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Confiança do empresário industrial volta a recuar no início do ano, aponta CNI
A CNI - Confederação Nacional da Indústria divulgou ontem (22/01) os dados referentes ao Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). De acordo com o relatório oficial, o índice voltou a recuar no mês de janeiro, atingindo o menor valor desde julho de 2009 - desconsiderando os meses de julho e agosto de 2013 devido às manifestações populares. O ICEI passou de 54,3 para 53,1 pontos na última leitura, registrando queda de 1,2 ponto na margem, e perda de 3,6 pontos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O resultado foi puxado tanto pelo índice que mede as expectativas para os próximos seis meses, que recuou ao patamar de 57,2 pontos (ante 58,0 pontos na leitura precedente), quanto pelo indicador que mensura a sensação do empresário em relação às condições atuais, que passou de 46,8 para 45,0 pontos, ficando pelo décimo terceiro mês seguido abaixo da linha de expansão. Na comparação interanual, os índices mostraram contrações de 3,7 e 3,6 pontos, respectivamente.
Por fim, os dados para São Paulo apresentaram resultado ainda pior, já que o ICEI-SP regressou à marca de 47,6 pontos em janeiro, após ter registrado 48,8 pontos em dezembro, permanecendo pelo quarto mês consecutivo abaixo da linha de neutralidade, e exibindo perdas em todos os portes avaliados.
IPCA-15 desacelera em janeiro
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15, divulgado pelo IBGE na manhã de hoje (23/01), variou 0,67% em janeiro de 2014, o que representou uma pequena desaceleração em relação a dezembro de 2013, quando exibiu alta de 0,75%. O IPCA-15 subiu 0,88% em janeiro de 2013. Por sua vez, o índice acumulado em 12 meses evidencia aumento de 5,67%.
O grande responsável para a desaceleração do IPCA-15 foi o grupo de Transportes, cuja taxa passou de 1,17% no mês passado para 0,43% em janeiro, devido especialmente à diminuição dos preços das passagens aéreas (-16,32%). Os grupos de Habitação (de 0,59% para 0,58%), Vestuário (de 0,78% para 0,59%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,46% para 0,41%), Artigos de Residência (de 0,57% para 0,49%) e Comunicação (de 0,92% para -0,02%) também contribuíram com a perda de ritmo do indicador geral. Por outro lado, os grupos de Alimentação e Bebidas (de 0,59% para 0,96%), Despesas Pessoais (de 1,18% para 1,31%) e Educação (de 0,00% para 0,50%) aceleraram no período, com grande impacto advindo do item de mensalidade escolares.
Em termos regionais, as maiores elevações foram observadas em Recife (de 0,65% para 1,06%), Salvador (de 0,86% para 0,99%) e São Paulo (de 0,69% para 0,71%). Já as menores taxas foram computadas em Belém (de 0,65% para 0,48%), Fortaleza (de 1,01% para 0,47%) e Brasília (de 0,91% para 0,03%). Considerando o acumulado em 12 meses, o maior e o menor índice são de Recife (6,99%) e Salvador (4,80%), respectivamente.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro a 15 de janeiro, e comparados com aqueles obtidos entre 12 de novembro e 12 de dezembro.
PMI Industrial da China sofre contração em janeiro
A prévia do Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) da indústria de transformação da China, divulgada ontem (22/01) pelo instituto Markit, mostrou contração entre dezembro e janeiro, ao passar de 50,5 para 49,6 pontos, e atingiu o pior nível desde julho de 2013.
O recuo no componente de novos pedidos (de 51,6 para 49,8 pontos) foi o grande responsável para o declínio do índice geral, influenciado principalmente pelo arrefecimento das condições da demanda interna, dada a política de aperto monetário do governo chinês.
Os outros componentes também indicaram menor dinamismo da demanda doméstica. O componente de estoque de produtos acabados subiu de 49,5 para 51,3 pontos, sinalizando maior acúmulo. Já o componente de produção caiu ligeiramente de 51,4 para 51,3 pontos. Destaque negativo também para o item de emprego, que passou de 48,7 para 47,8 pontos.
PMI da Zona do Euro mostra gradual recuperação
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da Zona do Euro registrou 53,2 pontos em janeiro, ante 52,1 pontos em dezembro de 2013, alcançando assim o maior nível desde junho de 2011, conforme divulgado pelo instituto Markit na manhã de hoje (23/01). Já o PMI do setor manufatureiro exibiu o maior patamar desde maio de 2011, chegando a 53,9 pontos, contra 52,7 pontos no mês imediatamente anterior, reforçando assim a gradual recuperação da atividade econômica na Zona do Euro. Por sua vez, o PMI de serviços mostrou uma pequena recuperação, registrando 51,9 pontos nesse mês, ante 51,0 pontos em dezembro, evidenciando que o setor do serviços na Zona do Euro permanece com baixo dinamismo.
O PMI composto da França registrou 48,5 pontos em janeiro de 2014, após ter apresentado 47,3 pontos no mês imediatamente anterior, permanecendo abaixo da linha de neutralidade, o que indica a fragilidade da sua economia. Já o PMI composto da Alemanha ascendeu de 55,0 para 55,9 pontos, reforçando a recuperação mais sólida da atividade econômica. Sobre tais países, o Economista-Chefe do instituto Markit, Chris Williamson afirma: "A disparidade de crescimento ainda é uma preocupação persistente. Vemos que o crescimento é liderado pela Alemanha e seu setor manufatureiro, enquanto que a França permanece como um empecilho para a recuperação da Zona do Euro".
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