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Informativo eletrônico - Edição 1392 Terça-Feira, 11 de fevereiro de 2014
 
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Economia Brasileira

  • IGP-M mostra alta de 0,22% no primeiro decêndio de fevereiro
  • IBGE estima safra 3,0% maior que a de 2013
  • Índices ABPO e ABCR reforçam expectativa de expansão da atividade industrial em janeiro

  • IGP-M mostra alta de 0,22% no primeiro decêndio de fevereiro

    O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,22% no primeiro decêndio de fevereiro, desacelerando em relação ao mesmo período do mês anterior, quando a variação foi de 0,37%. O índice acumula elevação de 5,58% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (11/02) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), considerando o período de 21 a 31 de janeiro.

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – que corresponde a 60% do IGP – registrou menor ritmo de aumento, já que no primeiro decêndio de fevereiro variou 0,04%, ante a taxa de 0,38% em idêntico período de janeiro. Na abertura por estágio de processamento, a taxa da categoria de Matérias-primas Brutas registrou forte queda, ao passar de 0,38% para -0,70%, refletindo a deflação mais acentuada do item soja em grão (de -1,41% para -6,55%), bem como a expressiva desaceleração dos preços do café (de 8,61% para 0,84%). Já as categorias de Bens Finais (de 0,16% para 0,03%) e Bens Intermediários (de 0,59% para 0,67%) mostraram inflação mais moderada no primeiro decêndio deste mês, com destaque às variações dos grupamentos de alimentos processados (de 0,61% para -0,69%) e de materiais e componentes para a manufatura (de 0,39% para 0,60%). Na abertura por origem, o arrefecimento do IPA foi fortemente influenciado pelos produtos agropecuários, dado que seu índice registrou deflação de 1,63% na primeira leitura de fevereiro, enquanto que os produtos industriais exibiram alta de 0,65%.

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – correspondente a 30% do IGP – variou 0,58% no primeiro decêndio de fevereiro, acelerando frente ao mesmo período de janeiro, quando subiu 0,49%. Quatro das oitos classes de despesas evidenciaram acréscimos na última leitura, sendo elas: Habitação (de 0,32% para 0,61%), Comunicação (de 0,00% para 0,25%), Despesas Diversas (de 0,29% para 2,37%) e Educação, Leitura e Recriação (de 0,23% para 2,10%), sendo que a última exerceu o maior impacto sobre o resultado global, acumulando elevação de 7,94% nos últimos 12 meses. Por sua vez, as classes de Alimentação (de 0,57% para 0,13%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,45% para 0,42%) e Transportes (de 1,00% para 0,68%) desaceleraram no período, e a classe Vestuário (de 0,44% para -0,31%) evidenciou deflação, influenciada especialmente pela queda nos preços do item roupas (de 0,20% para -0,60%).

    Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – responde por 10% do IGP – subiu 0,54% no primeiro decêndio de fevereiro, taxa superior à de igual período de janeiro (0,06%), influenciado tanto pelo aumento do Custo da Mão de Obra (de 0,00% para 0,50%) quanto pela alta do componente de Materiais, Equipamentos e Serviços (de 013% para 0,59%), com destaque aos seguintes itens: serventes (de 0,00% para 0,80%) e taxas de serviços e licenciamentos (de 0,00% para 5,28%).

    IBGE estima safra 3,0% maior que a de 2013

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (11/02) o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), contendo a primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas do ano corrente. A previsão atual mostra uma safra recorde de 193,9 milhões de toneladas, montante superior em 3,0% ao observado em 2013 (188,2 milhões de toneladas).

    Segundo o LSPA, a área colhida deverá mostrar expansão de 4,2% na safra atual, chegando a 55,0 milhões de hectares, com destaque ao avanço da soja, para a qual se espera crescimento de 6,4%. A expectativa para o arroz exibe alta de 1,0%, enquanto que para o milho a projeção de área colhida indica recuo de 1,2%. Os três produtos representam 85,5% da área total. Em termos de produção, as previsões apontam para expansão de 11,7% no caso da soja (91,3 milhões de toneladas) e de 6,3% para o arroz (12,5 milhões de toneladas), mas contração de 6,0% para as duas safras de milho (75,7 milhões de toneladas).

    Em termos regionais, a região Centro-Oeste deverá concentrar 40,8% da produção total, seguida pela região Sul, com parcela de 37,7%. Já as regiões Sudeste (10,2%), Nordeste (8,6%) e Norte (2,7%) detêm parcelas bastante inferiores. De acordo com o LSPA, a produção do Centro-Oeste mostrará incremento de 0,8% na safra 2013/14. No entanto, o grande destaque deverá ser a região Nordeste, dada a projeção de aumento de 39,5% da quantidade produzida. A expectativa para a região Norte aponta para ganho de 5,7%, enquanto que as regiões Sul e Sudeste tendem a mostrar volumes bastante próximos ao da safra anterior. Dentre os estados, o Mato Grosso seguirá como maior produtor nacional de grãos, com participação de 23,5%, seguido por Paraná (18,4%) e Rio Grande do Sul (15,9%).

    Índices ABPO e ABCR reforçam expectativa de expansão da atividade industrial em janeiro

    Conforme divulgado na manhã de ontem (10/02), o índice ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) registrou avanço de 1,47% em janeiro, na comparação com o mês imediatamente anterior, após ajuste sazonal. Em dezembro, o indicador sofreu recuo de 0,9%, com base na mesma métrica. Nos últimos doze meses, o índice variou 3,9%, enquanto que na comparação com janeiro de 2013 houve elevação de 5,4%.

    O fluxo de veículos leves cresceu 1,0% entre dezembro e janeiro, sucedendo a contração de 0,3% da leitura anterior. Na comparação com janeiro de 2013, tal fluxo variou 7,2%, acumulando alta de 4,4% nos últimos doze meses. Por sua vez, o fluxo de veículos pesados exibiu expansão de 3,2% no primeiro mês de 2014, após queda de 3,7% em dezembro. Na comparação com idêntico mês de 2012, o índice recuou 0,4%, ao passo que o acumulado em doze meses evidenciou aumento de 2,5%.

    Ainda ontem (10/02), a ABPO divulgou os dados de expedição de papelão ondulado em janeiro de 2014. As vendas avançaram 1,5%, compensando parcialmente a queda de 1,8% computada em dezembro. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o avanço foi de 1,8%. O acumulado em 12 meses desacelerou de 2,97% para 2,34%.

    Levando em consideração os resultados dos dois indicadores apresentados, bem como outras variáveis antecedentes já divulgadas, esperamos alguma recuperação da produção industrial brasileira em janeiro, compensando parcialmente a forte queda sofrida em dezembro (-3,5%).

     
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