da produção de veículos no quarto trimestre de 2013. Na comparação com idêntico mês de 2012, a produção total revelou declínio de 6,7%, enquanto que o acumulado do ano mostrou crescimento de 12,1%.

    Dentre as categorias, os caminhões se destacaram, com contração de 19,8% na margem, já descontadas as influências sazonais. O grupamento de comerciais leves recuou 14,3% em novembro, anotando a terceira diminuição consecutiva, ao passo que o de automóveis variou -1,2%. Em sentido oposto, a produção de ônibus avançou 9,1% na leitura de novembro, após leve contração no mês imediatamente anterior.

    Em relação às vendas, o mês de novembro registrou alta de 0,7% (308.198 unidades, incluindo importados), já descontados os efeitos sazonais, com destaque para a elevação de 3,5% da categoria de comerciais leves. As demais categorias apresentaram queda na margem: caminhões (-1,7%), automóveis (-1,1%) e ônibus (-0,1%). Na comparação interanual, as vendas totais caíram 2,7% em novembro de 2013.

    Por fim, após ter decrescido 12,7% na leitura de outubro, o número de veículos exportados (exceto máquinas agrícolas) registrou recuou de 5,5% em novembro, totalizando 43.063 unidades, após ajuste sazonal, como reflexo da forte queda na demanda externa por comerciais leves (-32,7%). As exportações de ônibus (23,7%) e caminhões (2,9%) expandiram em novembro, sendo que a primeira categoria recuperou a queda de 12,7% aferida em outubro. Ademais, após ter acumulado estoques nos últimos três meses, o setor de veículos evidenciou ajuste de 4,8% em novembro, segundo a ANFAVEA.

    Estados Unidos: economia acelera no terceiro trimestre

    A segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos mostrou crescimento de 3,6% no terceiro trimestre (em termos anualizados) ante o período imediatamente anterior, na série dessazonalizada. Tal crescimento superou o resultado prévio de 2,8%, bem como surpreendeu positivamente o mercado, que projetava alta de 3,0%. O dado foi divulgado ontem (06/12) pelo Departamento do Comércio, e mostrou aceleração perante o segundo trimestre (2,8%), e também o maior ritmo de expansão desde o período de janeiro a março de 2012 (3,7%).

    O crescimento da economia norte-americana no terceiro trimestre foi impulsionado pelo acúmulo de estoques, dado o incremento de US$ 116,5 bilhões, o maior desde o primeiro trimestre de 1998, impactando em 1,68 ponto percentual a expansão do PIB. De maneira distinta, o consumo avançou 1,4%, assinalando a elevação mais fraca em quatro anos.

    O grande aumento dos estoques, aliado à paralisação de 18 dias dos serviços públicos não essenciais em outubro, reforça a perspectiva de desaceleração do PIB no quarto trimestre.

     
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