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Informativo eletrônico - Edição 1390 Sexta-Feira, 07 de fevereiro de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Pesquisa Industrial de São Paulo mostra expansão abaixo da nacional
  • IPCA desacelera no início de 2014, com o menor valor em janeiro desde 2009
  • IGP-DI desacelera em janeiro

    Economia Internacional

  • Indústria Britânica avança 0,5% no quarto trimestre, abaixo do resultado preliminar

    Agenda Semanal

  • Pesquisa Industrial de São Paulo mostra expansão abaixo da nacional

    Foi divulgado hoje (07/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM), mostrando uma queda generalizada nas 11 das 14 regiões pesquisadas, seguindo o ritmo da PIM nacional (-3,5%), na passagem de novembro para dezembro de 2013, desconsiderando os efeitos sazonais. Apresentaram quedas significativas Minas Gerais (-8,6%), Paraná (-7,3%), Ceará (-6,2%), São Paulo (-5,5%), Espírito Santo (-3,6%), Rio Grande do Sul (-3,2%), Rio de Janeiro (-3,0%), Bahia (-0,6%), Amazonas (-0,6%), Santa Catarina (-0,1%) e a Região Nordeste (-0,1%). Em sentido contrário, apresentaram expansão Goiás (8,2%), Pernambuco (3,3%) e Pará (0,9%).

    Já no índice acumulado no ano de 2013, a expansão foi generalizada, avançando nas 11 das 14 regiões pesquisadas. 6 regiões avançaram acima da média nacional no ano (1,2%), a saber: Rio Grande do Sul (6,8%), Paraná (5,6%), Goiás (5,0%), Bahia (3,8%), Ceará (3,3%) e Santa Catarina (1,5%). Em menor ritmo, também avançaram a Região Nordeste (0,8%), Pernambuco (0,7%), São Paulo (0,7%) Amazonas (0,7%) e Rio de Janeiro (0,1%). Entretanto, recuaram em 2013 Espírito Santo (-6,7%), Pará (-4,9%) e Minas Gerais (-1,3%).

    A região de São Paulo mostrou queda acima do índice nacional, registrando variação de -5,5%, contra variação de -3,5% da PIM nacional, em relação ao mês anterior, já descontada a sazonalidade. O recuo em dezembro de 2013 mostrou-se o mais intenso desde dezembro de 2008 (-15,2%). Na variação interanual, houve um recuo de 6,4%, destacando-se as quedas dos setores farmacêuticos (-39,2%) e de veículos automotores (-20,4%).

    No índice acumulado em 2013 a produção industrial paulista (0,7%) também ficou abaixo da produção industrial nacional (1,2%). Apresentaram expansão em São Paulo 14 das 20 atividades analisadas, com destaque para o setor de veículos automotores (6,2%). Outros avanços ocorreram nos setores de máquinas e equipamentos (5,5%), outros equipamentos de transporte (9,5%), refino de petróleo e produção de álcool (4,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (12,2%), máquinas, aparelhos e matérias elétricos (4,9%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (5,4%) e outros produtos químicos (2,0%). Todavia, os setores que sofreram queda foram os farmacêuticos (-13,1%) e de edição, impressão e reprodução de gravações (-13,3%).

    IPCA desacelera no início de 2014, com o menor valor em janeiro desde 2009

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,55% em janeiro, após apresentar alta em dezembro (0,92%), registrando perda de 0,37p.p. na passagem mensal. Este é o menor resultado dos meses de janeiro desde 2009, quando havia registrado inflação de 0,48%. Para o acumulado em 12 meses findo em janeiro, o indicador mostra desaceleração, visto que na última leitura, em dezembro 2013, estava no patamar de 5,91% e agora evidencia crescimento de 5,59%, mantendo-se inferior ao teto da meta (6,50%), mas ainda superior ao seu centro (4,50%). Os dados foram divulgados hoje (07/02) pelo IBGE.

    De acordo com a leitura atual, cinco das nove classes de despesas avaliadas registraram resultados menores em relação ao mês anterior. A principal classe de despesa responsável pela desaceleração do primeiro IPCA do ano foi Transporte, cuja taxa teve queda de 0,03% em janeiro, ante alta de 1,85% vista no mês anterior. O resultado reflete o nível de preços das passagens aéreas, que caíram 15,88% frente ao aumento de 20,13% de dezembro, juntamente com a classe dos Combustíveis, que passaram de 4,12% para 0,77%. Além desta classe, cabe ressaltar a retração nos produtos de Vestuário (de 0,80% para -0,15%), reflexo das queimas de estoque de início de ano. As classes Comunicação (de 0,74% para 0,03%), Artigos de Residência (de 0,89% para 0,49%) e Alimentação (de 0,89% para 0,84%) mostraram desaceleração na passagem de dezembro para janeiro, apesar desta última ter impactado em 0,21p.p. a variação do IPCA.

