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Informativo eletrônico - Edição 1409 Terça-Feira, 11 de março de 2014
 
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Economia Brasileira

  • Produção industrial cresce 2,9% em janeiro
  • Índice ABCR recua 0,1% em fevereiro

    Economia Internacional

  • Produção industrial do Reino Unido cresce 0,1% em janeiro

  • Produção industrial cresce 2,9% em janeiro

    A produção industrial brasileira registrou alta de 2,9% em janeiro frente ao mês imediatamente anterior, já expurgados os efeitos sazonais. O crescimento ficou acima das projeções do Depecon/Fiesp e da mediana do mercado, que esperavam uma alta menos acentuada. No entanto, importante destacar que o resultado de janeiro é insuficiente para devolver as perdas exibidas em novembro (-0,6%) e dezembro (-3,7%) do ano anterior. O resultado foi divulgado na manhã de hoje (11/03) pelo IBGE.

    Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção física da indústria nacional recuou 2,4% em janeiro de 2014. Por sua vez, o índice acumulado em 12 meses evidencia crescimento de 0,5%, mostrando forte desaceleração em relação ao resultado aferido em dezembro (1,2%).

    O avanço na produção na margem teve um perfil disseminado entre os ramos industriais, já que 17 dos 27 segmentos cresceram, com base na série dessazonalizada. Dentre as atividades, as maiores influências positivas partiram de farmacêutica (29,4%), veículos automotores (8,7%) e máquinas e equipamentos (6,4%); vale ressaltar, todavia, que o primeiro setor sofreu retração de 12,3% em dezembro último; o segundo acumulou perda de 23,5% no último trimestre do ano passado; e o terceiro apresentou queda de 9,4% em novembro e dezembro. As seguintes atividades também contribuíram positivamente para a indústria em janeiro: máquinas para escritório e equipamentos de informática (18,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (7,6%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (17,5%), borracha e plástico (4,9%), metalurgia básica (2,8%), calçados e artigos de couro (10,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,9%). Em contrapartida, fumo (-47,6%), outros produtos químicos (-2,5%), refino de petróleo e produção de álcool (-2,2%) e produtos de metal (-2,7%) exibiram os piores desempenhos dentre os setores avaliados.

    Em relação às categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior após ajuste sazonal, constata-se que todas as categorias avaliadas apresentaram ganhos. O destaque foi a alta de bens de capital (10,0%), sendo que este crescimento foi o mais intenso desde junho de 1997 e impulsionado pela retomada da produção de caminhões, que havia sido impactada pelas férias coletivas do fim de ano. A categoria de bens de consumo duráveis (3,8%) também apresentou crescimento acima do resultado médio da indústria, recuperando parcialmente o forte recuo registrado no mês anterior (4,4%). Já as categorias de bens de consumo semi e não duráveis (1,2%) e de bens intermediários (1,2%) também registraram taxas positivas nesse mês, embora em menor intensidade.

    Em relação à comparação frente ao mesmo mês do ano anterior, a queda de 2,4% na produção indústria de janeiro foi generalizada. Houve recuo em 19 dos 27 setores, 46 dos 76 subsetores e em 57% dos 755 produtos avaliados. Entre as atividades, veículos automotores foi o maior destaque negativo, com recuo de 14,4%, sendo influenciado pela menor fabricação de automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e autopeças e motores diesel para caminhões e ônibus. Além deste, impressão e reprodução de gravações (-11,5%), produtos de metal (-8,2%), bebidas (-5,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-2,9%) e borracha e plástico (-5,8%) também mostraram queda. Em sentido oposto, as seguintes atividades conseguiram evidenciar maior produção na comparação interanual, a saber: material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (27,8%), máquinas e equipamentos (6,9%), outros equipamentos de transporte (8,2%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (20,5%).

    Dentre as categorias de uso, as produções de bens de consumo duráveis (-5,4%), bens de consumo semi e não duráveis (-3,0%) e bens intermediários (-2,7%) voltaram a cair em janeiro, frente ao ano anterior. Por outro lado, a produção de bens de capital, com crescimento de 2,5%, assinalou a única taxa positiva nesta base de comparação. A última categoria foi impulsionada pela maior produção de bens de capital para construção (73,1%), além da base fraca de comparação, visto que em janeiro do ano passado sofreu queda de 31,5%.

    Em síntese, a alta da produção da indústria nacional em janeiro deste ano foi maior do que a projetada pelo mercado, mas não foi suficiente para reverter a queda aferida no último bimestre do ano passado. Entre as adversidades, a trajetória de perda de confiança do empresário industrial, bem como os altos índices de estoques, suportam o diagnóstico de baixo desempenho do setor industrial ao longo de 2014.

    Índice ABCR recua 0,1% em fevereiro

    O índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) apresentou recuo de 0,1% em fevereiro de 2014, em relação a janeiro de 2014, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados na tarde de ontem pela ABCR e pela consultoria Tendências. Em janeiro de 2014 essa variação tinha sido de 1,47% e na comparação interanual o índice revelou alta de 6,6% em fevereiro de 2014, e, nos últimos doze meses encerrados em janeiro, alta de 4,5%.

    O fluxo de veículos pesados apresentou aumento de 2,5% em fevereiro de 2014, em comparação com janeiro e expurgados os efeitos sazonais, mostrando desaceleração, posto que o avanço no mês anterior tinha sido de 3,2%. Já a variação interanual foi de 9,7%, enquanto que nos últimos doze meses o fluxo de veículos pesados apresentou uma elevação de 3,2%.

    Por sua vez, o fluxo de veículos leves apresentou recuo de 0,5% na comparação marginal, dado este já dessazonalizado, sendo o principal responsável pela queda do índice ABCR. Em relação ao mesmo mês no ano anterior houve elevação de 5,6%; entretanto, no ano passado o Carnaval ocorreu em fevereiro, o que tem por efeito o aumento dos dias úteis em fevereiro deste ano. Por fim, no acumulado dos últimos doze meses, o fluxo de veículos leves avançou 5,0%.

    De acordo com o economista da Tendências, Rafael Bacciotti, o resultado do mês de fevereiro foi afetado pela baixa confiança do consumidor, aumento da pressão inflacionária e taxa de juros, que por sua vez afetou o fluxo de veículos leves e, por conseguinte, o índice ABCR em geral.

    Produção industrial do Reino Unido cresce 0,1% em janeiro

    A Produção Industrial do Reino Unido cresceu 0,1% entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, já expurgados os efeitos sazonais, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas Oficiais (ONS) do Reino Unido na manhã de hoje, 11/03. Em dezembro de 2013, a variação foi de 0,5%. Já na variação interanual, a produção industrial avançou 2,9%. O resultado veio abaixo esperado pelo mercado, que indicava alta de 0,2%.

    Os principais componentes que determinaram o crescimento da produção industrial foram a Indústria de Transformação e o Fornecimento de Água e Tratamento de Esgoto. A Indústria de Transformação apresentou elevação de 0,4% em janeiro frente ao mês imediatamente anterior, sendo que na comparação entre janeiro de 2014 a janeiro de 2013 a variação foi de 3,3%. Entre os componentes da Indústria de Transformação, destacaram-se os setores de borracha, produtos plásticos e outros materiais não metálicos e produção de máquinas e equipamentos. Em relação ao Fornecimento de Água e Tratamento de Esgoto, constatou-se crescimento de 0,2% na margem e 12,6% na comparação interanual.

     
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