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Informativo eletrônico - Edição 1406 Quinta-Feira, 06 de março de 2014
 
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Economia Brasileira

  • FOCUS: Após divulgação do PIB de 2013, mercado eleva projeções da atividade econômica em 2014
  • PMI brasileiro de serviços mostra expansão em fevereiro

    Economia Internacional

  • Atividade econômica dos EUA desacelera em fevereiro
  • PIB da Zona do Euro cresce no quarto trimestre de 2013

    Projeções de Mercado

  • FOCUS: Após divulgação do PIB de 2013, mercado eleva projeções da atividade econômica em 2014

    O Boletim Focus, divulgado nesta quarta (06/03) pelo Banco Central, mostra revisão na maioria das principais variáveis macroeconômicas avaliadas para este ano. De acordo com o boletim atual, após a divulgação de crescimento de 0,7% do PIB do quarto trimestre de 2013 (acima do esperado) e, portanto, fechamento de alta de 2,3% de crescimento em 2013, o maior carregamento estatístico fez a mediana das previsões do PIB para 2014 passar de 1,67% para 1,70%, após ter sofrido três cortes seguidos. Para 2015, a mediana das previsões do PIB permaneceu em 2,00% nesta última leitura.

    Em relação ao IPCA, a mediana das previsões para inflação em 2014 segue em 6,00%, o mesmo patamar projetado para 2015, onde pela quinta semana consecutiva as perspectivas de inflação estão ao redor de 5,70%. Em relação à taxa Selic, após elevação do Banco Central em 0,25bps para 10,75%, observou-se revisão baixista para o juro básico da economia, que passou da expectativa de 11,25% para 11,13% ao final de 2014, permanecendo ainda assim acima do patamar visto há quatro semanas, de 11,00%. Em 2015 o mercado espera que o juro básico irá fechar em 12,00%, a mesma taxa nas últimas três divulgações.

    Em relação à taxa de câmbio em 2014, a mediana das previsões caiu sutilmente para R$/US$ 2,49, ante R$/US$ 2,50 visto na semana anterior. Para 2015, o real deve terminar o período em R$/US$ 2,55, resultado idêntico ao visto no último boletim, sinalizando maior depreciação da moeda no próximo ano em relação ao vigente.

    Para o saldo da conta corrente do balanço de pagamentos, as perspectivas de déficit em 2014 continuam em US$ 75,00 bilhões, superior ao resultado que se esperava há quatro semanas, de US$ 73,00 bilhões. Após registrar manutenção na última semana, o mercado derrubou as previsões do superávit comercial de US$ 7,90 bilhões para US$ 7,00 bilhões em 2014. Em 2015, o superávit esperado é maior, embora também tenha sofrido revisões para baixo, de US$ 10,50 bilhões para US$ 10,00 bilhões.

    Por fim, em relação ao desempenho da indústria, o boletim informa a segunda queda consecutiva nas previsões do crescimento do setor, desta vez de 1,87% para 1,80% em 2014 – ficando significativamente abaixo do resultado aferido há quatro semanas, de 2,00% de crescimento. Já para 2015 a mediana das previsões permanece em 3,00%.

    PMI brasileiro de serviços mostra expansão em fevereiro

    O Índice de Gerência de Compras (PMI) do setor de Serviços no Brasil mostrou forte expansão, passando de 49,9 para 50,8 pontos, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Markit/HSBC na manhã de ontem (05/03). Tanto o índice de novos negócios quanto de novos pedidos subiram, puxando o PMI para cima, além do maior número de contratações no setor privado, tendo em vista a proximidade da Copa do Mundo.

    De acordo com André Loes, economista-chefe do HSBC, o resultado mostra uma melhora da situação atual, mas ainda é prematuro comemorar a retomada da atividade no setor de serviços.

    Atividade econômica dos EUA desacelera em fevereiro

    O PMI (Índice de Gerente de Compras) do setor de serviços nos EUA, divulgado nesta quarta (06/03) pelo ISM (Institute for Supply Management), registrou queda de 2,4 pontos, atingindo o patamar em fevereiro, em 51,6 pontos, lembrando que índices acima de 50 pontos indicam setor em expansão. Na leitura do mês de janeiro o índice fechou em 54,0 pontos, indicando que, embora em expansão, a atividade no setor apresenta desaceleração.