    Já em relação às classes que impactaram positivamente o índice no mês, destaque para Despesas Pessoais (de 1,00% para 1,72%), responsável por 0,18p.p. Esta aceleração resulta do forte reajuste nos preços dos produtos cigarro (de 0,57% para 7,79%), excursão (de 8,89% para 9,26%) e empregado doméstico (de 0,86% para 1,03%). Além desta, as classes Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,48%), Habitação (de 0,52% para 0,55%) e Educação (de 0,05% para 0,57%) também mostraram aceleração na taxa de dezembro para janeiro.

    Todas as 11 localidades pesquisadas apresentaram desaceleração no mês de janeiro, sendo Brasília, que passou de 1,01% para -0,07% o maior destaque frente à queda das passagens aéreas (-17,27%). Já Curitiba (de 0,86% para 0,77%) registrou a maior variação na margem, apesar de menor do que aquela vista no mês anterior, sendo impactada pelo crescimento de 12,49% nos preços dos cigarros. Por fim, São Paulo, que detém o maior peso regional, registrou variação de 0,53%, ante 0,94% na última leitura de 2013.

    IGP-DI desacelera em janeiro

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) cresceu 0,40% na passagem de dezembro para janeiro, desacelerando em relação ao ganho de 0,69% da última leitura, mas acima do crescimento de 0,31% observado no mesmo mês do ano anterior. O resultado foi puxado pela aceleração dos preços no atacado, ao passo que no varejo e construção contatou-se desaceleração no período. O resultado mensal levou o índice a acumular alta de 5,62% nos últimos doze meses encerrados em janeiro. Os dados foram divulgados hoje (07/02) pela FGV, com base nos preços coletados entre os dias 01 e 31 de janeiro.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – correspondente a 60% do IGP-DI –desacelerou de 0,78% em dezembro para 0,12% em janeiro. Na abertura por etapa de processamento, o IPA refletiu a significativa retração na categoria Matérias-Primas Brutas (de 1,08% para -0,68%), que foi impulsionada pela queda nos preços dos itens soja (0,77% para -8,41%) e leite in natura (-4,05% para -6,58%). Já em Bens Intermediários (de 1,16% para 0,78%) verificou-se o menor aumento dos preços dos combustíveis e lubrificantes para a produção (de 4,86% para 1,70%), ao passo que a ligeira desaceleração de Bens Finais (de 0,14% para 0,13%) sofreu o impacto dos alimentos processados, cuja taxa passou de 0,88% para 0,01%.

    Na abertura por origem, o avanço do IPA foi fortemente influenciado pelos produtos agropecuários (que correspondem a 44% do IGP-DI), dado que seu índice iniciou o ano com deflação de 1,57%, em contrapartida aos produtos industriais (responsáveis por 16% do IGP-DI), que registraram alta de 0,75%.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – com peso de 30% do IGP-DI – registrou aceleração de dezembro para janeiro (de 0,69% para 0,99%). Dentre as classes de despesas, Habitação (de 0,51% para 0,71%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,47% para 4,47%), Despesas Diversas (de 0,38% para 2,94%) e Comunicação (de -0,07% para 0,14%) registraram fortes avanços em seus níveis de preço no período. Já as variações das classes Alimentação (0,93% - manutenção da taxa de crescimento), Vestuário (de 0,50% para -0,30%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,53% para 0,47%) impediram uma aceleração maior do índice geral.

    Por fim, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) - correspondente a 30% do IGP-DI – cresceu 0,88%, ante 0,10% registrado na leitura anterior. Tal resultado refletiu tanto a aceleração do Custo da Mão de Obra (de 0,00% para 1,19%), quanto o de Materiais, Equipamentos e Serviços (de 0,21% para 0,54%).

    Indústria Britânica avança 0,5% no quarto trimestre, abaixo do resultado preliminar

    Na manhã de hoje (07/02), o ONS (Office For National Statistics) divulgou os dados referentes à produção industrial do Reino Unido para o fechamento do quarto trimestre. De acordo com o relatório, a produção indústria do Reino Unido apresentou crescimento de 0,5% na passagem do terceiro para o quarto trimestre, sendo este resultado abaixo dos 0,7% divulgado na estimativa preliminar do PIB publicado em 28 de janeiro. Na leitura mensal, após ter recuado 0,2% em novembro, a indústria inglesa evidenciou ganhos de 0,5% em sua produção. Vale ressaltar que tais comparativos estão dessazonalizados.

    O resultado trimestral foi puxado pela alta de 0,7% na produção da indústria de transformação, 1,8% indústria de energia e 0,8% na indústria SIUP (Serviços Industriais de Utilidade Pública), tendo a primeira classe contribuído com 0,5p.p. no índice geral. Em contrapartida, a indústria extrativa registrou forte queda na passagem do terceiro para o quarto trimestre (-1,9%).

    As maiores contribuições para o aumento do crescimento da indústria no trimestre foram os produtos farmacêuticos, que aumentaram 4,0%, e a fabricação de equipamentos de transporte (2,0%), sendo que ambos contribuíram 0,3p.p. para o crescimento do setor. Em contraste, a maior contribuição negativa veio de produtos alimentares, bebidas e tabaco (-1,3%) e fabricação de computadores, produtos eletrônicos e ópticos (-2,5%).

     
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    Macro Visão é uma publicação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e
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