    A queda aferida no mês foi reflexo do desempenho da produção no setor, que passou de 56,3 para 54,6 pontos, uma perda de 1,7 ponto nesta última leitura. Além deste, a situação do emprego também mostrou queda, mas em maior intensidade. De acordo com o informe atual, o índice do mercado de trabalho recuou 8,9 pontos, saindo de um patamar expansivo (56,4 pontos) para um de contração (47,5 pontos).

    O indicador de novos pedidos para exportação recuou 1,0 ponto, chegando a 47,5 pontos, ritmo considerado acelerado de contração, mostrando que desempenho do setor acompanhou a queda da demanda interna. Isto é corroborado com a alta de 0,4 ponto do indicador de novos pedidos (neste caso, pedidos do próprio país), atingindo a métrica de 51,3 pontos. Por fim, o nível dos preços recuou de 57,1 para 53,7 pontos, mostrando menor pressão dos preços no setor.

    A pesquisa ainda informa que a maioria dos entrevistados destacou o clima de frio intenso como arrefecedor da atividade. Este apontamento também foi visto na avaliação da atividade econômica dos EUA do Livro Bege, divulgado ontem (05/03) pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). O documento afirma que o desempenho econômico dos doze distritos americanos contemplados no estudo está mais moderado, sendo o clima um limitador para a retomada da economia. Oito dos doze distritos reportaram melhoria dos níveis de atividade; no entanto, na maioria dos casos, os aumentos foram caracterizados de modesto para moderado.

    Por fim, em relação ao mercado de trabalho, o ADP (Automatic Data Processing) divulgou crescimento de 139.000 pessoas empregadas no setor privado americano – abaixo da média dos últimos doze meses. O crescimento foi visto em maior intensidade nas empresas de pequeno porte (59.000 mil pessoas), seguido pelas de grande porte (44.000 pessoas) e, por último, nas de médio porte (35.000 pessoas). O economista-chefe da instituição também ressaltou que a temperatura baixa influenciou o fraco desempenho do mercado de trabalho, pressionando as folhas de pagamento no setor privado, o qual tende a exibir maior contratação à medida que as temperaturas se elevem.

    PIB da Zona do Euro cresce no quarto trimestre de 2013

    O Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 0,3% no último trimestre de 2013, em comparação com o trimestre imediatamente anterior, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas Oficiais da Zona do Euro (Eurostat) na manhã de ontem (05/03). No terceiro trimestre de 2013, o crescimento registrado foi de 0,1% e, no ano de 2013, o PIB fechou -0,5%. Os resultados diferem sutilmente em relação à prévia divulgada no dia 14 de fevereiro pela Eurostat, resultados estes que apontavam um crescimento de 0,3% no último trimestre e -0,4% para o ano de 2013. O resultado efetivo também destoa da projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontava uma variação de -0,4% em 2013. Na comparação com os idênticos períodos de 2012, o PIB da Zona do Euro passou de -0,3% no terceiro trimestre para 0,5% nos últimos três meses.

    As principais economias da Zona do Euro mostraram variações positivas no último trimestre. O PIB da Alemanha no último trimestre avançou 0,4%, fechando 2013 com um crescimento de 0,4%. Já o PIB da França teve uma expansão de 0,3% no último trimestre, encerrando 2013 com um crescimento de 0,3%.

    Também foi divulgado na manhã de ontem o Índice de Gerência de Compras Composto (PMI) da Zona do Euro, pelo Instituto Markit. O Índice avançou para 53,3 pontos em fevereiro, acima da expectativa do mercado que apontava 52,7, ressaltando que em janeiro o PMI chegou a 52,9. O resultado de fevereiro representa o maior nível em 32 meses, sinalizando a retomada da atividade econômica na Zona do Euro.

    O PMI da Alemanha também atingiu recorde, chegando ao maior valor em 33 meses, em 56,4 pontos, ao passo que o PMI da França mostrou queda, ao encerrar em 47,9 pontos.

    De acordo com o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, o PMI mostra que a economia da Zona do Euro poderá crescer entre 0,4% e 0,5% no primeiro trimestre de 2014 e que a produção de bens tem alavancado o índice junto com o setor de serviços, além do maior número de empregos. Entretanto, o economista ressalta que ainda há disparidade entre os países, como por exemplo a França, que mostrou queda no PMI de fevereiro.

     
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